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quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Eleições de domingo. Por aqui, também: Tchau, PT!




Por Zezinho de Caetés

Para variar um pouco vamos deixar o caso do “juizeco”, inventado pelo Renan, de lado. Por hoje é claro, apesar de saber que fatalmente ele voltará à tona durante os próximos dias. Hoje, encontrei um texto interessante em O Globo, da Renata Lo Prete, que trata de um tema que quase estava esquecendo: As eleições de domingo próximo (“Pós-urnas terá choro e ranger de dentes”), e o reproduzo lá embaixo.

E o faço porque ela não toca explicitamente no caso de Recife, onde, o PT levará mais uma botinada que o levará para longe daqui, por muito tempo. Pelas pesquisas o povo não quer nem mais saber do João Paulo, e só posso concluir que o povo é realmente sábio, embora nem sempre acerte.

O PT no Recife fez o que se fez no nível federal ao tentar engabelar os ricos e classe média com o discurso de acabar a pobreza. Pelo que se espera a turma cansou, vendo que tudo não passava de uma quimera. Não se elimina pobreza por decreto e sim com aumento de produtividade, gerada em grande parte pela Educação de base que foi sempre escanteada pelo discurso do nós (escolas públicas) contra eles (escolas privadas).

Já está provado que elas podem subsistir e até se unirem para educar nosso povo de forma digna. E a esta verdade o PT não resiste. Basta ver as propagandas do partido na TV. Ninguém com o mínimo de memória poderia acreditar. O discurso lulopetista não funcionou a não ser para aqueles que deles se locupletaram de uma forma ou de outra.

Em termos de propaganda e até mesmo em termos de gestão os dois candidatos tem coisas que nos fazem rir. Hoje já existe um Hospital da Mulher, agora um candidato quer fazer o Hospital do Idoso e o outro quer fazer o Hospital da Criança. Então eu pergunto quem fará o Hospital do Homem? Se continuar assim teremos brevemente o Hospital ....., deixa prá lá.

Bem, fiquem agora com a análise que a Renata faz das eleições no Brasil como um todo, notando que concordamos no ponto que ela ressalta: “O eleitor quis dar um bico no PT e na esquerda em geral”, no primeiro turno, e aqui não será diferente, no segundo: Tchau, João Paulo!

“Dizem os manuais que o segundo turno é outra eleição. Não desta vez. A maioria dos grandes municípios chega ao fim da campanha sem as reviravoltas que o bombardeio de propaganda em doses iguais tem potencial para provocar.

Em apenas cinco capitais o segundo colocado em 2 de outubro aparece hoje numericamente à frente nas pesquisas: BH, Curitiba, Belém, São Luís e Aracaju. E nas cinco a disputa continua acirrada, impedindo que se crave a inversão como definitiva. Nas demais 13 que ainda escolherão prefeito, é como se o eleitor, fatigado, tivesse desistido do espetáculo e entrado em hibernação durante quatro semanas. Tudo está como no início do mês.

Isso inclui o elevado patamar de “não voto” (soma de brancos, nulos e abstenções) em algumas praças. No Rio, ele equivale à intenção de voto em Marcelo Freixo (PSOL), de acordo com o Ibope mais recente. Em Porto Alegre, o jingle “Anula Lá”, sucesso nas redes, virou hino de parcela do eleitorado vermelho decidida a não validar, nem mesmo pelo mecanismo clássico da rejeição ao “mal maior”, um mano a mano exclusivamente azul.

No primeiro turno, o brasileiro optou em cima da hora — mais de 30% na última semana, novamente medição do Ibope. Surpresas sempre podem acontecer, mas faltam sinais de tamanha movimentação. Não parece precipitado afirmar que o principal recado das urnas de 2016 já foi dado, e agora será confirmado. O eleitor quis dar um bico no PT e na esquerda em geral. Missão cumprida, voltou a seus afazeres, que a vida está dura.

Outra previsão razoável é que o pós-eleição terá choro e ranger de dentes.

Choro porque não há dinheiro nem para uma fração modesta do que foi prometido em campanha. Símbolo maior da temporada que premiou “gestores” e castigou “políticos”, João Doria (PSDB) inaugurou os trabalhos da transição batendo à porta do governo federal. O prefeito eleito de São Paulo pede a bagatela de R$ 550 milhões para inteirar a conta do subsídio ao transporte público em 2017, de modo a honrar o anúncio do congelamento da tarifa de ônibus, que fez sem consultar ninguém. Cadê o Estado mínimo?

O ranger de dentes será a herança maldita da agressividade que marcou este segundo turno, como atestam debates já realizados no Rio e em BH. Quem se elege estraçalhando a jugular do adversário costuma ter problemas quando a propaganda dá lugar à realidade. Dilma Rousseff que o diga.


Memória da urna: em 2012, cinco capitais reconduziram o prefeito ou elegeram o candidato por ele indicado. Neste ano, apesar de recessão, impeachment e da memória das manifestações de 2013 ainda fresca, pelo menos 13 terão prefeitos reeleitos ou que fizeram o sucessor.”

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