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segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

A semana - Tragédias, tragédias e tragédias....




Por Zé Carlos

A semana que passou foi uma semana de tragédias. Como então escrever uma coluna do humor em meio delas? É realmente quase impossível. Entretanto, o humor, como a vida, cria seus próprios caminhos. A tragédia maior, a que vitimou todos os membros de uma equipe de futebol brasileiro, nos deixou realmente tristes e desejando que a companhia aérea que os conduzia à Colômbia, naquele dia, tivesse feito uma viagem a Cuba para o translado dos cinzas de Fidel. Se estivesse sem combustível, como foi o caso na tragédia do Chapecoense, não haveria problemas, eram apenas cinzas mesmo. Mas, deixemos o triste episódio de lado e tratemos de tragédias mais amenas.

A outra maior tragédia foi política, e, como tal, de um potencial hilariante fundamental. O nosso Congresso criou um novo tipo de humor, porque de tão baixo nível, que os shows só podem acontecer de madrugada, ou, como diz o sisudo Sérgio Moro, nas caladas da noite, ou “emendas da meia noite”. Isto porque é de um humor intimista do qual somente os envolvidos riem. Imaginem vocês que nossos parlamentares se reuniram para votar medidas contra a corrupção. E sabem o que aconteceu? Eles conseguiram votar uma medido pró corrupção, no maior espetáculo de reviravolta num parlamento, em todo mundo. Quando o dia raiou tivemos a notícia de que juizes, procuradores, promotores poderia ser considerados corruptos se tomassem qualquer medida conta a corrupção. Não é de morrer de rir? Ou seja, é o Brasil, que já era de ponta como pais da piada pronta, se colocasse como a nova sensação hilariante do planeta, ao ponto de fazer inveja a Cantinflas, sim, aquele cômico que me fazia urinar nas calças de tanto rir lá no Cine Rex, em Bom  Conselho.

Outra, que não poderemos dizer que é verdadeiramente uma tragédia porque poderia ser evitada foi a presença de nossos colaboradores Lula e Dilma às exéquias do grande humorista Fidel, para acompanhar as suas cinzas. Eu fiz questão de colocar uma foto para ilustrar esta matéria que os mostra ao lado de outros comediantes latinos americanos, como Maduro, Evo Morales e até o Raul Castro seu substituto como hilariante mor de Cuba. Que maldade do Obama! Por que não compareceu? Medo do Trump? Penso que não. A causa maior deve ter sido o risco de ouvir coisas como esta, que, já começa com uma piada na mídia, ao dizer que foi o Lula que escreveu quando todos sabemos que nosso colaborador é apenas especialista em humor oral, pois a escrita não é o seu forte. Lula disse:

“DESCANSE EM PAZ, COMPANHEIRO FIDEL

Morreu ontem o maior de todos os latino-americanos, o comandante em chefe da revolução cubana, meu amigo e companheiro Fidel Castro Ruz.

Para os povos de nosso continente e os trabalhadores dos países mais pobres, especialmente para os homens e mulheres de minha geração, Fidel foi sempre uma voz de luta e esperança.

Seu espírito combativo e solidário animou sonhos de liberdade, soberania e igualdade. Nos piores momentos, quando ditaduras dominavam as principais nações de nossa região, a bravura de Fidel Castro e o exemplo da revolução cubana inspiravam os que resistiam à tirania.

Eu o conheci pessoalmente em julho de 1980, em Manágua, durante as comemorações do primeiro aniversário da revolução sandinista. Mantivemos, desde então, um relacionamento afetuoso e intenso, baseado na busca de caminhos para a emancipação de nossos povos.

Sinto sua morte como a perda de um irmão mais velho, de um companheiro insubstituível, do qual jamais me esquecerei.

Será eterno seu legado de dignidade e compromisso por um mundo mais justo.

Hasta siempre, comandante, amigo e companheiro Fidel Castro.

Luiz Inácio Lula da Silva
São Paulo, 26 de novembro de 2016”

Se ainda continuarem vivos depois da leitura, principalmente quando ele escreve em espanhol, eu posso arrematar com a constatação de que comediantes e ditadores são sempre solidários, mesmo que o nosso colaborador Lula, tenha feito cursos e mais cursos para ser um ditador e deu com os burros n’água. Ele diz que foi culpa do Sérgio Moro, o sisudo, eu acho que não. Penso mesmo é que o povo não conseguia mais parar de rir com as piadas petistas e está pedindo a cabeça do chefe.

E, nossa musa a Dilma, dizem que também escreveu sobre a morte do companheiro Fidel, e transcrevo aqui, o que vi nas redes sociais, para mostrar o seu potencial hilariante, como só esta coluna mostra. Vi lá, no que chamaram de nota oficial da ex-Presidenta Dilma sobre a morte de Fidel Castro:

"Ele morreu; mas morreu porque viveu e só morreu quando chegou ao fim; mas, sistematicamente, uma coisa muito importante. E o que é? É que não morre só ele, morre todo mundo que deixou a vida também. Porque se ele morrer, não vai viver, nem morrer, ninguém vai morrer nem viver, vai morrer todo mundo.”

Com este potencial humorísticos, esta coluna jamais poderá prescindir desta dama que fala e escreve em dilmês fluentemente. Dizem que é a única no mundo que consegue fazer isto.

E o humor em Brasília estava tão aguçado nesta semana que passou, que o Renan, o presidente do nosso Congresso quis fazer um show de humor, já fazendo humor. Convidou para participar dele o sisudo Sérgio Moro, o homem que é talvez o único que não contou nenhuma piada em toda em sua vida. É claro que, para despistar de suas intenções, convidou outras pessoas, que mesmo não tendo grande potencial humorístico, de quando em vez, fazem das suas, como o Ministro Gilmar Mendes, que contou a piada de que um projeto que assustasse o Judiciário agora, como o de “abuso de autoridade” que o Renan ressuscitou, não tinha momento para ser aprovado e a hora havia chegado. Depois do riso de toda nação e depois de um discurso do Renan, que ouvido por um extra terrestre seria o máximo, pois este não conhece Renan, falou o juiz Sérgio Moro, que com sua sisudez parou o show de humor. Este homem não tem jeito mesmo. Quando eu pensava que, no meio de todos aqueles humoristas eu poderia convidá-lo a participar da coluna, ele vem com a conversa que queria apenas colocar uma besteirinha no projeto: “Juiz discordar de juiz não pode ser crime”. Vejam bem a audácia do cara, com esta frase de sisudez absoluta e sem nenhum potencial hilariante, o que fez foi acabar com o baile de carnaval do Zé Keti, lembram: “Quanto riso, oh quanta alegria! Mais de mil palhaços no salão!...”. Este Moro não tem jeito mesmo, vai terminar acabando até o humor parlamentar.

Então pergunto eu, o que será desta coluna, se um dia a sisuda Operação Lava Jato conseguir acabar com a corrupção deste país. Será que ninguém rirá mais? O meu alento é, como disse acima, o humor encontra os seus próprios caminhos. Por exemplo, dizem que os responsáveis pela operação que tenta lavar a jato o Brasil, comandados pelo Deltan Delagnol, disseram que se passar o projeto de “abuso de autoridade” de Renan, eles renunciam. Ora, meus amigos vejam o potencial hilariante da proposição. O Brasil é o único país do mundo onde um servidor público pode bater o pé e dizer: “Se eu não puder prender e arrebentar eu renuncio”. Nem, o grande cômico do passado o General Figueiredo, disse isto. Não é motivo de riso? É o humor encontrando seus caminhos na terra dos sisudos.

E para terminar, ontem houve manifestações de cores diferentes das habituais, recentemente. E sabem qual foi o tema principal? Protestar contra quem é contra a operação Lava Jato. Elas não chegaram a ser, em número de pessoas, como aquelas que pediam “fora alguém!”. Pelo menos eu não vi nenhum cartaz neste sentido, a não ser o “Fora Renan”. É que o brasileiro parece cansado de gritar assim, depois do “Fora FHC”, “Fora Collor”, “Fora Lula”, “Fora Dilma”, “Fora Temer”, e agora partiu para o parlamento, com o “Fora Renan”. O STF, já prevendo esta manifestação, tornou o Renan réu, esperando que ele saísse logo, abortando as manifestações, mas não deu certo, porque há um Ministro, o Toffoli, que engavetou um processo que tiraria Renan da presidência, pelo menos para um réu não se tornar presidente da república. Não tem jeito senhores, nesse país o riso abunda, realmente, e por isso o sucesso desta coluna semanal, que vem aumentando o número de leitores a cada dia. As estatísticas dizem que agora são 15 e meio.

Eu sei que seria impossível abordar todos fatos hilários ocorridos nesta semana, pois já reclamam deste texto pela sua extensão, no entanto, não poderia terminar sem contar a última do Fidel:

“Quando estavam reunidos os chefes de Estado e simpatizantes em torno da urna com as cinzas do Fidel, o Maduro se levantou e colocou as mãos no ouvido em forma de concha para melhor ouvir e disse:

- Senhores, estou ouvindo o canto de um passarinho. É o Chávez!

Todos ficaram estupefatos, inclusive a Dilma e o Lula de olhos arregalados, para ouvir o som ouvido por Maduro. E o passarinho cantou:

- Piu! Piu! Piu!

Então o Raul Castro disse:

É. Só pode ser o Chávez pois o Fidel não se contentaria com 3 Pius!”

Eles riram muito. Pois só os passarinhos presentes e futuros entendem os passarinhos do passado.


E agora vou cuidar desta semana que, espero, não terá tantas tragédias, embora deva ser hilariante também, na política.

Um comentário:

  1. A mentira jamais será engraçada. Dilma nunca escreveu aquela bobagem. Mas alguém escreveu. Alguém muito sem graça. Onde está seu nome?

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