IGREJA MATRIZ DE BOM CONSELHO |
Por Zé Carlos
Na manhã do dia 30 de dezembro, próximo passado, cheguei a Bom Conselho. Recebido por um anjo reciclado, postado em nosso portal gramadense, adentrei a cidade, e fui fazer muitas coisas que contarei aos poucos para não cansar os leitores. E não farei isto em linha reta em termos de cronologia. Se me repetir algumas vezes é porque as histórias são boas.
No momenta desta história, estou com minha máquina fotográfica à procura de um parque de diversões que ainda mantinha vivo em minha memória desde o ano de 2010, quando lá fui, e quase não pude passar pela Praça Pedro II por causa dele, e que, felizmente, não o encontrei. Depois de procurar um lugar para estacionar o carro, dentro dos padrões legais e vendo que isto seria impossível, segui, um pouco constrangido, o exemplo de mais de 50 outros automóveis que estavam estacionados ilegalmente, em locais onde havia um meio fio amarelo.
Atravessei a rua com muito cuidado, passando pitu em motos e carros e consegui chegar á calçada da nossa Igreja Matriz. Eu já não rezo mais, ou pelo menos, não rezo tanto como rezava antes. Talvez, eu tenha rezado tanto que já tenha sido suficiente para ter um bom lugar no outro mundo. Chegando lá, encontrei a Igreja fechada. Eu nunca a tinha vista assim àquela hora do dia.
Como todos sabemos, a Igreja tem a parte espiritual e a parte material, e, esta última também sofre os efeitos do que ocorre neste mundo. Então eu pensei: “Meu Deus, será que foi a crise da dívida europeia que aqui já chegou?” Pensei logo também que o Vaticano, estando na Europa, e até na Itália, que deve os cabelos da cabeça, teria exportado a crise e esta já atingira nossa Matriz da Sagrada Família. Fiquei tão preocupado que tirei alguns fotos, que coloco enfeitando esta postagem.
Desço pela praça, um pouco constrangido e encontro o Pedro, que trabalhou no Banco do Brasil, e que tanto me ajudou naquele estabelecimento quando dele eu necessitava. E “paguei um mico” danado ao perguntar-lhe, sem saber que ele era um ardoroso católico, se fora a crise que fizera a Igreja fechar. Foi um mico que me ajudou a entender o porquê do fechamento.
Ele me contou que à noite haveria um festa muito bonita como a presença do bispo de Garanhuns, Dom Fernando, para consagração do altar de nossa matriz. Fiquei ainda mais informado quando chegou minha colega de ginásio Maristela, esposa de Pedro, e me contou os detalhes do que estava acontecendo, lá dentro da Igreja.
Sua narrativa só me fazia lembrar de minha avó, D. Donzinha, quando havia estas festas, pois ela não colocava nem feijão no fogo e nem mesmo varria a casa. Era levantar e ir direto para a Igreja, onde lá já a esperavam Seu Gabriel, D. Joaninha Cruz, D. Maria Francisca e outras de quem não me lembro agora, todas, com exceção de Seu Gabriel, pertencendo ao Apostolado do Coração de Jesus, que era um time só de mulheres.
Fiquei tão entusiasmado que disse para a minha mulher que não poderíamos deixar de ir à Igreja naquela noite. E fomos. E presenciamos uma bonita festa. Com minhas obrigações de blogueiro não deixei de levar a minha câmera e registrar alguns momentos da festa que os passo para vocês. Embora este não seja um furo de reportagem pois a minha colega Niedja Camboim, também estava lá e já publicou os seus cliques.
Mas vejam as fotos que entremeiam esta postagem e o filme abaixo para terem uma ideia da bela festa. Antes de terminar, quando observava as pessoas que estavam lá, vi do outro lado duas pessoas a quem considero muito, juntos e irmanados ao assistir aquela bonita cerimônia: Daniel Brasileiro e Zé Tenório. Não pude deixar de confirmar que em Bom Conselho, política e religião sempre andaram juntas, e hoje estão mais juntas ainda.
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