Por Zezinho de Caetés
Há quase um mês eu li um artigo do Luiz Felipe Pondé, um
filósofo paulista (“Socialismo e
barbárie” – 24/02/2014) na F. de São Paulo. Como sempre faço, copio, colo e
guardo, e quando vou reler fico tentado a fazer comentários sobre eles. Neste
caso, a tentação foi mais forte porque li dele, recentemente, um livro chamado:
“Guia politicamente incorreto da
filosofia”, do qual gostei muito. Aliás, atualmente, tudo que é
politicamente incorreto me atrai pela tendência do “progressismo esquerdista” ser quase hegemônico quanto ao politicamente
correto.
O Zé Carlos, administrador deste blog, diz que escreve os
seus testemunhos como o Vovô Zé, apenas para os seus netos. Eu como não tenho
netos, escrevo, talvez para os netos dos outros, embora, minha audiência vem
subindo talvez por ter me declarado de “direita”
com todos os condicionantes da palavra. Já que falei sobre o Zé Carlos,
aproveito para dizer que ele tem que definir qual ideologia do seu impagável Cachorro de Botas. Para mim, ele é um
esquerdista nato, porque como diz o Pondé ai embaixo, o socialismo, apanágio da
esquerda e da extrema direita (leia-se facismo, nazismo e associados), “é um “truque” de gente mau-caráter”. Para ser mais preciso eu diria que o
Cachorro de Botas, com seu mau-caratismo congênito, tem tudo para ser
socialista.
E hoje, parece que há realmente uma mudança, porque, pois
por onde ando vejo as pessoas com ideias de direita sem vergonha de expô-las.
Depois de tantos anos no governo o PT conseguiu até avacalhar as esquerdas no
Brasil como o Chávez o fez na Venezuela, que hoje, com a morte de dezenas de
pessoas, leva o Socialismo do Século XXI a mostrar a mesma face do carcomido
socialismo do século XX que causa a desgraça de tantos.
Mas, parece que estamos diante da história chegando sempre
atrasados ao progresso. Talvez, não tenha sido por acaso que fomos dos últimos
a nos tornarmos “independentes” e
abolir o trabalho escravo. Deve ser o nosso complexo de vira-lata às avessas
que nos leva ao atraso. Hoje, com a mentira de querer resolver os problemas de
saúde, abolimos o trabalho livre, mesmo assim atrasados, porque a Venezuela já
o fez há muito tempo. Vivemos sempre a reboque, como se diz. E o pior, é que
nos aliamos sempre aos piores, fugindo do mundo que deu certo, ou seja, onde o
capitalismo funciona, mesmo com alguns disfarces esquerdistas, como na China e
em alguns países europeus, como na França, que ainda reluta assumir sua
derrocada (embora o seu presidente atual já esteja, me desculpem, pedindo o
penico).
Mas, o que o texto abaixo nos trás de importante é o fato de
que atualmente as pessoas inteligentes deste país não se enganam mais com as
mentiras das esquerdas e que já não temos vergonha de ir contrário à corrente
política que aqui existe desde a redemocratização, que nos levou a crer que fora
da esquerda não há salvação, o que nos gerou o capitalismo de estado mais
perverso que existe, ou seja, aquele que não pode aparecer claramente porque
não tivemos a revolução tão falada por eles, que manteve durante muito tempo
uma casta no poder para fazer propaganda enganosa.
O que espero é que nas próximas eleições, a população
brasileira, cansada com o que aí estar, dê um sinal que ainda teremos esperança
de não nos tornarmos de vez um república bolivariana, como nossos “hermanos”. “Libertas quae será tamem”, mesmo que não venha de Minas Gerais,
mas, que venha sem o PT.
Fiquem com o filósofo Pondé, do qual discordo apenas da
desesperança e pessimismo dele para as próximas eleições. Eu ainda acho que a
popularidade da Dilma vai para o brejo, como foi a de José Serra em 2010.
Veremos.
“Se eu pregar que todos que discordam de mim devem morrer ou ficarem
trancados em casa com medo, eu sou um genocida que usa o nome da política como
desculpa para genocídio. No século 20, a maioria dos assassinos em massa fez
isso.
O Brasil, sim, precisa de política. Não se resolve o drama que estamos
vivendo com polícia apenas. Mas me desespera ver que estamos na pré-história
discutindo ideias do “século passado”. Tem gente que ainda relaciona “socialismo
e liberdade”, como se a experiência histórica não provasse o contrário. Parece
papo das assembleias da PUC do passado, manipuladoras e autoritárias, como
sempre.
O ditador socialista Maduro está espancando gente contra o socialismo
nas ruas da Venezuela. Ele pode? Alguns setores do pensamento político
brasileiro são mesmo atrasados, e querem que pensemos que a esquerda representa
a liberdade. Mentira.
A maioria de nós, pelo menos quem é responsável pelo seu sustento e da
sua família, não concorda com o socialismo autoritário que a “nova” esquerda
atual quer impor ao país. A esquerda é totalitária. Quer nos convencer que não,
mas mente. Basta ver como reage ao encontrar gente inteligente que não tem medo
dela.
Ninguém precisa da esquerda para fazer uma sociedade ser menos
terrível, basta que os políticos sejam menos corruptos (os da esquerda quase
todos foram e são), que técnicos competentes cuidem da gestão pública e que a
economia seja deixada em paz, porque nós somos a economia, cada vez que saímos
de casa para gerar nosso sustento.
Ela, a esquerda, constrói para si a imagem de “humanista”, de
superioridade moral, e de que quem discorda dela o faz porque é mau. Ela está
em pânico porque estava acostumada a dominar o debate público tido como “inteligente”
e agora está sendo obrigada a conviver com gente tão preparada quanto ela (ou
mais), que leu tanto quanto ela, que escreve tanto quanto ela, que conhece seus
cacoetes intelectuais, e sua história assassina e autoritária.
Professores pautados por esta mentira filosófica chamada socialismo
mentem para os alunos sobre história e perseguem colegas, fechando o mercado de
trabalho, se definindo como os arautos da justiça, do bem e do belo.
A esquerda nunca entendeu de gente real, mas facilmente ganha os mais
fragilizados com seu discurso mentiroso e sedutor, afirmando que, sim, a vida
pode ser garantida e que, sim, a sobrevivência virá facilmente se você crer em
seus ideólogos defensores da “violência criadora”.
Ela sempre foi especialista em tornar as pessoas dependentes,
ressentidas, iludidas e incapazes de cuidar da sua própria vida. Ela ama a preguiça,
a inveja e a censura.
Recomendo a leitura do best-seller mundial, recém publicado no Brasil
pela editora Agir, “O Livro Politicamente Incorreto da Esquerda e do
Socialismo”; escrito pelo professor Kevin D. Williamson, do King's College, de
Nova York. Esta pérola que desmente todas as “virtudes” que muita gente
atrasada ou mal-intencionada no Brasil está tentando nos fazer acreditar mostra
detalhes de como o socialismo impregnou sociedades como a americana, degradou o
meio ambiente, é militarista (Fidel, Chávez, Maduro), e não deu certo nem na
Suécia. O socialismo é um “truque” de gente mau-caráter.
As pessoas, sim, estão insatisfeitas com o modo como a vida pública no
Brasil tem sido maltratada. Mas isso não faz delas seguidores de intelectuais e
artistas chiques da zona oeste de São Paulo ou da zona sul do Rio de Janeiro.
A tragédia política no Brasil está inclusive no fato de que inexistem
opções partidárias que não sejam fisiológicas ou autoritárias do espectro socialista.
Nas próximas eleições teremos poucas esperanças contra a desilusão geral do
país.
E grande parte da intelligentsia que deveria dar essas opções está
cooptada pela falácia socialista, levando o país à beira de uma virada para a
pré-história política, fingindo que são vanguarda política. O socialismo é tão
pré-histórico quanto a escravatura.
Mas a esquerda não detém mais o monopólio do pensamento público no
Brasil. Não temos mais medo dela.”
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