Por Zé Carlos
Hoje seria para começar escrevendo sobre o primeiro Natal sem o PT na
governança federal e, com raras exceções, nos níveis estaduais e municipais.
Afinal de contas, como país cristão, que ainda somos, esta é sua maior festa.
No entanto, por esta mesma festa, nos envolvemos com outras atividades, além do
humor e a coluna será mais curta.
Todavia, isto não quer dizer que o humor não abundará, porque este
nossa país é incrivelmente bem humorado para ficarmos sem um riso nos lábios. E
para isto não precisamos nem falar do Temer na Lava Jato, nem dos milhões de
políticos envolvidos pela Odebrecht. Basta que nos fixemos no “Amigo” que é o apelido do Lula na
planilha da propina da Odebrecht, que agora se tornou internacional. Explico. O
FBI, que é a Polícia Federal americana descobriu primeiro do que a nossa
polícia que o conterrâneo do Zezinho de Caetés, o Lula, era o “Brazillian Official 1”, que quer dizer
autoridade suprema da propina, numa tradução livre, tendo como auxiliar nossa
musa, a Dilma que, depois de ser xingada de incompetente ou cúmplice, pela TV
do Catar, baixou o facho e não vez mais piadas, a não ser em referência ao
chefe. Ela era a “Brazillian Official 2”.
Mas, isto é humor pequeno em relação ao principal show da semana.
Pasmem, meus senhores, que o PT resolveu lançar o Lula como candidato
a presidente em 2018. O PT defendeu formalmente a antecipação da eleição
presidencial em caso de cassação da chapa Dilma-Temer pelo TSE. E aí começa o
humor. Quem ingressou com esta demanda no tribunal foi o PSDB. Sim, senhores, o
partido do FHC. Mais uma vez ele é o culpado de tudo. Dizem que com isto ele
previa ser o “presidente indireto” que
é previsto na Constituição. Mas, isto só poderia ocorrer se o Lula não tivesse
em vias de ser preso pela Lava Jato. Com medo de ser preso ele, o Lula, já
concorda com a estratégia do partido e, num vídeo de final de ano, que apresentamos
lá embaixo ela já deixa claro suas intenções, pelo menos com aquelas sutilezas
que só os políticos dominam.
O que ocorreu é que, ao fazer isto, ele produziu o maior show de humor
por ano, como vocês podem verificar. Eu apenas faço alguns comentários, porém,
o grosso do humor só será atingido vendo o vídeo completo. Isto foi motivo de
grande satisfação para mim que completo o ano proporcionando riso suficiente
para homicidiar pelo menos metade dos meus leitores.
Vejam uma das pérolas que ele lança no vídeo e não ria se for capaz:
"Primeiro nós sabemos que é
preciso restabelecer a democracia e só pode fazer o que estou falando um
presidente que tenha respaldo popular e respaldo popular chama-se voto na urna.
Portanto é preciso antecipar o processo eleitoral. É preciso que o povo volte a
eleger um presidente pelo voto direto".
Isto dito, quando se sabe que o Temer teve 54 milhões de votos nas
últimas eleições, só provoca nosso riso. Ora, dirão os astros: Mas, o voto na
urna foi em Dilma e não em Temer. É o mistério que só pode garantir isto aquele
que votou, e sendo o voto secreto, ninguém pode dizer o contrário. Já o Temer,
que também tem produzido muito humor, diz que Dilma só foi eleita por causa dele.
E quem pode duvidar de ambos? Só o PSDB que moveu o processo para tirar os
dois. E, pelo que o FBI descobriu parece que isto é verdade. Mesmo assim esta
história de voto na urna a estas alturas é apenas mais uma cena de humor,
daquelas que assolam o nosso país. Só
esta parte já justificaria manter o Lula como nosso colaborador nas
hilariâncias da vida política, mas, tem mais, muito mais.
Ele ainda critica a política econômica, que é do Meirelles, seu
queridinho por muitos anos, e diz:
"O governo não pode só
falar em corte. É preciso mudar o tom da música. O país está parado e vai
continuar se o governo não mudar a política econômica", e mais que está
"falando com conhecimento de causa
porque já fiz isso uma vez".
Quando o distinto público descobre que ele já fez isto uma vez, morre
de rir, porque sabe que realmente ele fez a mesma coisa que o Temer na época de
Palloci, com o mesmo Meirelles, e que o tom da música era exatamente o mesmo do
Temer, coadjuvado pelo mesmo Meirelles, começa a bolar pelo chão de tanto rir.
E, como vocês poderão ver no vídeo abaixo, continua o ex-presidente
dizendo:
"Nós já provamos que é
possível o Brasil ser motivo de orgulho. Passamos 12 anos em que cada Natal era
motivo de muita festa. "O povo brasileiro precisa sonhar. E somente nós
juntos seremos capazes de reconstruir este país economicamente e politicamente.
Que 2017 seja o ano de recuperação do nosso país".
Ainda tem alguém vivo por aí? Tenho certeza que o meu “meio leitor” já deixou de ler-me
(lembrem, tenho agora 15 e meio leitores). Talvez tenha escapado por isto. E o
show termina assim, e só faltaram os fogos de artifícios para dar um ar mais
solene a ele.
Eu, se pudesse interferir como assessor petista, eu estenderia um
pouco o espetáculo, colocando como cena final, o Moro, aquele juiz sisudo do
Paraná, entrando junto do Japonês da Federal, algemando o Lula e enviando-o
para Curitiba. Afinal de contas lá tem um grande humorista do passado, o Zé
Dirceu, que o espera ansioso para criarem novos esquetes para o gáudio de nossos
leitores.
Enfim, fiquem com o show completo, e eu mantenho a esperança que o ano
de 2016 ainda terminará, e que seja com risos e mais risos. Espero que tenham
tido um Feliz Natal e que tenha um Feliz Ano Novo.
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