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terça-feira, 17 de janeiro de 2012

E a "reforma" o que é?... É ladrão de mulher?




Por Zezinho de Caetés

Parece que, passado o susto do ministro Fernando Bezerra Coelho, em torno do qual armou-se a maior blindagem que eu já vi no Congresso Nacional, agora só nos resta esperar o desfecho do caso Pimentel, para que a tão prometida reforma ministerial do governo da Dilma, possa terminar de ser feito.

Digo terminar porque ela já foi começada desde quase o início do seu governo, pela imprensa, com a única exceção de Nelson Jobim que saiu pela sua própria boca, e que agora deveria terminar.

Dizem que ela já foi a São Paulo consultar o Lula sobre algumas “mudançazinhas” que a presidenta quer fazer por ela mesma, talvez, para treinar um pouco em caso de necessidade, de ter que peitar o “Pai dos Pobre”, como o seu novo epíteto de “Mãe da Classe Média”, que, segundo ela soa melhor do que “Mãe do PAC”, já que este não funciona muito bem.

Tudo isto passa já pela sucessão em 2014, e tudo vai depender da saúde do Lula, tanto física quanto política. Se for física, nada se há de fazer, mas, pode ser política, pois não vejo como o povo brasileiro vai engolir tudo que se passou com o governo Dilma, sabendo quanto o Lula o vem atrapalhando pelas suas heranças ministeriais malditas. E ainda poderemos ter um exacerbação da crise econômico e dos seus reflexos aqui no Brasil.

Temos ainda um fato novo que pode envolver o estado de Pernambuco, que é a ambição política do neto de Arraes, talvez até imposta pela convivência com o avô, onde um exemplo recente ainda está em andamento que foi a crise do FBC. Para mim, o FBC, não teve força nem para causar uma crise no futebol pernambucano, quando deixou o Santa Cruz, muito pelo contrário, os tricolores só tiveram a ganhar com isso, quanto mais causar uma crise de governo a nível federal. Mas, as rusgas entre PT e PSB continuam, e mesmos os considerando farinha do mesmo saco, eu considero o PSB menos mofado do que o PT, para uma boa degustação do nosso país.

Entretanto, o fato é que estamos esperando uma reforma ministerial. Eu apenas não sei com a Dilma irá fazer isto, nem mesmo consultando seu oráculo Lula. Lembrem-se que quase todos os ministros que se escafederam eram cria do meu conterrâneo, o que prova que num governo sério, dificilmente poderá ter o dedo dele. O que resta é a Dilma, fingir que ouve o seu carregador, agora honorário, e partir para outra reforma, se quiser, que este regime de “colisões”, não chamem o Temer, e vislumbre até, lá longe, o Peluzzo.

Para completar o texto eu transcrevo a Dora Kramer, que fala da pretensa reforma ministerial da Dilma, em um artigo do Estado de São Paulo, que teve o título de “Tudo como dantes”. Eu não volto mas digo com o repórter da TV: “Durma-se com uma bronca dessa!”

“Nada até agora transpirou sobre a reforma do ministério esperada para janeiro. Por um motivo básico: não haverá reforma alguma na equipe da presidente Dilma Rousseff. Em entrevista no fim do ano, perguntada sobre o tema, ela disse que haveria surpresa.

Pois recolham os cavalos da chuva os que interpretaram a fala como sinal de mudanças substanciais à vista. A surpresa deve ser justamente a ausência delas.

Não haverá redução de pastas - até fusões de ministérios podem ser revistas -, não serão reformulados os critérios para o preenchimento de cargos, os partidos aliados não perderão nem ganharão espaços e gente que estava cotada para sair já começa a ser considerada para ficar.

Por exemplo, a ministra da Cultura, Ana de Hollanda. Auxiliares de Dilma não têm percebido a "presidenta particularmente interessada em tirá-la do ministério".

Outro exemplo, o ministro das Cidades, Mário Negromonte. Envolvido em denúncias de alteração de pareceres técnicos em obras para a Copa do Mundo e acusado por gente do próprio partido (PP) de patrocinar um "mensalinho" na bancada em troca de apoio político, já é visto como sobrevivente. "Passou o vendaval", argumenta-se.

A reforma, então, estaria resumida a três nomeações e uma complicação. Seriam substituídos os dois ministros candidatos a eleições municipais - Fernando Haddad, da Educação, e Iriny Lopes, da Secretaria de Política para Mulheres - e Paulo Roberto Pinto que ocupa a pasta do Trabalho desde a saída de Carlos Lupi.

A complicação está na substituição de Haddad, razão pela qual a presidente pediu que ficasse mais um pouco no cargo. Pelo seguinte: como o substituto é Aloizio Mercadante, falta resolver quem ficará no lugar dele no Ministério da Ciência e Tecnologia.

O lugar é reivindicado pelo PSB (ocupante da pasta durante os dois governos Lula) e pelo PT, que não pretende abrir mão. A ideia é entregar o ministério para o deputado Newton Lima, a fim de abrir vaga para o suplente José Genoino, ou para Marta Suplicy, com o objetivo de incentivá-la a se empenhar na campanha de Haddad a prefeito de São Paulo.

Nesse momento em que o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, do PSB, está na berlinda, é tão complicado premiar o partido quanto ignorar um pleito do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, promessa eleitoral cortejada por partidos e governo e de oposição.

Daí a demora no anúncio.

A reforma tal como era esperada virou pó. Argumenta-se no Planalto que imprensa e partidos superestimaram a amplitude das mudanças. Ocorre que nem imprensa nem partidos trabalham no vazio. O governo durante algum tempo alimentou a versão da remodelação do governo à feição de Dilma Rousseff.

As circunstâncias é que mudaram. A principal, a troca de sete ministros nos últimos sete meses de 2011, impossibilitando substituições em tão pouco tempo. Alterou-se também a visão de que seria possível mudar o conceito da coalizão, reduzindo o número de ministérios e profissionalizando as regras de funcionamento.

Por duas razões. Uma evidente, a avaliação de que um governo político não poderia se arriscar a comprar uma briga desse tamanho com os políticos.

Outra subjacente: diz respeito ao compromisso de Dilma com Lula. Mudar muito equivaleria a dizer que durante oito anos ele fez tudo errado. E por mais diferente que seja seu estilo em relação ao antecessor, Dilma seria a última a renegar a herança de Lula, o dono do projeto político que a fez presidente.”

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