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segunda-feira, 10 de março de 2014

A semana - Hoje são duas semanas. Muito mais risos e lixo




Por Zé Carlos

 Os que leem este introito aos filmes da UOL devem ter notado que na última segunda-feira eu faltei. Peço desculpas, porque o filme não faltou, e sim eu. Mas, era carnaval e fui fazer retiro espiritual em Caruaru. Para aqueles que não gostam de se envolver com os festejos desta época tão querida dos brasileiros, eu recomendo essa cidade, e com um passeio ao seu Parque das Baraúnas.

Consequência da falha: Hoje vocês terão que aguentar dois filmes, o que o espero farão vocês rirem tanto que, de não aguentar mais, ficarão tão irritados quanto o Bat-Barbosa pelo desbaratamento da quadrilha dos mensaleiros pelo STF. Vejam o primeiro filme e concluam comigo: Não é de morrer de rir?! Dizem que o PT está contentíssimo com o resultado doado a eles pelos novos ministros do STF, ao dizer que não houve crime de formação de quadrilha no mensalão. José Dirceu não poderá jamais ser chamado de “chefe de quadrilha”, como o chamava antes o STF antigo. E o Bat-Barbosa diz que tudo foi apenas o começo, e que dentro de 5 anos, o STF poderá dar o título de cidadão benemérito ao Fernandinho Beira-Mar, pois certamente, descobrirá com a mudança na sua composição, que ele fez o que fez para ajudar os pobres.

Como se não bastasse, dizem que o Delúbio ofereceu uma feijoada na prisão, e lá mesmo já começou a arrecadar fundos para a próxima campanha presidencial. Para evitar dizerem que ele está fazendo campanha antecipada como a presidenta vem fazendo, ele está dizendo que a arrecadação que seu site obteve é para pagar as multas da Ação Penal 470, que agora será lembrada como a que julgou uma quadrilha sem chefe, como convém àqueles que lutam para acabar as desigualdades sociais. Aliás, ontem tive vontade de rir, com a presidenta saudando a mulher brasileira e admitindo que falta muito para fazer neste país. Isto no último ano de seu governo é uma baita de uma sinceridade, embora não seja a verdade completa. Se ela dissesse tudo seria humor negro da melhor espécie.

Vejam a seguir o resumo do roteiro dos produtores do UOL da semana retrasada riam com a última viagem de moto do Roberto Jefferson, o culpado de todo riso provocado por esta história do mensalão, e a quem os brasileiros agradecem. Não só pelo riso. E, logo após vejam o vídeo, mas, não morram de rir ainda, continuem lendo o introito à semana que passou e deixem para morrer lá embaixo com o outro filme. Até já.

“Às vésperas do Carnaval, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, criticou a postura de colegas que absolveram oito condenados no processo do mensalão pelo crime de formação de quadrilha e fez uma profecia sobre futuras decisões do STF a respeito do caso. Enquanto isso, surgem denúncias de que mensaleiros estão contando com regalias nas prisões. O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, por exemplo, teria saboreado uma feijoada. E antes de ser preso, o delator do mensalão Roberto Jefferson resolveu dar uma volta de moto para aproveitar os últimos momentos de liberdade.”


O que?! Não morreram de rir e ainda brincaram o carnaval?! Então continuem rindo com o filme desta semana, que não poderia abordar outro assunto a não ser o Carnaval.

E imaginem o que aconteceu. O prefeito do Rio, Eduardo Paes foi flagrado jogando lixo na rua depois dele mesmo lançar um programa de “tolerância zero” aos “sujismundos” das ruas. É a parte mais hilária do vídeo, mas, pensando bem, o que tem de gente nos governos dizendo “faça o que eu digo mas não faça o que eu faço” é um absurdo.

Por exemplo, a presidenta Dilma, que não está no vídeo por ter passado o carnaval a nossa custa em instalações militares de 5 estrelas, recomenda que todos sejamos de classe média, que no Brasil começa em 301 reais e termina em mil poucos reais por mês, e vai jantar no mais caro restaurante de Lisboa. O caso do prefeito do Rio é apenas um pequeno caso de hipocrisia que pulula em nossa nação. Mas, tudo isto é motivo de riso.

Vejam, não no filme da UOL, mas por aquele que se passa em minha cabeça, a possibilidade do Delúbio, durante a feijoada que ofereceu na prisão (não sei nem se o governador de Brasília, que disse que poderia visitar quem quisesse na Papuda, estava por lá), começasse a arrancar risadas dos presentes, contando piadas de salão envolvendo quadrilhas, como aquela em que o Ali Babá chegou para seu grupo que eram de 40 ladrões e disse: “Acabo de ser absolvido da acusação de chefe de quadrilha pelo STF. O que eu queria com vocês era apenas fundar um partido político e vocês sabem que Caixa 2 é uma coisa frequente por aqui. Agora dispersem antes que mude a composição de nossa suprema corte, outra vez.” Óbvio que a semelhança com o nosso STF é mera coincidência, apesar da gargalhada geral por parte dos ladrões.

Por falar nisso, a briga entre PMDB e PT, isto é, mais uma discussão da relação pelas mesmas causas de sempre: ciúmes, traição, violência doméstica, e outros tipos de cenas que ocorrem tanto entre casais, com certeza terá um fim, para, como diz o ministro Barroso ao Bat-Barbosa no primeiro filme, “para mal dos pecados” dele. Vejam que o Vicentinho, que me parece hoje já é advogado, poderá ser o novo ministro do Supremo e quem sabe no lugar do Joaquim Barbosa, que, dizem, renunciará para se candidatar a alguma coisa nas próximas eleições. Talvez pelo mesmo motivo que, dizem, Lula nomeou o Joaquim: a cor da pele. Aí, não será só o mensalão que foi uma piada de salão em nosso país. E haja riso!

Vejam abaixo o resumo desta semana tão profícua em samba e sujeira nas ruas, e logo a seguir aproveitem, pelo menos, a trilha sonora, se não tiverem vontade de rir e dancem com os garis.

“Em pleno Carnaval, os garis do Rio de Janeiro decidiram botar o bloco na rua. A Cidade Maravilhosa teve seus dias de lixão de Gramacho. E contou com a colaboração do prefeito Eduardo Paes (PMDB), que chamou os grevistas de marginais, mas foi pego em flagrante jogando lixo na rua. Em Brasília, o casório entre PT e PMDB vive mais uma crise. Sabemos, porém, que logo logo ambos se acertam e o show continua. Afinal, é ano eleitoral!”

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