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sexta-feira, 28 de março de 2014

O CACHORRO DE BOTAS - O cachorro do Aécio e o seu encontro com o cachorro do Eduardo




Por Zé Carlos

Dias atrás o meu amigo Zezinho de Caetés publicou aqui na AGD um texto no qual me incentivava a declarar explicitamente a ideologia política do Nick, o Cachorro de Botas, que, segundo ele próprio (o Nick) não tem nenhum caráter. Faz sentido, porque ele sabe que gosto muito de política, mas, como todos sabem, no sentido aristotélico do termo, de que o homem é um animal político. E será que os cachorros além de animais, são também políticos?

Até hoje, não indaguei diretamente a meu companheiro de caminhadas, o Nick, sobre o assunto, mas prometo ao amigo Zezinho fazê-lo assim que possível. Desta vez, em mais uma conversa que tive com ele, o assunto girou em torno de um político, e só indiretamente sobre política. Embora eu tenha certeza de que se feita esta última pergunta a ele ele diria que, sem dúvida, sim, e talvez acrescentasse, para não perder a oportunidade de ser mau-caráter, de que a recíproca também é verdadeira. Ou seja, ele responderia sim à pergunta: Será que todos os políticos são animais cachorros? Esta pergunta talvez deixasse até o Aristóteles em dúvida.

Mas, deixa esta questão para lá e adentremos na nossa última conversa à qual o próprio Nick deu o mote:

- Oi Zé Carlos. Tudo bom? Mais uma vez nos encontramos neste espaço público e venho atrapalhar um pouco sua caminhada. Eu não aguento o seu ritmo.

Disse o Nick já sentando sobre as patas traseiras, e dele acercaram-se os seus discípulos, os seu amigos cachorros da pracinha, e, que, de  não cachorro só tinha eu que disse:

- Você não me atrapalha em nada, Nick. É sempre um prazer te ouvir, embora nem sempre concorde com o que ouço. Diga a que veio.

Nick, agora se apoiando sobre os cotovelos, descansando o corpo na areia, com um ar de noite mal dormida (ele me confidenciou depois que havia encontrado uma cadela de quem ele gosta, mas, este assunto fica para depois, pois eu a conheço também) e começou:

- Zé Carlos, o que tenho de novidade é que recebi um e-mail do cachorro do Aécio, o Popó, de quem nunca mais tinha tido notícia, porque ele está acompanhando o seu dono na tarefa de cumprir o que prometeu ao avô de que um dia ele seria presidente da república para continuar o que ele, o avô, não pôde fazer, quando deixou o governo para José Sarney?

- Foi mesmo Nick? Sou todo ouvidos!

- Agora eu lembrei do cachorro do Sarney, o Sarna, que até agora não largou o osso deixado pelo cachorro do Tancredo,  do qual não me lembro o nome, e que morreu da mesma doença do dono, pouco tempo depois. Embora todos saibam que ele morreu de dor de barriga ao comer leitão a pururuca lá prás bandas de Minas. Também, até hoje não se sabe de que o seu dono morreu, quanto mais o seu cachorro. Alguns dizem que foi de uma mordida do cachorro do Figueiredo, que estava com raiva. Ele tinha mesmo era raiva de povo, e mordia todo mundo. Eita cachorrada danada.

- E o e-mail do cachorro do Aécio, Nick?

- Ah! Sim. Vou te fazer um resumo, e depois se você quiser eu lhe passo pelo Facebook, para você curtir. Se quiser ser meu amigo é só ir lá, e você será o meu primeiro amigo não canino. Sim, e lá vou eu desviando outra vez do assunto. O Popó, que eu não sei porque este nome, o cachorro do Aécio, diz no e-mail que está desencantado com o que estão dizendo sobre seu dono. Dizem que ele é um “baladeiro” de marca maior e que foi pego pela polícia dirigindo embriagado, e até se recusou a soprar o bafômetro. E que ele é que pagou o pato, pois teve que soprar por ele. Coitado do Popó. Logo naquele dia que ele tomou o resto da bebida do dono. Ele continua se defendendo das acusações, e obviamente, defendendo o seu dono. Afinal, quem não quer herdar o osso da cadela da Dilma? Até eu! Pena que meu dono não seja político.

- Nick, sinto muito mas hoje estou apressado, e não posso ouvir sua história toda. Faz o seguinte me manda uma cópia deste e-mail e eu lerei com cuidado e atenção.

- Tá bom, Zé Carlos, eu mandarei. Seu endereço ainda é o mesmo?

- Claro que é Nick, até mais ver!

No dia seguinte recebi a cópia do e-mail do cachorro do Aécio, que transcrevo abaixo, apagando os endereços para evitar os spams da cachorrada:

Para: Nick
De: Popó

Caro Nick, faz um tempo que não nos comunicamos. Aproveitando esta facilidade nas comunicações, que levou até aos cachorros ao seu uso, venho dar algumas notícias.
Hoje estou em Minas, mas, não faz muito tempo, eu estive aí em Recife. O meu dono anda de conchavos políticos com governador de Pernambuco, que agora também quer se candidatar a presidente. Eles querem, de qualquer jeito desalojar a Dilma do Palácio do Planalto. Eu fiquei alegre foi por encontrar com o cachorro do Eduardo, o Dudu, que fazia tempo que não via. Era mais amigo do cachorro do seu avô, o Chapéu de Palha, que o Eduardo ainda mantém em sua casa, mas, já está em idade avançada. Dizem que ele brigava  com o cachorro do avô do Aécio, e eram  lutas terríveis. Contam até que o Tancredo, avô do meu dono, disse que na época que o MDB dele não era o mesmo do Miguel Arraes, avô do Eduardo. Mas, em política...
Foi uma farra. Primeiro fomos ao Palácio do Campo das Princesas que foi restaurado em toda sua beleza. Espero quando tiver um tempo você apareça por lá. Eu sei, que se você aparecer lá vai fazer o mesmo que eu fiz: fazer xixi no pé de uma cadeira onde sentou o Maurício de Nassau. Marquei o território que era ainda do cachorro do Moura Cavalcanti. Escolha outra cadeira por favor.
Ficamos só ouvindo a conversa, eu e o Dudu, dos nossos danos. O Aécio dizia que estava preocupado com a Marina e o Eduardo dizia que estava preocupado com a fama de “baladeiro” do meu dono. O Dudu, aquele cachorro safado, ficou olhando para mim e disse, na cara de pau:  “Todo mundo sabe porque tu te chamas Popó!”. Fiquei danado de raiva, mas, aguentei firme. Mas depois ele me paga. Deixa meu dono chegar no segundo turno, que ele vem pedir arrego. Aí eu passo na cara dele que seu primeiro nome era Preca. Deixa ele.
E a conversa rolou até me deu vontade de fazer o número 2. Foi uma boa desculpa para o meu dono sair de fininho e me levar ao jardim onde eu me aliviei. O bom da cachorrada é que não tem responsabilidade da merda que faz e deixa para lá, para o dono apanhar. E o Dudu também fez merda, embora longe de mim. Só nos veremos agora no segundo turno, se todo o conchavo der certo. Tomara que dê, pois o Dudu disse que seu dono disse que: ninguém aguenta mais 4 anos da Dilma. E quem sou eu para discordar do dono do Dudu?!
Por hoje é só, caro amigo. Se repassar este e-mail, por favor apague meu endereço.
Popó


Ainda não tive oportunidade de agradecer a gentileza do Nick em nos autorizar a publicar o e-mail do Popó, mas, isto fica para nosso próximo encontro na pracinha ou noutro lugar qualquer.

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