Por Altamir Pinheiro
A hecatombe de Garanhuns poderia e deveria ser transformada,
em seu centenário, numa peça de THEATRO, antes que as cortinas se fechem e a
peça termine com vaias ou sem aplausos... Só assim, a tragédia política da
terra de Simôa, no campo da dramaturgia,
teria uma história chamada somente
sua!!! Seguindo essa linha de raciocínio gostaria de afirmar que, este
humilde escriba que ora vos fala ou escreve, não é nem muito menos tem
tendência para ser um roteirista ou até mesmo
um produtor de peça teatral, mas entende que, cairia muito bem
transformar a tragédia da HECATOMBE DE GARANHUNS, em seu centenário, numa pujante
e fatal peça teatral, com atrizes e atores locais, donde, seus atos e cenas,
perfizessem os caminhos personificados e simbolizados nas imposições políticas
da época, sendo determinadas pelas "leis humanas" do arbítrio,
acontecido naquele mortífero janeiro de 1917.
A finalidade dessa obra trágica seria justamente combater as duas
posições extremistas, punindo ambas por não buscarem um acordo e desejarem
prevalecer uma sobre a outra. Ou seja, o poder pelo poder, na marra!!!
Até onde se sabe ou se tem pesquisado, a dramaturgia e a
própria história do THEATRO remonta
desde a Grécia antiga, na qual a representação teatral era concebida como a
principal atividade artística e,
lendo-se sobre o assunto, chegamos a conclusão ou um raciocínio
simplificado que, encenavam-se peças, em especial as TRAGÉDIAS, cujo intuito
era conduzir o expectador ou a plateia a
se sentir provocada, mas, evidentemente, de forma controlada, o despertar de
emoções contidas e omitidas, que precisam ser manifestadas e expostas, para a
liberação de bloqueios emocionais, uma espécie de purificação da alma, dada
pela liberação das emoções que provocaria aos presentes, advinda de um script
de cenas fortes de um espetáculo teatral baseado na montagem tendo como pano de
fundo FATALIDADES na forma e contorno da
carnificina feito a ocorrida em
1917.
Alguém pode pensar que um projeto relativamente simples,
porém dispendioso, financeiramente falando,
tem como objetivo transformar idéias e aspirações em ações concretas que
possam aproveitar oportunidades, solucionar problemas, atender a necessidades
ou satisfazer desejos. NADA DISSO!!! Primordialmente, a peça em seu bojo,
traria como prioridade absoluta, um projeto
cultural que tem por objetivo, A CURTO PRAZO, atingir ou ter como escopo e mira dados específicos que seria retratar através
de uma montagem de peça teatral um espetáculo que diz respeito, especificamente
e, tão somente, a população de Garanhuns. E, OUTRA: sem fins lucrativos,
claro!!! fica evidenciado que, ao se especificar a meta de um projeto, deve-se
buscar respostas para as questões: para que? e para quem? E qual a importância e benefícios que serão alcançados pelo público-alvo do projeto
em si?!?!?! Apenas marcar a data. Afinal, não é toda dia que se completa 100 anos...
Quem poderia
PATROCINAR, BANCAR, FINANCIAR,
uma atividade de pequeno porte como esta?!?!?! A prefeitura do
município, Empresa tipo Ferreira Costa (através da Lei Rouanet), e outras
alternativas que poderão surgir através
de elaboração de um orçamento que fosse
apresentado pela equipe responsável
com a previsão e o controle dos
gastos que o projeto terá. Nessa perspectiva, responde à questão: quanto? E
como diminuir os custos?!?!?! O orçamento deve servir como um resumo financeiro
do projeto no qual se indica quanto será gasto para sua realização e como. É
uma ferramenta importante na gestão do projeto para o acompanhamento das
despesas previstas e realizadas. Geralmente, poderia agruparem-se os custos em
blocos de despesas amenas, como fornecimento gratuito por alguma entidade de material de consumo; ter uma equipe
administrativa sem fins remuneratórios;
conseguir pelo 0800, serviços de terceiros; cachês baratos dos atores
amadores; conseguir baratear o aluguel de equipamentos, alimentação e transporte;
instalações e infra-estrutura, entre outros. Isso facilitaria a
organização e o controle dos gastos.
No que diz respeito aos cenários e vestimentas que encarecem
e muito a montagem do espetáculo, que tal jogar a responsabilidade em cima da
prefeitura, das secretarias de cultura, turismo e obras, como também da comissão memorial do centenário?!?!?! Todo
esse pessoal, conjuntamente, procurariam
com aval do prefeito a REDE GLOBO NORDESTE para ver se ela forneceria os trajes
típicos da época do seu vasto guarda-roupas, principalmente os trajes femininos
e demais utensílios que remontam do começo do Século XX. Apetrechos estes,
que a REDE GLOBO poderia muito bem
fornecer a título de empréstimo temporário, depois teria sua devida devolução. E MAIS: Que tal a
prefeitura patrocinar o relançamento do livros OS SITIADOS(Hecatombe de
Garanhuns), haver uma campanha maciça de divulgação de vendas por preços
módicos e toda a renda ser dividida entre o autor do livro, e outra porcentagem
das vendas formar caixa do projeto em curso?!
É difícil, mas não
impossível!!! Porém, existem uma parafernália de opções, como mais
alguns exemplos, a começar por: investimento do poder público em cultura que
pode ser feito pela instância federal, estadual ou municipal. Haja vista que
cada uma delas tem mecanismos próprios de atuação, as chamadas leis de
incentivo à cultura; formação de convênios com organizações da sociedade civil;
apresentar o projeto para pessoas físicas e jurídicas que possam repassar ao
projeto parte do imposto devido. Ou então, conseguir, com os meios de
comunicação local, através de uma campanha de divulgação em massa uma fonte
possível de captação de recursos tanto de pessoas individuais como da
comunidade ou grupos como um todo. Zebra é se aparecer pretextos ou motivos de,
falta de tempo, perda de tempo, falta de métodos ou desculpas esfarrapadas
cheias de má vontade e de pessimismo. Aliás, QUANDO A GENTE NÃO QUER...
QUALQUER DESCULPA, SERVE!!!
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