Por Zé Carlos
Mais uma semana, e pode-se dizer que a
movimentação política segue uma trajetória de alta, junto com o humor que isto
proporciona. E eu começo, no plano internacional, para tentar manter meus 15
leitores vivos até o final da coluna.
Li que foi descoberto, lá na Inglaterra
o plano para uma operação chamada “Operação Ponte de Londres”. Não,
amigos lá não tem Lava Jato, então esperem um pouco que falarei logo desta
operação genuinamente brasileira. A referida operação inglesa refere-se a um
planejamento para as ações no dia da morte da Rainha da Inglaterra, Elizabeth
II, que há 65 anos reina por lá. Ela está com 91 anos, e, como se diz por aqui,
vendendo saúde. Cito da fonte:
“O planejamento prevê a posse do
príncipe Charles, próximo na linha sucessória real, já no dia seguinte, às 11h.
A resposta do país à morte de Elizabeth II prevê que Christopher Geidt,
secretário particular da rainha, dê a notícia ao chefe de governo — no momento,
a primeira-ministra Theresa May. Caso a monarca venha a falecer de madrugada, a
chefe de Estado será acordado para receber o comunicado. Os funcionários do
reino serão avisados por uma linha interna, que repassará a mensagem "A
Ponte de Londres caiu".”
Vejam bem como os ingleses planejam as
coisas. E o humor vem de pensar comparativamente com o Brasil. Tenho certeza
que aqui não temos uma “Operação Ponte do Lago Paranoá”. Faz muito tempo
que o planejamento se foi do nosso setor público. Bem, dirão os otimistas que o
Temer só tem 75 anos, e também está vendendo saúde, mas, quem sabe o Zé Serra
seja o próximo presidente?! Temos, para sermos previdentes de criar nossa
senha: “O Lago Paranoá secou”. Mudo de assunto porque o humor inglês é muito
negro.
Todavia, não posso deixar ainda os
fatos internacionais. Imaginem senhores que o Trump, sim, aquele que governa
pelo “twitter” e usa uma peruca que nunca lava, recebeu a Primeira
Ministra da Alemanha, a Ângela Merkel, e recusou um aperto de mão. Isto não é
motivo de riso, e sim de raiva. O motivo de riso é que a governante alemã foi
tão educada que não meteu a mão na cara dele. Os Estados Unidos estão tão mal
servidos de presidentes quanto o Brasil de Ministros da Justiça.
E já aproveito a deixa para entrar pelo
Brasil, já falando que aqui até a “carne é fraca”. Sempre estamos à
mercê de cedermos às grandes tentações e pensar que a Dilma, nossa musa do
humor, plantou uma cabeça de burro em algum lugar que faz o Brasil ser sempre
um palco para grandes humoristas.
Vejam, meus senhores e senhoras, que
nesta semana que passou, quando todos comemoravam o terceiro a aniversário da
Operação Lava Jato, a Polícia Federal deflagrou outra operação chamada, pasmem:
“Operação Carne Fraca”. O caso é de morrer de rir, porque o principal
envolvido, até agora é o Tony Ramos, sim, aquele ator da Globo que se notabilizou
por ser um comedor de carne proveniente da empresa de carnes Friboi. Pois não é
que foi descoberto que algumas das maiores empresas de carnes do país estavam
vendendo o produto sem seguir os padrões sanitários normais. Ou seja, estava
vendendo carne com prazo de validade vencido e até carnes podres. Mas, caro
colunista, dirão os céticos, isto é uma coisa para dar nojo e não para rir
dele. Então, eu responderia, com minha experiência no riso que no Brasil, nem a
morte escapa do riso, quanto mais a carne de boi.
Vejo que se descobriu que o atual
ministro da justiça “era assim” com um chefe da carne podre. E que,
pasmem, o ex-ministro, que hoje vai para o STF, adorava um churrasco mal
passado. Além disto, tudo isto ocorreu nas barbas do Ministro da Agricultura.
Qual o motivo do riso? É que isto é feito deste a administração da Kátia Abreu,
que, pelo que me consta não tem barbas. A pergunta que é feita agora é se nos
almoços e jantares que o Temer está fazendo para conseguir aprovar a Reforma da
Previdência, se eles vão servir churrasco, daqueles que até o Roberto Carlos
desistiu de ser vegetariano para comê-lo. E, vocês sabem, que pouco tempo atrás
se duvidava se o grande cantor havia mesmo comido a carne ou se só havia comido
o cachê da Friboi. O Tony Ramos diz que ele comeu. E você acredita nisto?
Agora, vamos em frente, louvando o que
bem merece, deixando a carne podre de lado. Próximo assunto é mais hilariante
do que carne podre. Houve, no último dia 15, uma greve geral contra a Reforma
da Previdência e contra a Reforma Trabalhista. Primeiro motivo de riso é que a
greve foi tão geral quanto as chuvas lá em Bom Conselho, atualmente. Ou seja, a
enxurrada desce, leva as frutas da feira e depois se descobre que só choveu na
Praça Pedro II. E ainda mais, o riso abunda quando os adeptos da greve só falam
em milhões em milhões, olhando para espigas de milho verde. No entanto, na
apoteose do evento, lá na Avenida Paulista, o Lula, nosso humorista contratado,
com carteira assinada e tudo, lançou sua candidatura a presidente da república,
e terminou suas palavras dizendo: “Até a vitória, companheiros!”. O
hilário, não é ele está em campanha e sim ele pensar que vence. Uma coisa é
natural e a outra é deslumbramento. E o pessoal presente, todos vestidos de
vermelho e palhaços das perdidas ilusões, bolavam no chão de tanto rir. Por
que? Perguntarão os meus céticos leitores. Por que se o Lula algum dia for
eleito presidente, e esta coluna tiver que contar isto aqui, o Brasil vai ser a
terra do humor eterno. Se não já for!
Já que toquei no nome dele, o Lula, ele
deu um showmício em plena audiência na justiça, onde se procurava saber se ele
havia “molhado” a mão do Cerveró, sim, aquele mesmo que ninguém nunca
soube para onde ele estava olhando, porque ele tinha sempre um olho no botim da
Petrobrás e outro no gato. E pasmem, meus irmãos e irmãs, Lula disse para o
magistrado que nunca tinha falado com o Cerveró, e além disso, conhecia o
Delcídio, assim, assim. Foi uma risadaria geral no recinto, ao ponto do juiz
ameaçar evacuar. Ora, meus senhores, isto já era esperado. Se o Lula faz
showmício até em velório, por que não faria num tribunal. O que se espera agora
é um novo showmício do gênero no dia 03 de maio, quando o Moro será seu
anfitrião. Estou com vontade de ir a Curitiba para cobrir o evento
pessoalmente, mesmo correndo o risco de morrer de rir. E uma piada espetacular
que agora não contarei porque zelo pela saúde de meus leitores, foi quando ele
tentou lembrar quanto ganhava. Penso que até o juiz caiu na gargalhada e fez o
sucesso do show.
E, continuando com o Lula, ontem, em
Monteiro ele foi chamado para inaugurar a transposição do Rio São Francisco,
pois a primeira inauguração, segundo seus seguidores, não valeu, porque o Temer
é golpista. Para não dizer que houve uma bi-inauguração, o evento foi chamado
de “Inauguração Popular do São Francisco”. Dizem que foi um show de humor digno
do Lula. Além da presença da Dilma, nossa musa, que falou ou tentou falar,
pasmem, em português mostrando que já estamos no vigésimo primeiro “golpe”,
somente de pois que ela caiu do cavalo, digo, do poder. E o Lula, dizem, depois
de mergulho nas águas, agradeceu ao governador da Paraíba pela doação de
gêneros alimentícios, como mortadela da Friboi, e pelo transporte das pessoas
de camisa vermelha, que único compromisso era aplaudir o ungido pelas águas, a
cada palavra. E, vendo a multidão (para ser justo qualquer contagem séria não
daria 2018 pessoas) subiu o palanque e disse:
"Eu sou um homem que não tem
ressentimento. Quando a gente chega aos 70 anos não temos como mais guardar
ódio. Eu quero dizer para todo mundo que eu aprendi a andar de cabeça em pé
neste país. Eu nem sei se estarei vivo para ser candidato em 2018, e sei que
eles querem que eu não seja candidato. Eles peçam a Deus para eu não ser candidato,
porque se eu for é para ganhar e trazer de volta à alegria deste país."
Ou seja, o Rio São Francisco matou a
jararaca e trouxe de volta o Lulinha paz e amor. Quem acreditar que compre,
mas, antes seria bom ver se as palavras não vem com papelão junto, e cheia de ácido sórbico,
pois como sabemos do noticiário da carne estragada, quando ela envelhece muda
de cor.
Enfim, não poderia terminar a coluna de
hoje, sem fazer jus à nossa musa, a Dilma, que segundo dizem, já que ninguém
estava entendendo mais seu português, ele foi falar francês lá para as bandas
da Suíça. Fico pensando o que não se faz para dizer que não se é monoglota como
Lula. Dilma fala, inglês, espanhol, francês, e até Dilmês. O problema de
ninguém entender nada o que ela fala é o de menos. Ninguém está muito
interessado mesmo. O importante é rir. E isto, em qualquer língua, ela arrasa.
E como vimos ela passa da Europa para o sertão da Paraíba com a maior desenvoltura,
falando de “golpes” e mais golpes. Espero que ela canse de cuidar do neto lá em
Porto Alegre e volte logo para nos proporcionar o riso de sempre.
E, como não poderia deixar de ser, o
apogeu do humor, na semana, veio com vazamentos judiciais. Nossa justiça vaza
mais do que as barragens da transposição do rio São Francisco. E o pior é que
vai vazando aos poucos. Já vazaram os nomes de Lula, Dilma, Aécio, Serra,
Eliseu Padilha, Rodrigo Maia, Eunício de Oliveira, Collor, além do Renan
Calheiros, que já é esperado em qualquer lista que se faça neste país, de
qualquer que seja o crime político praticado. E continua vazando, a conta
gotas. Novidade? Nenhuma. O único fato importante é o que mais nos dar vontade
de rir. Ora, basta olhar a lista e verificar o cacife dos caras que nela estão.
É o supremo poder da República. E o pior é que quem não tem foro privilegiado e
não é julgado pelo STF, vai ter que ir para Curitiba encarar o sisudo Moro. E
dentre estes há os que não tem curso superior. Por exemplo o Lula está com um
medo danado de, além de descer para Moro, se encontrar com o Fernandinho
Beira-Mar, ou com o Marcola em alguns destes presídios, que ele mesmo
construiu. O Aécio, já está sem medo nenhum porque, dizem, que ele construiu
vários presídios em Belo Horizonte, e tem até lugar reservado para candidatos a
presidente. Até Dilma pode alegar que é mineira para querer ir para lá. Tomara!
Vamos ter material a vontade para esta coluna.
E aqui termino, mas humor continua, na
próxima semana, se ainda houver alguns dos meus leitores vivos.
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