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segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

A semana - O grande show do Lula e que venha o Ano Novo




Por Zé Carlos

Hoje seria para começar escrevendo sobre o primeiro Natal sem o PT na governança federal e, com raras exceções, nos níveis estaduais e municipais. Afinal de contas, como país cristão, que ainda somos, esta é sua maior festa. No entanto, por esta mesma festa, nos envolvemos com outras atividades, além do humor e a coluna será mais curta.

Todavia, isto não quer dizer que o humor não abundará, porque este nossa país é incrivelmente bem humorado para ficarmos sem um riso nos lábios. E para isto não precisamos nem falar do Temer na Lava Jato, nem dos milhões de políticos envolvidos pela Odebrecht. Basta que nos fixemos no “Amigo” que é o apelido do Lula na planilha da propina da Odebrecht, que agora se tornou internacional. Explico. O FBI, que é a Polícia Federal americana descobriu primeiro do que a nossa polícia que o conterrâneo do Zezinho de Caetés, o Lula, era o “Brazillian Official 1”, que quer dizer autoridade suprema da propina, numa tradução livre, tendo como auxiliar nossa musa, a Dilma que, depois de ser xingada de incompetente ou cúmplice, pela TV do Catar, baixou o facho e não vez mais piadas, a não ser em referência ao chefe. Ela era a “Brazillian Official 2”. Mas, isto é humor pequeno em relação ao principal show da semana.

Pasmem, meus senhores, que o PT resolveu lançar o Lula como candidato a presidente em 2018. O PT defendeu formalmente a antecipação da eleição presidencial em caso de cassação da chapa Dilma-Temer pelo TSE. E aí começa o humor. Quem ingressou com esta demanda no tribunal foi o PSDB. Sim, senhores, o partido do FHC. Mais uma vez ele é o culpado de tudo. Dizem que com isto ele previa ser o “presidente indireto” que é previsto na Constituição. Mas, isto só poderia ocorrer se o Lula não tivesse em vias de ser preso pela Lava Jato. Com medo de ser preso ele, o Lula, já concorda com a estratégia do partido e, num vídeo de final de ano, que apresentamos lá embaixo ela já deixa claro suas intenções, pelo menos com aquelas sutilezas que só os políticos dominam.

O que ocorreu é que, ao fazer isto, ele produziu o maior show de humor por ano, como vocês podem verificar. Eu apenas faço alguns comentários, porém, o grosso do humor só será atingido vendo o vídeo completo. Isto foi motivo de grande satisfação para mim que completo o ano proporcionando riso suficiente para homicidiar pelo menos metade dos meus leitores.

Vejam uma das pérolas que ele lança no vídeo e não ria se for capaz:

"Primeiro nós sabemos que é preciso restabelecer a democracia e só pode fazer o que estou falando um presidente que tenha respaldo popular e respaldo popular chama-se voto na urna. Portanto é preciso antecipar o processo eleitoral. É preciso que o povo volte a eleger um presidente pelo voto direto".

Isto dito, quando se sabe que o Temer teve 54 milhões de votos nas últimas eleições, só provoca nosso riso. Ora, dirão os astros: Mas, o voto na urna foi em Dilma e não em Temer. É o mistério que só pode garantir isto aquele que votou, e sendo o voto secreto, ninguém pode dizer o contrário. Já o Temer, que também tem produzido muito humor, diz que Dilma só foi eleita por causa dele. E quem pode duvidar de ambos? Só o PSDB que moveu o processo para tirar os dois. E, pelo que o FBI descobriu parece que isto é verdade. Mesmo assim esta história de voto na urna a estas alturas é apenas mais uma cena de humor, daquelas que assolam o nosso  país. Só esta parte já justificaria manter o Lula como nosso colaborador nas hilariâncias da vida política, mas, tem mais, muito mais.

Ele ainda critica a política econômica, que é do Meirelles, seu queridinho por muitos anos, e diz:

"O governo não pode só falar em corte. É preciso mudar o tom da música. O país está parado e vai continuar se o governo não mudar a política econômica", e mais que está "falando com conhecimento de causa porque já fiz isso uma vez".

Quando o distinto público descobre que ele já fez isto uma vez, morre de rir, porque sabe que realmente ele fez a mesma coisa que o Temer na época de Palloci, com o mesmo Meirelles, e que o tom da música era exatamente o mesmo do Temer, coadjuvado pelo mesmo Meirelles, começa a bolar pelo chão de tanto rir.

E, como vocês poderão ver no vídeo abaixo, continua o ex-presidente dizendo:

"Nós já provamos que é possível o Brasil ser motivo de orgulho. Passamos 12 anos em que cada Natal era motivo de muita festa. "O povo brasileiro precisa sonhar. E somente nós juntos seremos capazes de reconstruir este país economicamente e politicamente. Que 2017 seja o ano de recuperação do nosso país".

Ainda tem alguém vivo por aí? Tenho certeza que o meu “meio leitor” já deixou de ler-me (lembrem, tenho agora 15 e meio leitores). Talvez tenha escapado por isto. E o show termina assim, e só faltaram os fogos de artifícios para dar um ar mais solene a ele.

Eu, se pudesse interferir como assessor petista, eu estenderia um pouco o espetáculo, colocando como cena final, o Moro, aquele juiz sisudo do Paraná, entrando junto do Japonês da Federal, algemando o Lula e enviando-o para Curitiba. Afinal de contas lá tem um grande humorista do passado, o Zé Dirceu, que o espera ansioso para criarem novos esquetes para o gáudio de nossos leitores.

Enfim, fiquem com o show completo, e eu mantenho a esperança que o ano de 2016 ainda terminará, e que seja com risos e mais risos. Espero que tenham tido um Feliz Natal e que tenha um Feliz Ano Novo.


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