Por Zé Carlos
Quando vi o filme do UOL desta semana não tive vontade rir.
Pensei, como dizia minha mãe: “comparando
má”, na paixão de Cristo. Parece até blasfêmia comparar um episódio bíblico
com aquele por que passa o PT nos últimos tempos. E a comparação realmente é
uma blasfêmia, mas, é justificada pelo que o partido e seus chefes vêm passando
nos últimos tempos.
Alguns dos seus figurões na cadeia, mesmo que o STF achasse
que eles não brincassem de quadrilha e nem de lavadeiras de dinheiro, outro, o
chefe, emparedado pelo que se vem descobrindo do seu período de governo, e sua
chefe postiça, a Dilma, sofrendo mais do que “suvaco de aleijado” (será que
isto ainda é politicamente correto ou não se usa mais muletas?). E não é por
culpa deles, e sim de São José que não faz chover neste Brasil sofredor, e que há
muito tempo atrás, era das mulheres sérias e dos homens trabalhadores (há
exceções), como dizia o baião, com outro linguajar.
Cheguei a esboçar um leve sorriso quando, no filme, a
presidenta pede a ajuda do Santo, enquanto isto os índios sacrificam o pica-pau
da cabeça vermelha, para que chova. A presidenta desta vez não quis apelar para
sua santa favorita, a Nossa Senhora de Maneira Geral. Isto fica para a
campanha. E eu digo com base nos fatos dos últimos dias: Ela vai precisar.
E vai precisar, porque não chove, a não ser trovoadas de denúncias
contra ela nos pontos em que ela ainda se achava forte, que era sua capacidade
administrativa. Eu, pessoalmente, nunca acreditei. Depois do ministério que ela
escolheu, mesmo no início do governo, eu pensei logo: não vai dar certo. E não
deu, corroborado por ela mesma. Mandou um monte de ministros para rua e ainda
ficou com um monte pior do que o primeiro. E todos louvaram a grande faxineira
da república. E agora, para fazer campanha e obter apoio no congresso, trouxe o
lixo que havia guardado debaixo do tapete de volta à sala de visita. E
continuou tudo na mesma sujeira.
Veio o PMDB, seu partido de estimação sem ser de raça, pois
o de estimação de raça pura é o PT, e começou a querer discutir a relação num
momento impróprio, quando todos estavam de olho no passado da presidenta como
administradora. E é aí que veio o golpe de misericórdia. E não foi só porque
seu filho, o PAC, está quase morrendo raquitismo.
Ela descobriu que havia sido enganada em 2006 por um diretor
da Petrobrás, quando assinou algo que levou a empresa a perder mais de um bilhão
de dólares. É tanto dinheiro, que se o pegássemos em notas de 1 real, no câmbio
do dia, e as colocássemos em fila, cobriria o Brasil que ficaria roxo de
vergonha. Ora, dirão os seus correligionários, muito mais o Brasil já perdeu
quando emprestou para Cuba, e ela assinou junto com o Lula, sem nenhum engano,
quando se sabe que Fidel não paga nem promessa ao Papa. E veio com o que chamam
a desculpa número 13 do PT: “Eu não sabia!”. Tal pai, tal filha. Tal criador,
tal criatura. Que turma inocente esta. Ninguém sabe de nada.
Neste ponto, eu estou com o líder do governo que declara, no
filme, que tudo deve ser apurado e quem tiver culpa que pague por ela. Não deu
para sustentar o riso quando lembro as declarações do partido em relação ao
mensalão. E, tenho certeza, este episódio ainda vai provocar muito riso, por algum
tempo. Vejam as declarações da Gleisi, a musa do senado, e o que diz o seu
discordante do PSDB. Será que ela também não sabia que a Petrobrás ia entrar
numa fria? Que a Dilma não sabia é tão verdadeiro como pensar que ela será
eleita em outubro com os votos dos acionistas da empresa. E haja riso.
Parei de rir com o esforço que o governo faz para
regulamentar a internet. Eu não sou um especialista no assunto, mas, se é um
projeto desse governo, já olho desconfiado. Eu acreditei na transposição do Rio
São Francisco, na auto-suficiência em petróleo, nas milhares de creches e no
trem bala. Só se São Francisco, em
pessoa, me mostrasse que as vaias que a Dilma vem recebendo em todo lugar que
vai, são injustas, eu poderia acreditar. Mas, sei que seria melhor ele dizer
que não sabia, e não perderia minha devoção.
Eu lembro, quando morei certa época no Rio de Janeiro que eu
saia de casa para o Maracanã para vaiar o Paulo César Caju. Eu tinha pena, pois
ele não jogava tão mal. Já Dilma, pelo que vem mostrando, daqui a pouco as
pessoas irão aos seus comícios para vaiá-la. Vai ser uma diversão. Tanto que,
já prevendo isto, o presidente da FIFA cancelou os discursos nas cerimônias da
Copa do Mundo.
Para incentivar que vocês vejam o filme abaixo eu tenho que
dizer que ri muito no final com o diálogo entre o Putin e o Obama quando o
primeiro se diz bonzinho e chama o segundo de “filha da puta”, no caso da Ucrânia. Ri, porque pensei que a Dilma
só ganhará a eleição se invadir Fernando de Noronha e anexá-la ao Rio Grande.
Será que somos “filhos do Putin” para
deixar que isto aconteça?
Vejam abaixo o resumo do roteiro do UOL e logo a seguir o
filme. Espero que riam, mas, se não o fizerem, não me culpem, eu também não
sabia.
“Enquanto o governador
de São Paulo, Geraldo Alckmin, pediu águas do rio Paraíba do Sul ao governo
federal, a presidente Dilma Roussef resolveu apelar aos céus e aproveitou o dia
São José para pedir chuva para os Estados que sofrem com a estiagem. Mas a
semana foi de trovoadas para a presidente que admitiu erro na compra de uma
refinaria nos Estados Unidos em 2006 -- negociação que rendeu prejuízo de US$ 1
bilhão à Petrobras -- e viu a votação do marco civil da internet ser mais uma
vez adiada por conta do mau tempo com o PMDB. Mesmo assim, a presidente viu um
arco-íris no fim do túnel com a divulgação da pesquisa de intenção de voto
feita pelo Ibope, que indica a vitória de Dilma em primeiro turno com 43% dos
votos.”
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