Por Zezinho de Caetés
Em meio ao turbilhão de CPIs que assola nosso país e a briga
de gato e rato entre oposição e situação para ver quem investiga mais, o
imortal Merval Pereira, escreveu, semana passado em O Globo (10/04/2014), um
texto que merece ser lido e comentado. Quando vi o título – “Fracasso anunciado”, vi logo que se
referia a alguma coisa relacionada com o PT e este governo que o Eduardo não
aguenta mais, e não deu outra. Como o reproduzo abaixo, vou me ater aos meus
raciocínios sem entrar em detalhes do texto, mesmo porque ainda não tenha lido
o livro citado, embora o farei assim que possível, porque o tema me interessa,
e muito.
No fundo, no fundo, o que os autores citados pelo imortal
tentam explicar é simples e complicado ao mesmo tempo. Explico para não acharem
que eu estou maluco. Eles tentam responder à pergunta: Por que o Brasil cresce menos do que aquilo que pode? Eles, logo no
título usam a palavra “Complacência”.
Bingo, eis ai toda a resposta para a pergunta que parece difícil. Não se pode
governar um país sendo complacente, e mais do que isto, fazer como o PT cuja
complacência teve apenas a finalidade de permanecer no poder. O “Lulinha paz e amor” começou tudo.
Durante seu governo houve a bonança, pelos bons ventos da economia mundial e
sua decisão de seguir a política macroeconômica de FHC, produzindo alguns avanços na economia
brasileira, principalmente, em termos de inclusão social, mesmo sem o alarde
que é feito pela Mãe do PAC, de que o Brasil já acabou com a miséria. Durante
este período, não foi feito mais nada, a não ser usufruir da situação para
eleger-se pela segunda vez e eleger o poste que hoje se encontra com a luz
quase apagando no Planalto.
E foi o poste que pegou a herança maldita, e o que é pior,
não fez nada para sustar o desastre que todos esperavam que era a volta da
inflação e o baixo crescimento econômico, que, se continuar seu governo vai
ficar conhecido como o da exclusão social, e ficaremos esperando outro FHC, com
coragem para fazer as reformas necessárias e debelar outra vez a inflação,
preparando o Brasil para ser novamente o país do futuro.
Vocês lerão abaixo que um dos grandes problemas a enfrentar
é a questão da educação, pois chegamos ao fim de 12 anos de PT, na rabeira de
todos os exames internacionais, e sendo este setor o grande responsável pela
baixa produtividade no período recente. O que este governo fez a mais nos
últimos 10 anos, o fez dentro do padrão Dilma de qualidade, que é péssimo. Ficamos
na rabeira até na própria América Latina. E, como comentamos antes, até para
cuidar de nossa saúde temos que importar médicos cubanos em regime de
escravidão. Em suma, não estamos preparados para continuar no século XXI como
um país que utiliza todo seu potencial por erros de política econômica, e por
uma ideologia caquética de endeusamento do Estado, este monstro que vem
crescendo apenas, para melhorar a vida de alguns nas extremidades de renda: os
muito ricos, para darem propinas e financiar campanhas, e os mais pobres, para
votarem em postes apagados, enquanto a classe média definha para custear tudo
isto através dos impostos escorchantes.
Em suma, e vejam os dados do texto abaixo, o que devemos
temer não é o país durante a copa, e sim dizer: imagine depois dela. E, que
Deus nos livre e guarde, se o PT continuar no poder, para onde iremos? Eu só
estou vendo, por hora, um bando de vacas indo para o brejo, se isto acontecer.
Embora eu saiba, e todos que entendem um pouco além da propaganda do governo,
que qualquer que seja o nosso próximo presidente, a coisa não será fácil.
Colocar este país de volta nos trilhos depois do descarrilhamento provocado pela Mãe do PAC, não vai ser fácil.
Aliás, vocês acham que uma pessoa que diz o que ela diz nos vídeo abaixo, pode
pelo menos salvar uma vaca de ir para o brejo? Imagine um país!
Fiquem com o filme que encontrei nas minhas andanças pelo
blog e depois leiam o imortal, juntem as duas coisas e vejam porque o título do
seu texto é “Fracasso anunciado” (o
vídeo não faz parte do texto do Merval Pereira).
“Em ano eleitoral, em que a diferença entre a percepção e a realidade
se amplia muito devido à disputa política, há pouco espaço para uma análise
mais profunda acerca das limitações do modelo econômico vigente, embora elas
possam estar apontando para épocas futuras mais sombrias. É por essa razão, e
com visão crítica, que os economistas Fabio Giambiagi e Alexandre Schwartsman
escreveram o livro “Complacência — Entenda por que o Brasil cresce menos do que
pode”, publicado pela editora Campus, lançado esta semana.
Um exemplo para ser pessimista: na última década, a taxa anual média de
crescimento da economia brasileira foi de 3,5%. Nesse mesmo período, as taxas
médias de Chile, Colômbia e Peru foram de 4,6 %, 4,7 % e 6,4%, respectivamente,
enquanto o vizinho Uruguai cresceu 5,1 % ao ano. É bem possível que, ao fim do
mandato da presidente Dilma, a taxa média dos quatro anos mal chegue a 2%.
Os economistas mostram que um conjunto de fatores contribuiu para o
êxito das políticas oficiais após 2003, sobretudo a relação entre preços das
exportações e das importações, baixas taxas de juros internacionais, taxa de
câmbio e os excepcionais dados do emprego, fatores que os economistas denominam
de “quadrado mágico”.
“Até o começo da atual década, vivemos a ‘fase fácil’ e, para crescer,
bastava injetar demanda na economia. Mas era algo que cedo ou tarde iria
acabar. O fracasso do modelo adotado, após a fase da bonança mundial, estava
anunciado”, diz Giambiagi.
Com o início da “etapa difícil”, quando foi necessário expandir a
capacidade de oferta, o governo falhou, na visão dos autores. Dessa forma, a
poupança doméstica se manteve baixa, incapaz de financiar o investimento
requerido, e tivemos o que chamam de “risível crescimento da produtividade”:
apenas 1% ao ano entre 2001 e 2011. Na China, no mesmo período o crescimento da
produtividade foi de 9,9% e na Índia, 6,4%.
“O fato é que a maior parte dos países está se preparando com afinco
para um mundo de muita competitividade, mas o Brasil está deixando a desejar”,
alertam os economistas, para quem as contas da política econômica da última
década estão chegando. Para eles, um dos mais urgentes problemas a ser
solucionado é a escassez de mão de obra qualificada, através do esforço
educacional.
O grupo de pessoas que está no mercado de trabalho, a chamada população
economicamente ativa, cresce a taxas cada vez menores. “A pirâmide etária
brasileira sofrerá uma alteração dramática nas próximas três décadas e meia”,
relata Giambiagi. “Em razão do peso da questão demográfica e dos resultados do
país no campo da Educação, a tendência à baixa produtividade se manterá,
representando um constrangimento sério para o crescimento econômico futuro do
país”.
A Índia e a China massificaram o envio de alunos a universidades internacionais.
Na Coreia do Sul, 64 % da geração entre 25 a 34 anos se formou em universidade
(dados de 2011), representando um ganho de 51 pontos percentuais em relação à
geração mais velha com idade entre 55 a 64 anos — que contabiliza 13% de
pessoas com curso superior.
No caso do Brasil, onde apenas 9% da geração com idade entre 55 a 64
anos tem curso superior, a atual proporção de 13 % de pessoas com formação
superior na geração de 25 a 34 anos revela um incremento de modestos quatro
pontos percentuais, e representa três vezes menos que a taxa do Chile (41%) e
quase quatro vezes menos que a taxa da Rússia (56%).
Os autores destacam que a proporção de alunos que conclui o ensino
médio é muito baixa em termos comparativos, não só em relação aos países mais avançados,
como em relação a outras economias emergentes. Enquanto no Brasil apenas seis
de cada dez pessoas na faixa de 25 a 34 anos concluíram o ensino médio, no
Chile essa proporção é de nove de cada dez pessoas.
Para retomar o crescimento sustentado com vistas a ganhos de
competitividade, eficiência e produtividade, para substituir o “quadrado
mágico”, que já não existe, Giambiagi e Schwartsman sugerem o “pentágono
virtuoso”, representado pela ênfase em i) competição; ii) poupança; iii)
infraestrutura; iv) gasto público eficiente; e v) investimento em Educação. E
ressaltam que o roteiro de reformas precisa ser complementado.”
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