Por Zé Carlos
Posso dizer que esta semana foi
toda dedicada a nossa musa do humor, a presidente Dilma Roussef. Ela fez humor
para todos os gostos. Não vejo a hora dela deixar a presidência e voltar para
casa se dedicando totalmente a esta
humilde coluna. Lula fez isto e se deu bem. Devemos a ele também grande parte
do riso nesta semana.
Antes de falar de indivíduos,
falemos de partidos, pois estas entidades políticas, quando querem fazer o
distinto público rir, sai de baixo, tenho certeza que matarei alguns dos meus 9
leitores pelo caminho deste texto. O riso abundará.
A partir de quinta-feira houve um
congresso do PT em Salvador. A grande preocupação dos dirigentes era saber se
iria alguém além de Lula, Marco Aurélio Garcia, o nosso famoso “top-top Garcia”, apelido baseado no seu
vídeo quando ele comemorava a queda de um avião. Esta turma, quando quer, além
de hilária, pode ser má também. Pelas notícias, compareceram uns poucos gatos
pingados, menos para discutir metas para o futuro, e mais para tomar algumas
atitudes para que o PT não desapareça da face da terra, como os dinossauros. E
isto não é figura de linguagem não. O partido é um dinossauro em via de
extinção. Está apenas esperando o meteoro da operação Lava Jato, pegar o Lula
de jeito.
E foi este, o Lula que, como
sempre foi o rei do palco. No congresso, ele proporcionou os momentos mais
hilariantes da política nacional. Primeiro, ele estava lendo um discurso. Como
todos sabem que a leitura não é o seu forte, todos ficaram procurando algum
ponto eletrônico em sua orelha. Segundo, ele tomou uns 15 minutos do seu
discurso de 30, fazendo os salamaleques da praxe oratória, nominando pessoas.
Foram tantas pessoas que ele chamou, que eu dormi durante uma grande parte, e
quando acordei, pensando que havia perdido o seu discurso ele ainda estava
chamando gente. Foi um horror. Mas, depois de chamar o amigo Vaccari, ainda o
tesoureiro mais honesto do PT, pois os outros estão todos presos, enfim, ele
começou o discurso. E, neste momento, cansado daquela infindável lista de
nomes, eu desliguei o filme. Ou seja, pode-se dizer que eu não ouvi e não
gostei. Pelos comentários que li, ficou comprovado que eu tinha razão. E, como
ele fingia que estava lendo, não poderia falar mais de 15 minutos, por que
iriam desconfiar. Este Lula é mesmo um pândego.
Como disse, esta semana é quase
toda da Dilma, mas, o Temer, o presidente em exercício também deu uma “palhinha”, para incentivar o riso nesta
coluna. Ele disse que Levy, o Bisonho, “tem
que ser tratado como Cristo.” E continuou: ele [Cristo] “sofreu muito, foi crucificado, mas teve uma
vitória extraordinária, na medida em que deixou um exemplo magnífico,
extraordinário para todo o mundo.” Este comentário bíblico/econômico foi
moda nesta semana. A Dilma já havia dito que o Levy, “não deveria ser tratado como um Judas”. E vocês não imaginam o
problema que isto deu, quando um travesti usou a crucificação do Cristo para
desfilar na Parada Gay de São Paulo. Uns dizem que ele estava imitando o
Ministro da Fazenda e outros que estava imitando o próprio Cristo. Confusão em
todas as hostes religiosas e econômicas. Ninguém sabe quem influenciou quem. Eu
não tive tempo de pesquisar. Desculpem!
E, era previsto que a Dilma não
iria para a Parada Gay, digo, para o Congresso do PT, pois estava na Bélgica no
dia da abertura. Mas, quando o Mercadante telefonou dizendo que o Lula estaria
lá e iria reinar na Parada, digo, no Congresso, ela tomou o primeiro avião e
pousou em Salvador. E pela primeira vez ela fez um discurso melhor do que o de
Lula, e falando de improviso. Quem mandou Lula fazer o que não sabe? Todos
estão cientes que seu forte não é a leitura, mas, sua histrionice. Desta vez, a
Dilma foi mais aplaudida do que ele. O único nome que foi aplaudido mais do que
os dois foi o de João Vaccari Neto, o tesoureiro do PT, preso por um monte de
crimes. Oh partidinho para gostar de criminosos! E já esqueceram o Dirceu, que
dizem fica em casa o tempo todo vendo no Netflix aquele filme com Macaulay
Culkin: “Esqueceram de mim!”, e
reclamando do Lula.
Estou adiando o assunto, porque
queria que meus poucos leitores chegassem ao fim sem uma morte prematura. Mas,
garanto que eles morrerão, se já não morreram vendo o Programa do Jô, na
madrugada de sábado, com a musa Dilma. Eu já não assisto este programa, faz
algum tempo, por causa do seu horário. Aliás, penso que ninguém vê mesmo, a não
ser a plateia que urra com as nada engraçadas, hoje, tiradas do ex-humorista, o
Gordo. Alguns, como eu, veem depois na Globo.com, e foi isto que fiz. E devo
dizer, o programa estava impagável. A nossa musa se superou. A cada uma de suas
falas, eu só faltava me borrar de tanto rir. Ah se eu pudesse reproduzir toda a
entrevista aqui! Já atingiria logo meu objetivo de matar os outros, com os
dentes arreganhados.
Para vocês não dizerem que eu sou
tão mau, quanto o “top-top Garcia” eu
coloco algumas passagens da entrevista, apenas copiando e colando da mídia, as
coisas mais interessantes do programa. Mas, não pensem que ficou só nisso. Se
gostam de rir, vejam o programa completo, e vejam que capacidade tem esta
mulher para alegrar o nosso país.
Logo no início o ex-humorista, o
Jô, se saiu com esta:
“Bom, você é uma leitora fanática, de chegar a andar com
mala cheia de livros e, de repente, na ânsia de ler, até bula de remédios não
escapavam dos seus olhos”.
Logo então, eu disse para mim
mesmo. Este programa promete. Porque todos sabem que a Dilma, nunca leu nada
até o fim, nem mesmo bula de remédio. E daí para frente foi um riso só.
Levada a comentar a crítica da
oposição de que descumpriu suas promessas, Dilma como que apagou da memória os
quatro anos do seu primeiro mandato, e disse:
“Como eu estou no
quinto mês, estou entrando no sexto mês de mandato, é muito difícil dizer que
eu não cumpri minhas promessas de campanha. Eu tenho um mandato para
cumpri-las.”
Vejam bem, se ela realmente
cumprir o mandato, com esta memória brilhante, vocês pensam que ela vai se
lembrar de que um dia foi tão gorda quanto o Jô? Pensam que ficou por aí? Que
nada! Vejam esta, quando o entrevistador perguntou a respeito da história,
quando ela foi presa, e havia um Bíblia que passava de mão em mão, lá na
prisão:
“Ah, Jô, era uma história que é assim: não tinha livros… A
Bíblia é algo fantástico, ela é uma leitura que ela envolve de todas as
maneiras. Além de sê uma expressão religiosa, da religião da qual nós, a
maioria do Brasil, compartilha. Mas, além disso, ela tem alta qualidade
literária e tem, também, histórica. Então, é uma leitura que, eu quero te dizer
o seguinte: para mim foi muito importante, principalmente porque ela trabalha
com metáforas. E é muito difícil, a metáfora é a imagem, o que é a metáfora?
Nada mais que você transformar em imagem alguma coisa. E não tem jeito melhor
de você entender e compreender do que a imagem”.
Eu não sei, mas, se tem algum
religioso que lê esta coluna, então não tem mais. Morreu, antes de eu começar
este parágrafo. Mas, como aprendi a ser mau, com tantos anos de PT no governo,
aqui vai mais uma da Dilma, quando ela se referiu às verbas da Educação
destinadas às creches, das quais foram construídas menos da metade que ela
prometeu desde o primeiro governo, quando ela dizia que o controle das verbas
era importante:
“Nós montamos o controle. E você só pode montar o controle
no Brasil se você digitalizar. Você digitaliza…torna.. Coloca na internet,
digitaliza, sabe onde é cada uma das escolas. Então, o prefeito recebe um SMS:
“Prefeito, você recebeu tanto, você tem que fazer…”. E ele tem que tirar o
retrato, tirar uma foto daquela creche e tem de botar no…
“Na internet”, sopra
Jô.
“Não, ele bota no celular dele, que vem pra nós, que entra
na internet, não é? Aí, nós descobrimos que um prefeito que tinha quatro
creches tava mostrando a mesma creche. E advinha como é que a gente descobriu”?
“Como”? indaga o
humorista, que já estava morrendo de rir.
“O cachorro era o mesmo. O cachorro parado na frente da
creche era o mesmo das quatro creches. O que causou uma grande indignação em
nós aqui. Que história é essa desse cachorro aí? Eu te contei essa história
justamente pra mostrar o seguinte: você tem de acompanhar...”
A essas alturas eu mesmo não
aguentava mais, e, nem os cachorros. Até hoje, estou me recuperando do acesso
de riso. A mulher também é uma pândega.
E, para não cansar os
sobreviventes, logo aí abaixo está o filme do UOL, no qual a Dilma continua a
reinar com sua capacidade incrível de nos fazer rir. Para isto, os produtores
não precisaram de mais nada do que cotejar o que ela disse antes sobre a
situação do Brasil, com a que estamos vivendo hoje. Por exemplo, quando ela
baixou a conta da luz. Quem recebeu a conta este mês, como eu, e a compara com
a daqueles tempo, dar até vontade de chorar. Mas, como dizia o poeta, “enxugue as lágrimas, faça um sorriso e
mostre ao mundo que é feliz...”, e a vida seguirá muito melhor.
Então fiquem com este filme, mas,
antes leiam o resumo do roteiro dos seus produtores. Foi uma semana como
poucas, e esta que vem, também promete. Não morram ainda.
“Nesta semana, a presidente Dilma
Rousseff (PT) resolveu brincar de "Qual é a Música?". Enquanto isso,
a inflação desafinava as contas dos brasileiros.”
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