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sexta-feira, 3 de agosto de 2018

O Blog (AGD) alcança 700.000 acessos



Roberto Lira visitando a redação da AGD (A Gazeta Digital)


Por Zé Carlos

Por estes dias chegamos a 700.000 acessos em nosso Blog, AGD para os íntimos. Há quase exatamente 8 anos, no dia 29/11/2010, publicávamos nossa primeira postagem:

“Amor é fogo que arde sem se ver

Por Luís de Camões

Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?”

Não sabemos, ou não lembramos, por que começamos com este soneto do Camões. Se pelo amor ou pelo fogo, que segundo ele, não vemos nenhum dos dois quando ardem. Hoje, se fosse escolher um motivo para continuar até aqui diríamos que foi a vontade do PT em querer ser preso, o que pareceu durante tanto tempo um ato de amor do Lula.

Neste espaço de tempo tivemos vários colaboradores que têm de serem citados para fazer justiça (a ordem é aleatória e não de importância): Zezinho de Caetés, Carlos Sena, José Fernandes, Eliúde Villela, Jameson Pinheiro, Lucinha Peixoto, Zetinho, e tantos outros que porventura tenhamos esquecido.

De quem lembrei hoje foi do Roberto Lira, que travou um intenso combate no Blog da CIT (do qual fizemos parte), com o ateu Cleómenes Oliveira, e que não sei mais por onde anda. Espero que tenha encontrado Deus. Foi o Roberto que epitetou o Blog de AGD.

Nesta comemoração dos 700 mil acessos, ao percorrer o passado da AGD, encontrei uma postagem que aqui reproduzo (17/12/2010) e que além de lembrar o amigo, em parte, mostra o espírito que guiou este Blog durante este tempo. A montagem fotográfica que usamos naquela época reproduzimos lá em cima (a montagem é do Jameson Pinheiro), dizendo que hoje, nossa redação já é um pouco maior do que a da foto, e até agora continua no mesmo lugar, com previsão de mudar para Caruaru em breve, onde meus netos trabalharão, juntos com o Vovô Zé.

Obrigado pelos 700.000 acessos.

“50 anos em 3 horas, não dá...

Por Zé Carlos

Começo um texto meu, publicado abaixo, dizendo que nem sempre é possível escrever sobre coisas boas. Hoje, poderia começar dizendo que sempre podemos escrever sobre coisas boas. Isto se deve ao auspicioso momento, que durou umas 3 horas, da visita do conterrâneo Roberto Lira.

Ele foi, sem dúvida, um dos maiores incentivadores do projeto deste jornal eletrônico, blogjornal, jornal virtual, ou como o que quisermos chamar, a ideia, com a qual concordei e estou atuando, para melhorar a comunicação entre os bom-conselhenses. Eram mais de 50 anos sem nos encontrarmos pessoalmente. Sim, senhores e senhoras. Meio século. Sempre soubemos ainda da existência um do outro, pois nem A GAZETA, do Luis Clério, nem o SBC de Saulo haviam comunicado nosso falecimento. Graças a Deus.

Ele veio chegando de Uberlândia e pedi a ele, para que, a partir deste ano colocasse minha humilde residência no seu roteiro turístico. Para convencê-lo, tive que argumentar que o levaria, caso viesse, a um passeio pelas redação da AGD, que está provisoriamente funcionando aqui em casa. E ele veio. Foi uma festa. Enquanto caminhávamos pelo imenso galpão que abriga nossa redação, onde os computadores já rodavam a edição de ontem, tentamos tirar o atraso, procurando fazer melhor do que o presidente Juscelino que propôs fazer 50 anos em 5 anos. Nós tentamos fazer 50 anos em 3 horas. É óbvio que não deu!

Tínhamos tantos assuntos, que foi preciso fazer uma pauta para tratá-los, pois cada um queria falar ao mesmo tempo. Conseguimos elencar nesta pauta algo em torno de 17.510 itens. Ontem conversamos sobre 10. Ainda faltam milhares para zerar a conversa. O problema é que, durante a conversa, ao falarmos das ex-namoradas, amigos comuns, filhos e netos, vimos que teríamos de ampliar a pauta. Previmos então, o Roberto agradecendo ao Grande Criador do Universo, e eu agradecendo a Deus, como de hábito, que nos próximos 50 anos, zeraremos a pauta. Isto é, se não chegarmos aos bisnetos. Pelo jeito, o Roberto vai chegar logo.

Eu não cultivo mais os prazeres do álcool, como já o fiz em priscas eras, e parece que o Roberto também já não é mais aquele consumidor do líquido dos prazeres hoje e das dores amanhã. Mas, é este tipo de encontro, que qualquer tipo de droga, inclusive o álcool, ao invés de melhorar, estraga. Foi uma coisa boa de viver. Uma prova que o passado faz tanto parte da vida, que se não cuidarmos em ser felizes no presente, o futuro estará comprometido.

A conversa foi tão boa que só me lembrei de oferecer algum líquido ao Roberto, quando eu já estava morrendo de sede. Como já estávamos de volta ao espaço da minha casa, ofereci o único líquido que havia: água. Entretanto, não se preocupem que estamos arranjando uma mansão aqui perto em Casa Forte, para instalar mais condignamente a redação de nossa A GAZETA DIGITAL. Lá, sim, haverá todos os tipos de líquido e a Lucinha Peixoto, já vibrando com a visita do Roberto, pelo MSN me disse, que na inauguração levará o Governador e frisou: “Ai, do D. Eduardo se não for!” Disse ainda que fará tudo que tiver ao seu alcance para estar em Bom Conselho, para ver o Quarteto Papacaceiro, que já era bom sem trombone, agora com ele, será o máximo. Por enquanto, quem quiser visitar as instalações da AGD, será bem-vindo, mas, só posso oferecer água.

Obrigado Roberto, por sua visita, e para não fugir do lugar comum, eu diria que foi um prazer inenarrável estar com você, conversar com você, falar mal e bem da vida alheia com você. Aproveitando, digo ao Luis Clério que, falar da vida alheia sempre foi um hábito cultural de nossa terra, mais até do que o anonimato. Que cafezinho bom aquele...”

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