Por Zezinho de Caetés
Apesar da meia ociosidade, tenho
lido a mídia, embora parcialmente. E não me canso de ver o Trump querendo fazer
política sozinho nos Estados Unidos, como se isto fosse possível. E sem querer
passar ainda para a política internacional, encontrei um texto do Nelson Motta
hoje no O Globo, que ele chamou de “Mãos à obra”, e resolvi transcrevê-lo lá
embaixo.
Como todos os políticos agora
estão se preparando para meter as mãos na obra, em todos os sentidos, fui ler o
Nelson e encontrei foi mais humor do que na coluna semanal do Zé Carlos (aliás,
ele devieria aproveitar este filão na próxima semana).
Em resumo ele conta, como vocês
verão que um deputado de São Paulo apresentou um projeto de lei para que as
operadoras telefônicas criem dispositivos que bloqueiem conteúdos de sexo
virtual, prostituição e pornografia na internet.
Vejam meus caros leitores o nível
de nossa política e o que se pensa do papel do Estado em nossa sociedade. O
texto diz que ele é cantor de gospel, então, se a moda pega, brevemente ele
proíbirá todos os tipos de música, deixando apenas aquela que ele canta.
Ou seja, estamos numa época, onde
se pensa que os governos de plantão (isto se aplica a todos os poderes
legislativo, judiciário, executivos e quejandos) querem ditar todas as normas
para os indivíduos e estão chegando a este ponto: Proibir até se veja sexo na
internet. Pelo que sei se isto acontecesse o fluxo de dados na rede deveria
baixar 90%, pelo menos.
Lembrei quando no meu interior,
junto com meu conterrâneo Lula, não existia internet mas existiam as cabras
pastando em poses sensuais, como ele declarou anos atrás à Playboy:
“Playboy – Com que idade você teve sua primeira experiência sexual?
Lula – Com 16 anos.
Playboy – Foi com mulher ou com homem?
Lula (surpreso) – Com mulher, claro! Mas, naquele tempo, a sacanagem
era muito maior do que hoje. Um moleque, naquele tempo, com 10, 12 anos, já
tinha experiência sexual com animais… A gente fazia muito mais sacanagem do que
a molecada faz hoje. O mundo era mais livre…”
E eu não tenho nada a criticar em
Lula, pelo menos por isso. Eu só fico imaginando como está sendo a vida nos
presídios, pelos políticos que hoje lá moram. Eu tenho observado mas ainda não
vi, se entrou algum animal nas prisões de Curitiba.
Se tudo der certo com a prisão de
Lula, até o final do ano, provavelmente, entre os guardas penitenciários,
deverá haver algum veterinário.
Fiquem com o Nelson Motta e, como
diz o Zé Carlos, continuem sisudos se forem capaz.
“No país da piada pronta, mesmo
em seus períodos mais conturbados, o que dá para chorar também dá para rir.
O deputado Marcelo Aguiar
(DEM-SP), cantor de gospel, apresentou projeto para obrigar operadoras
telefônicas a criar dispositivos que bloqueiem todos os conteúdos de sexo virtual,
de prostituição e sites pornográficos da internet.
Ou bem ele não sabe o que é
internet, ou não sabe o que é sexo. E pensar que lhe pagamos R$ 33 mil por mês,
um gabinete com 20 funcionários, viagens... para isso:
“Há viciados em conteúdo pornô e masturbação.
Os jovens são mais suscetíveis a desenvolver dependência e já estão sendo
chamados de autossexuais — pessoas para quem o prazer com sexo solitário é
maior do que o proporcionado pelo método, digamos, tradicional.”
Desde os tempos bíblicos de Onan,
o padroeiro dos onanistas, os autossexuais nunca precisaram de conteúdo pornô
para se satisfazerem, bastava a imaginação, que é a força irresistível que
impulsiona o desejo sexual.
O deputado se preocupa com os que
preferem o manejo do sexo autossustentável. Uma vantagem seria não terem que
telefonar para si mesmos no dia seguinte... rsrs.
Tim Maia fez um paralelo do
onanismo com a gravadora independente, que dava prazer, mas não dinheiro.
“Sabe quando você está com aquele
tesãozinho e pensa em chamar umas garotas... e aí pensa na grana que vai
gastar... e toca uma punhetinha? Produção independente é assim, você não gasta
nada, mas não come ninguém.”
E pobres de nós, adolescentes de
1960, que tínhamos que nos inspirar com os “catecismos” de Carlos Zéfiro ou
revistas de naturismo suecas com senhoras pacatas e brochantes. Ainda assim, a
média entre a turma era quatro por dia, com a força da imaginação e da fantasia
a serviço do prazer, como vem sendo desde que o primeiro homem e a primeira
mulher descobriram as delícias que podiam se dar, com autossuficiência,
independência, liberdade e descompromisso. Sendo pecado ou proibido, o prazer
era ainda maior. E não há lei que dê jeito nisso.
Em tempos duros, tensos e
nervosos, não há nada melhor para relaxar. O Ministério da Saúde deveria
recomendar.”
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