Roberto Lira visitando a redação da AGD (A Gazeta Digital) |
Por Zé Carlos
Por estes dias
chegamos a 700.000 acessos em nosso Blog, AGD para os íntimos. Há quase
exatamente 8 anos, no dia 29/11/2010, publicávamos nossa primeira postagem:
“Amor
é fogo que arde sem se ver
Por
Luís de Camões
Amor
é fogo que arde sem se ver;
É
ferida que dói e não se sente;
É um
contentamento descontente;
É dor
que desatina sem doer;
É um
não querer mais que bem querer;
É
solitário andar por entre a gente;
É
nunca contentar-se de contente;
É
cuidar que se ganha em se perder;
É
querer estar preso por vontade;
É
servir a quem vence, o vencedor;
É ter
com quem nos mata lealdade.
Mas
como causar pode seu favor
Nos
corações humanos amizade,
Se
tão contrário a si é o mesmo Amor?”
Não sabemos, ou
não lembramos, por que começamos com este soneto do Camões. Se pelo amor ou
pelo fogo, que segundo ele, não vemos nenhum dos dois quando ardem. Hoje, se
fosse escolher um motivo para continuar até aqui diríamos que foi a vontade do
PT em querer ser preso, o que pareceu durante tanto tempo um ato de amor do
Lula.
Neste espaço de
tempo tivemos vários colaboradores que têm de serem citados para fazer justiça
(a ordem é aleatória e não de importância): Zezinho de Caetés, Carlos Sena,
José Fernandes, Eliúde Villela, Jameson Pinheiro, Lucinha Peixoto, Zetinho, e
tantos outros que porventura tenhamos esquecido.
De quem lembrei
hoje foi do Roberto Lira, que travou um intenso combate no Blog da CIT (do qual
fizemos parte), com o ateu Cleómenes Oliveira, e que não sei mais por onde
anda. Espero que tenha encontrado Deus. Foi o Roberto que epitetou o Blog de
AGD.
Nesta
comemoração dos 700 mil acessos, ao percorrer o passado da AGD, encontrei uma
postagem que aqui reproduzo (17/12/2010) e que além de lembrar o amigo, em
parte, mostra o espírito que guiou este Blog durante este tempo. A montagem
fotográfica que usamos naquela época reproduzimos lá em cima (a montagem é do
Jameson Pinheiro), dizendo que hoje, nossa redação já é um pouco maior do que a
da foto, e até agora continua no mesmo lugar, com previsão de mudar para
Caruaru em breve, onde meus netos trabalharão, juntos com o Vovô Zé.
Obrigado pelos
700.000 acessos.
“50
anos em 3 horas, não dá...
Por
Zé Carlos
Começo
um texto meu, publicado abaixo, dizendo que nem sempre é possível escrever
sobre coisas boas. Hoje, poderia começar dizendo que sempre podemos escrever
sobre coisas boas. Isto se deve ao auspicioso momento, que durou umas 3 horas,
da visita do conterrâneo Roberto Lira.
Ele
foi, sem dúvida, um dos maiores incentivadores do projeto deste jornal
eletrônico, blogjornal, jornal virtual, ou como o que quisermos chamar, a
ideia, com a qual concordei e estou atuando, para melhorar a comunicação entre
os bom-conselhenses. Eram mais de 50 anos sem nos encontrarmos pessoalmente.
Sim, senhores e senhoras. Meio século. Sempre soubemos ainda da existência um
do outro, pois nem A GAZETA, do Luis Clério, nem o SBC de Saulo haviam
comunicado nosso falecimento. Graças a Deus.
Ele
veio chegando de Uberlândia e pedi a ele, para que, a partir deste ano
colocasse minha humilde residência no seu roteiro turístico. Para convencê-lo,
tive que argumentar que o levaria, caso viesse, a um passeio pelas redação da
AGD, que está provisoriamente funcionando aqui em casa. E ele veio. Foi uma festa.
Enquanto caminhávamos pelo imenso galpão que abriga nossa redação, onde os
computadores já rodavam a edição de ontem, tentamos tirar o atraso, procurando
fazer melhor do que o presidente Juscelino que propôs fazer 50 anos em 5 anos.
Nós tentamos fazer 50 anos em 3 horas. É óbvio que não deu!
Tínhamos
tantos assuntos, que foi preciso fazer uma pauta para tratá-los, pois cada um
queria falar ao mesmo tempo. Conseguimos elencar nesta pauta algo em torno de
17.510 itens. Ontem conversamos sobre 10. Ainda faltam milhares para zerar a
conversa. O problema é que, durante a conversa, ao falarmos das ex-namoradas,
amigos comuns, filhos e netos, vimos que teríamos de ampliar a pauta. Previmos
então, o Roberto agradecendo ao Grande Criador do Universo, e eu agradecendo a
Deus, como de hábito, que nos próximos 50 anos, zeraremos a pauta. Isto é, se
não chegarmos aos bisnetos. Pelo jeito, o Roberto vai chegar logo.
Eu
não cultivo mais os prazeres do álcool, como já o fiz em priscas eras, e parece
que o Roberto também já não é mais aquele consumidor do líquido dos prazeres
hoje e das dores amanhã. Mas, é este tipo de encontro, que qualquer tipo de
droga, inclusive o álcool, ao invés de melhorar, estraga. Foi uma coisa boa de
viver. Uma prova que o passado faz tanto parte da vida, que se não cuidarmos em
ser felizes no presente, o futuro estará comprometido.
A
conversa foi tão boa que só me lembrei de oferecer algum líquido ao Roberto,
quando eu já estava morrendo de sede. Como já estávamos de volta ao espaço da
minha casa, ofereci o único líquido que havia: água. Entretanto, não se
preocupem que estamos arranjando uma mansão aqui perto em Casa Forte, para
instalar mais condignamente a redação de nossa A GAZETA DIGITAL. Lá, sim,
haverá todos os tipos de líquido e a Lucinha Peixoto, já vibrando com a visita
do Roberto, pelo MSN me disse, que na inauguração levará o Governador e frisou:
“Ai, do D. Eduardo se não for!” Disse ainda que fará tudo que tiver ao seu
alcance para estar em Bom Conselho, para ver o Quarteto Papacaceiro, que já era
bom sem trombone, agora com ele, será o máximo. Por enquanto, quem quiser
visitar as instalações da AGD, será bem-vindo, mas, só posso oferecer água.
Obrigado
Roberto, por sua visita, e para não fugir do lugar comum, eu diria que foi um
prazer inenarrável estar com você, conversar com você, falar mal e bem da vida
alheia com você. Aproveitando, digo ao Luis Clério que, falar da vida alheia
sempre foi um hábito cultural de nossa terra, mais até do que o anonimato. Que
cafezinho bom aquele...”
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