Por Zezinho de Caetés
Eu fui me manifestar no último
domingo. Alguns foram, mas, muito não foram. A participação foi pequena e a
primeira coisa que me vem à mente é
pensar o porquê. Não há uma explicação só. Há tantas quantas foram as
reinvindicações que vi nos cartazes.
Havia para todos os gostos,
inclusive o apoio à Lava Jato que deveria ter sido o mote principal da
manifestação. Mas, quando vi alguém com um cartaz dizendo: “Abaixo a Reforma da Previdência!”, eu vi
porque muita gente ficou em casa.
Hoje no Brasil, só quem grita “Fora Temer!” é o pessoal que foi
defenestrado junto com a Dilma, e que ainda sonha, pasmem, em sua volta. Dizem
até que ela será candidata a deputada federal. Eu já antecipo meu prognóstico:
Não se elege nem para deputada estadual, e, se repetir a candidatura em 2020,
não se será nem vereadora por Porto Alegre, que hoje é um “porto triste” devido administrações petistas.
Mas, mesmo poupando Temer, pela
quase certeza de que ele está fazendo, até aqui, as coisas certas, muitos
desconfiam da proposta de Reforma da Previdência. E, nesta dúvida de deixar o
Temer mas terem que engolir o que ele deve fazer, o melhor é ficar em casa, e
foi o que se deu no domingo.
Eu volto ao exemplo, tão comum em
economia, do “almoço grátis”. Isto só
existia no Paraíso, porque lá não existia escassez. Adão dizia para Eva: Me dá
aí uma maçã! E ela não ia nem ao supermercado fazer pesquisa de preço como a
Marcela. Não precisava, era tudo de graça.
Entretanto, num belo dia, a
serpente, sempre ela (dizem que era petista, mas, eu não sei se já havia
partidos políticos por lá), e ofereceu a Eva uma maçã que era proibida pela
ANVISA, e ela, não titubeou e comeu, além de distribuir pelo Paraíso. Não deu
outra, pois lá a lei tinha que ser cumprida.
Apareceram uns anjos (dizem que
era da Polícia Federal, mas, não tenho certeza) e disseram, que a Eva seria
expulsa do Paraíso e também Adão, pois não aconselhou bem Eva, e que eles teria
ganhar o pão com o suor dos seus rostos. Aí foi criada a Economia. A velha
ciência da escassez, e a maçã, digo, o almoço nunca mais foi grátis.
Passaram-se muitos anos e o Lula,
resolveu enfrentar o Decreto Divinal, ou da ANVISA da época, e proclamou: “O almoço será grátis para os pobres!”.
Foi um verdadeiro rebuliço, mas, se é cada homem um voto, e há mais pobres do
que ricos, não deu outra, o ele foi eleito o primeiro pobre a ser presidente da
República.
O que depois se descobriu, para
encurtar a estória, é que a fala do Lula estava longe de ter poder de anular o
Decreto Divinal, e, depois se soube que assim que ele chegou a presidente se
tornou rico, e só falava nos pobres para se manter rico, mas, isto é outra
estória. E então, quando os pobres já estavam se habituando a ter almoço sem
trabalhar, através de bolsas mil, chegou a conta.
E, a partir daí, não houve jeito.
Hoje, os pobres ainda estão um pouco iludidos que o Lula ainda voltará para
contestar o Decreto Divinal, mas, diante do desemprego, e da falência da
maioria dos programas de bolsas, já não se importam muito que o Temer fique,
desde que, ele continue os enganando de que o almoço voltará a ser grátis.
O problema é que, o Temer, já não
está podendo mais esconder que, o Decreto Divinal, por mais que se tente não
pode ser revogado. E a estória continuará até a próxima grande manifestação,
onde irão mais de 120 milhões de pessoas, que será no dia 3 de outubro de 2018,
onde se decidirá nas urnas entre o Lula e outro que acredita no Decreto
Divinal.
Eu já digo que votarei no outro,
pois conheço meu conterrâneo e que ele
também acredita, e o que realmente quer é continuar, eles e os seus, comendo o
almoço, que sabe não ser grátis, mas, que ele não moveu uma palha para obtê-lo.
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