Por Zezinho de Caetés
Desde esperar a Lista do Janot,
que é aquela lista prometida pelo procurador geral da República de políticos envolvidos
nas delações da Odebrecht até as acareações entre os delatores, eu fico hoje
com o Gilmar Mendes, para não entrar no clima de expectativa de curto prazo.
Pois não é que ele jogou água no
chopp do PT e dos “foratemistas”,
dizendo que se a chapa Dilma/Temer for cassada, a Dilma se explode por completo
como deveria já ter feito, se não fosse o Lewandowski com aquela sua mania de
pagar favor a Dona Marisa, que Deus a tenha, mas, o Temer poderá se candidatar
outra vez?!
Foi muita crueldade a do Gilmar.
O que é que os movimentos sociais vão gritar agora nas passeatas? Fora Gilmar?
Ou vão apoiar outro nome na eleição direta no Senado para eleger o presidente
tampão? É realmente, o Brasil não está para iniciantes em política, e,
portanto, não esperem aqui um presidente governando pelo “twitter”, como o
Donald Trump.
Aqui para presidir tem que
aplicar corretamente as mesóclises. E, confesso, que até agora, o Temer as usou
certo. O problema é que os políticos, e o povo em sua maioria não as entende. O
povo quer mesmo é aquela sensação que o Lula lhe dava de estar nadando de
braçada num mar de prosperidade, sem olhar o tubarão que o espreitava para
comer suas pernas e tomar o seu emprego, como aconteceu.
Eu me arrisco em dizer que se o
Temer conseguir fazer as reformas necessárias, cumprindo sua promessa de
preferir ser um “presidente impopular do
que populista”, poderá dar um novo começo ao Brasil. Vai ser fácil? Não!
Mas, é possível.
E dentro do meu perpétuo
otimismo, penso que o Temer terminará seu mandato (claro se não continuar
pisando na bola do Michelzinho como o fez no Dia Internacional da Mulheres), e,
o que o Gilmar Mendes disse, sobre a cassação da chapa em que ele foi eleito
for verdade, fico mais esperançoso ainda.
E para ver o que o Gilmar disse,
eu escolhi um texto do Josias de Souza, de ontem, no seu Blog, e o transcrevo
abaixo. Quem gostar de detalhes que o leia com mais atenção. Quem não tiver
tempo, como hoje estou sem, basta ler o título: “Gilmar Mendes: Temer pode retornar à Presidência se for cassado pelo
TSE”
Fiquem então com o Josias, e um
bom fim de semana.
“Presidente do Tribunal Superior
Eleitoral, o ministro Gilmar Mendes sustenta que Michel Temer pode retornar à
Presidência da República na hipótese de perder o mandato no julgamento sobre a
cassação da chapa vitoriosa na disputa presidencial de 2014. Segundo Gilmar,
Temer pode manter seus direitos políticos intactos. Assim, poderia
candidatar-se ao Planalto numa eleição indireta feita pelo Congresso Nacional,
onde dispõe de ampla maioria.
Gilmar Mendes, hoje um dos
principais conselheiros de Temer, falou sobre o tema à agência Reuters. Na sua
avaliação a comprovação do uso de caixa, potencializada pelos depoimentos de
delatores da Odebrecht à Justiça Eleitoral, afeta a chapa Dilma Rousseff—Michel
Temer como um todo.
“Evidente que o vice participa da
campanha”, disse o ministro. “Mas quem sustenta a chapa é o [candidato a]
presidente, o cabeça de chapa.” Por esse raciocínio, a caracterização do abuso
do poder econômico levaria à cassação dos dois integrantes da chapa. Mas apenas
Dilma, deposta pelo Senado há seis meses, ficaria inelegível. Seria dela, não
do seu vice, a responsabilidade pelo ingresso de verbas de má origem na caixa
registradora do comitê. Prevalecendo esse entendimento, Temer não seria
alcançado pela inelegibilidade.
Gilmar Mendes, que também é
ministro do Supremo Tribunal Federal, disse que não há dúvida quanto à forma de
preenchimento do cargo de presidente em caso de cassação da chapa. A Constituição
prevê que, durante a segunda metade do mandato, a eleição tem de ser indireta e
conduzida pelo Congresso Nacional.
A defesa de Temer vinha
sustentando a tese segundo a qual a contabilidade da campanha do vice deveria
ser apartada das contas da cabeça de chapa. Relator do processo, o ministro
Herman Benjamin torce o nariz para a tese. Que tornou-se dura de roer depois
que os delatores da Odebrecht deixaram claro que a construtura repassou milhões
por baixo da mesa ao comitê encabeçado por Dilma.
O Planalto passou a opera rem
favor da protelação do julgamento. Gilmar Mendes não exclui a hipótese de o
processo se estender até o ano eleitoral de 2018. Ele acredita que o relatório
de Herman Benjamin “dificilmente” ficará pronto “antes do final do semestre”.
Por quê? “Como ele abriu, pode ter pedidos de novos depoimentos por parte das
partes, e provas e perícias. Há possibilidade de delay (atraso)”.
Gilmar afirma, de resto, que os
ministros do TSE podem pedir vista do processo, o que contribuiria para retardar
o julgamento. “Não é de se excluir que (o processo) dure até o ano que vem”,
disse.”
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