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segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Encontros e Desencontros




Por Zé Carlos (*)

Começo a escrever ainda com saudade da festa que não fui. O Encontro dos Bom-conselhenses. Espero que possa entremear este texto com fotos relevantes do evento. Pelo que vi até agora, só me vem à mente o filme do Alfredo Camboim, no qual posso distinguir os que conheço, e ver a animação de todos. Foi só o primeiro dia.

Alfredo e Saul Camboim

Entre os primeiros, vi a Glória, que está uma glória,  a Rita, que sempre me faz pensar na música da professorinha com o Nelson Gonçalves e o Leandro, ambos encontrados e cumprimentados na brincadeira de amigo secreto na festa que eu pude ir.

Leandro, Rita e Mônica

Vi também um senhor de cabelos brancos, dançando o frevo, e que me pareceu ser o Naduca, a quem não tive oportunidade de ver neste final de ano, pois não tive tempo suficiente para curtir o cafezinho do Luis Clério, apesar de ter ido lá na redação da A GAZETA três vezes, mas apenas ter encontrado seu gentil filho, se não me engano, o Alisson. Lá deixei apenas um bilhete para me desculpar pela minha entrada na velhice, ao me esquecer que estava com um seu livro, e negar isto pelo telefone, com a mesma firmeza que o São Pedro negou a Cristo. Já devolvi o bom livro, que um dia até comento, pois é um documento histórico, com seu relativo valor.

Zé Póvoas, Pedrinho, Luiz Clério, Zé Tenório e Basto Peroba

Agora, por falta de fatos e fotos mais recentes eu comento minha estada lá no fim do ano, embora ainda continue falar dos amigos que encontrei, também na Praça Pedro II, onde antigamente, na mesma época, o som dos bozós pipocantes vinha daquelas mesas forradas com panos para amortecer as batidas. Eram as “fichés”, os “caipiras”, o jogo do jacaré, onde eu tinha uma sorte danada, ao ponto de levar vários vidros de perfumes para minha mãe, pois eram o que ganhávamos quando o jacaré parava sua língua de ferro em nossas fichas.

Loudinha, Pera Lúcia, Carlos Sena e desculpem os meus neurônios

Hoje, tudo está mais modesto em termos de número de pessoas. Talvez, porque este ano não teve o monte de ferro velho que vi no ano anterior e que chamavam de Parque de Dirversão. O povo pode até ter sentido falta. Eu não. O barulho estava até mais propício a uma boa conversa, como aquela que tive com Solinge, a quem fazia muito tempo que não via. As vidas dos bom-conselhenses, como diz o Carlos Sena, depois de vir aqui para o Recife fazer o científico ou o clássico, só se encontram de volta à terrinha.

Desculpem meus neurônios e Geraldo Grade

Vi e também conversei longamente com o Geraldo Grade, sobre futebol, bandas marciais e outros temas e assuntos dos quais participamos. É uma pena que eu não tenha sido treinado pelo pai dele, o Jorge Torres, no futebol. Quem sabe eu hoje estaria na galeria do futebol brasileiro, como um exemplo para o meu neto Davi. Os meus treinadores ou pelo menos conselheiros eram o Zé Sá Barreto e o Seu Clívio. Não poderia dar certo.

Deusdete (Quanto tempo!)

Mas, porém, todavia, contudo, não desmerecendo os outros, o melhor encontro foi com o Zé Nunes, meu amigo Ponta Baixa. Subindo a ladeira do corredor, onde muitas vezes, quase em frente, entrei no Cine Rex, eu o encontro. Fomos colegas desde a escola de D. Lourdes Cardoso, onde a palmatória comia no centro, passando pelo Ginásio São Geraldo, onde vi seu Valdemar distribuir bolos e bordoadas em várias pessoas, até concluirmos juntos o curso ginasial. Foi um amigo de timidez e conversas, na Praça Pedro II. Relembramos várias coisas, inclusive, auscultá-lo porque ele era intrigado de Balinho, outro meu colega no Ginásio, de quem tenho notícias pela Léa, sua irmã, minha amiga no Facebook. A conversa serviu para responder à pergunta do Zezinho: “E ele ainda é vivo?”. Pelo menos ele ficou sabendo que sim, mas, não chegamos ao motivo da intriga.

Pai, Mãe, Avó e Netos (Acertei?)

Ou seja, foram dois ou três dias participando da vida de Bom Conselho, que um dia levei. Frequentando algumas das principais rodas de falação da vida alheia, o grande esporte municipal. Depois de anos e anos fora, as conversas vão se extinguindo como a nossa vida, aos poucos, pois, hoje, de quem falar? Ou do que falar? Como arranjar os assuntos sérios que eram quase sempre de fundo moral ou de falsa moral, a qual hoje não sabemos mais distinguir nela o que é falso ou verdadeiro? Só restam os políticos.

Cristina, Valfrido, Bastinho (já em estado letárgico) e Hildelte.

Mas, certamente, ao encontrar Louredo, Laércio Ferro, Zé Barros, Givaldo e Zé Amorim, lá na Praça do Coreto, nossas línguas ficaram todas coçando. Mas, o tempo foi muito curto para qualquer falada séria da vida alheia. Embora, eu possa apenas estar me enganando, se foram mantidos os hábitos anteriores, e suas línguas apenas deixaram eu sair para falarem de mim. Era o que acontecia sempre. Todos chegávamos em casa cientes de que não havia nada que desabonasse nossa vida, enquanto os outros estavam sabendo mais do que a gente. Havia até campeonato. Por falar nisso, nunca mais eu vi o Carlinhos Mouco.

Marilene e Givaldo



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(*) Todas as fotos foram confiscadas do SBC. São muitas. Outras, serão publicadas depois. O critério de escolha não é o mais adequado. Escolhi apenas aquelas fotos onde há pessoas de quem lembro o nome. Não há como esconder as idades. Talvez, nesta leva, uma exceção que foram o Renato Curvelo, por tê-lo conhecido já em minha atividade provecta: Blogueiro.


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