Por Zezinho de Caetés
Sempre começo meu dia em busca de informação, e quando
encontro algo interessante, sento-me e escrevo sobre. Os meus leitores gostam
disso, embora, um me mandou uma mensagem dizendo que lê as minhas postagens
para ver os textos que reproduzo, logo abaixo de minhas besteiras. Fiquei um
pouco sentido, mas, num gesto de gentileza, que dizem, alguns, gera gentileza,
eu respondi agradecendo pela leitura. No entanto, fiquei pensando se eu não
poderia variar um pouco e escrever sobre o que me vem à cabeça de vez em
quando. Quando tentei colocar este novo formato em prática, vi, que de minha
cabeça, sozinha, só vinha o sexo dos anjos. Recusei-me a escrever sobre tal
tema que foi tão batido na idade média, e muitas vezes, ainda o é, no Congresso
Nacional.
Hoje, lendo a sessão Deu
nos Blogs da AGD, eu tive um lampejo de luz com as notícias resumidas que o
Zé Carlos coloca por lá. Vi, que nem só o sexo dos anjos vinha à minha cabeça.
Então me perguntei: “Por que não comentar
estas notícias?”. E resolvi tentar para fugir da crítica mordaz do meu
exigente leitor.
Primeiro tive medo de que ficasse como escritor de “uma nota só”, quando encontro a maioria
dos temas falando do escândalo da Petrobrás. Não era prá menos. A Petrobrás
domina há tanto tempo nossa política que qualquer coisa que com ela se passa é
uma notícia. A ideia lançada pelo Getúlio de que o “petróleo era nosso”, o que nos deixou na rabeira da produção do precioso
líquido até hoje, assim como a lei da informática do Sarney, que, com a boa
intenção de proteger nossa tecnologia, fez com que ainda não tenhamos
recuperado o tempo perdido em matéria de computação, até hoje, e ainda é o tema mais usado por determinados para
eleger alguns políticos. E até hoje também, quando qualquer político quer se
eleger a um cargo importante, tem que sujar as mãos de petróleo. O grande
problema é que, geralmente, eles sujam, também, as mãos, de outras coisas.
Eu vi lá, no Deu nos
Blogs, um texto da revista Época, com o título de: “Quem tem medo da CPI da Petrobrás”, onde o DIEGO ESCOSTEGUY e
outros jornalistas, mostram a saga da Petrobrás nos tempos modernos, envolvendo
a compra de uma refinaria nos Estados Unidos, cujo único efeito benéfico foi
para um magnata belga, que ficou “gozando”
a “experteza” (com “x” mesmo) dos nossos
técnicos, que o deixaram levar o Brasil na conversa com um prejuízo monumental.
Mas, leiam lá se ainda lá estiver. Vale a pena ver com é fácil mamar no
dinheiro público usando nossa maior empresa. A pergunta que fica, e que ainda “vai dar muito pano prás mangas” é se a
CPI vai conseguir pegar todo mundo. Em um país que já está faltando cadeia para
colocar engravatado, se pegarem todos, precisarão usar os palácios como
presídio. Assim alguns, não precisarão nem sair de casa.
Para notícias curtinhas, mas, importantes, eu vi uma cuja
manchete era: “Cubano do Mais Médicos é
encontrado morto em Brasília”. Dizem que ele se suicidou, porque foi
encontrado com um lençol enrolado no pescoço. Eu tenho minhas dúvidas. O pobre
homem deve ter morrido do coração, quando soube quanto iria ganhar e quanto o
Fidel iria ficar do dinheiro dele, para pagar aos médicos espanhóis que
irão em breve o embalsamar para ser colocado ao lado do Hugo Chávez.
Outra notícia que vi foi: “Condenado no mensalão faz política preso”. Antes de ler eu fiquei
logo pensando no Zé Dirceu ao celular fazendo seus contactos. Enganei-me,
apesar dele nunca ter deixado de fazer política. A notícia se referia a outras
pessoas: O Delúbio, o Waldemar Costa Neto e o Jacinto Lamas (que não se perca
pelo nome). Esta imprensa é terrível. Imaginem que criticam o Waldemar porque
entrou no “drive-thru” da McDonalds e pediu um Big Mac. Isto é fazer política? Não
sei, depende de que pessoas estavam esperando por ele com um Big Mac na mão. E
o Jacinto Lamas, foi a uma igreja. Como se pode fazer política numa igreja?
Depende. Quem era o celebrante da missa? O Frei Beto?
A notícia seguinte (“Dilma
diz que não quer revisão da Lei de Anistia”), permita, caro leitor, citar
uma parte dela:
“A presidente Dilma
Rousseff não apoia a revisão da Lei de Anistia como desejam grupos de esquerda,
a Anistia Internacional, que lança amanhã uma campanha em prol da alteração do
texto, e alguns senadores.
Dilma aproveitou um
discurso em cerimônia nesta segunda-feira no Palácio do Planalto para
apresentar sua posição, endossando uma decisão do Supremo Tribunal Federal de
2010, que considerou constitucional a Lei da Anistia que impediu a punição dos
crimes cometidos durante a ditadura (1964-1989). Os militares são contra a
revisão da legislação.”
Todos que me leem sabem que não sou um fã da presidenta,
mas, nisto ela tem razão de sobra, embora, saiba que ela diz isto porque se
revisarem a Lei da Anistia, pode sobrar também para ela. Ou vocês pensam que só
foram anistiados os militares, que estavam do outro lado? Se houver a revisão,
deveria a nossa presidenta, ir à Comissão da Verdade e contar o que fez durante
o regime militar e o que pretendia com isto. Eu, que fui do PT por um bom
tempo, antes dele tomar o poder, também sofri com a repressão, mas, hoje
reconheço que as boas intenções da esquerda durante a ditadura eram apenas
trocar uma ditadura por outra. Para mim, tanto faz uma ditadura da classe trabalhadora,
quando uma ditadura da classe preguiçosa, como existe ainda em Cuba e na Coreia
do Norte. Hoje, o grito maior que todos devemos ter é o que eu mesmo entonei
muitas vezes nas passeatas nos anos de chumbo: ABAIXO A DITADURA! E é por isso
que faço todo meu esforço para que o PT não eleja o próximo presidente, e eu
tenha que ir às ruas outras vez, para gritar como hoje o fazem os venezuelanos,
com sua ditadura do Século XXI.
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