Por Zezinho de Caetés
Não tem jeito. A turma está
esperneando contra a Lava Jato, e, cada vez mais, quando se aproxima de uma
viagem grátis a Curitiba. Lembram do Cunha? Já deve estar se habituando ao
colchão menos macio e ao banho frio. Outros virão, certamente.
Para acabar a monotonia já começo
citando um texto do Ricardo Noblat, no O Globo, intitulado: “Renan esperneia à medida que o cerco se
feche em torno dele”. Foi esperneio
de bebê chorão. Leiam, e eu volto lá embaixo para arrematar:
“Nada de desabafo espontâneo. Nem de afirmações provocadas no calor da
hora por perguntas embaraçosas que o surpreenderam.
Por sinal, foram poucas as perguntas no ato que Renan Calheiros
(PMDB-AL), presidente do Senado, batizou de entrevista coletiva.
Convocados os jornalistas ao seu gabinete, Renan ditou declarações com
base em um documento que consultou todo o tempo.
Então chamou o ministro Alexandre Moraes, da Justiça, de “chefete de
polícia” e de “ministro circunstancial”.
Chamou de “juizeco” o juiz de primeira instância que autorizou a prisão
de agentes da Polícia do Senado na última sexta-feira.
Disse que a Polícia Federal valeu-se de “métodos fascistas” para
invadir o Senado e cumprir a decisão do “juizeco”.
Lamentou que tal coisa tivesse acontecido, “um espetáculo inusitado que
nem a ditadura [militar de 64] ousou fazer”.
Anunciou que entrará, hoje, no Supremo Tribunal Federal (STF) com uma
ação para defender as prerrogativas da Polícia Legislativa.
E, por fim, do alto da indignação estudada, sapecou: “Tenho ódio e nojo
a métodos fascistas”.
Plagiou a célebre frase de Ulysses Guimarães dita na sessão de
promulgação da Constituição de 1988:
- Eu tenho ódio e nojo à ditadura.
O desempenho de Renan não traiu a revolta do presidente de uma
instituição que se sentiu ultrajada. Não.
Até ontem, pelo menos, apenas dois senadores reclamaram da prisão dos
agentes da Polícia do Senado. Os demais silenciaram.
O desempenho de Renan traiu o seu próprio medo de, em breve, tornar-se
a bola da vez do Judiciário.
A situação dele, ali, só piora. Renan responde a oito processos no STF.
O mais antigo foi finalmente liberado para ser julgado.
Seis processos têm a ver com a roubalheira na Petrobras que o
beneficiou, segundo denúncia da Procuradoria Geral da República.
A prisão de agentes da Polícia do Senado poderá envolvê-lo em mais um
rolo: o de tentar proteger colegas encrencados com a Lava Jato.
Foi Renan que autorizou a Polícia do Senado a fazer varreduras em
gabinetes e casas de senadores visitadas pela Polícia Federal.
A Polícia do Senado foi até lá à procura de equipamentos de escuta
eventualmente plantados pelos agentes federais. Não encontrou.
Renan ameaça pôr em votação no Senado um conjunto de medidas que
limitem a ação da Polícia Federal e do Ministério Público.
Por suposto, advoga em causa própria.”
E este é tom de todos aqueles
que, como os gladiadores romanos eram obrigados a declararar para o César da
vez: “Ave César, os que vão morrer, te saúdam!”. Hoje apenas mudou o César e a
forma de dizer: “Ave Lava Jato, os que vão para Curitiba, te saúdam”. E daí
começa a luta para não entrar no avião.
Ontem, ouvimos (vejam a nossa
paciência!) o discurso do Lindberg Farias no Senado. A cantilena foi toda para
mostrar as virtudes do Lula, meu conterrâneo, que já vem esperneando há tempo
contra sua quase certa viagem à capital paranaense.
Foi um verdadeiro festival de
besteiras, que apenas mostra a atitude dos lulistas de tentar politizar a
próxima imagem do Lula atrás das grades, ou pelo menos, começar desde já a
justificativa para que o “rei dos pobres”
possa pedir asilo em algum país amigo. Aliás, pelo que li, ele não quer nem
saber em falar de “amigo”, pois era,
segundo a Polícia Federal, como lhe chamava o Marcelo Odebrecht no tráfico de
propinas, em uma planilha especializada no tema.
Certamente, pela sua deferência
especial pelos “pobres” ele deverá ir
para o Uruguai, onde já está um filho, e pode até dirigir o fusca do Mujica,
este sim, que resolveu viver como pobre e pensa que o Lula tem a mesma opinião,
apesar do ternos Armani.
Jamais ele pensaria em ir para a
Venezuela de onde o Maduro já quer sair para também não ser preso na mesma
gaiola do passarinho que ele diz ser o Chávez. Triste país a outrora rica
Venezuela. Teve menos sorte do que a gente e não conseguiu se ver livre da
herança maldita do chavismo, e seu socialismo do século XXI, que nunca passou
de estratégia para encher o continente de ditadores malucos. Nós, pelo menos
parece, estamos nos livrando do lulo/petismo, antes de afundarmos tanto quanto
o país vizinho.
Eu, como otimista que sou, penso
já no Temer entregando a faixa a um novo presidente em 2019, sem o risco do
novo usuário já tê-la usado antes. Quem sabe, a Lava Jato não seja o começo da “Novíssima República”. Porque a “Nova”, já envelheceu.
E quem diria, quase tudo isto está
acontecendo por causa de outro “juizeco”.
Nunca o Brasil precisou tanto de “juizecos”
com este!
Paro por aqui pois tenho que me
plantar diante da mídia esperando a última do “juizeco”, enquanto se fecha o cerco.
Ação e reação: Livre expressão!
ResponderExcluirAs tramas do discurso, do " juizeco" do "'Senadorzão"!
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Cadê o auto controle do incólume, "impávido colossus" ( " sorrindo sempre entre dentes" de quem?);
soberano, senhorial, imperial, seguro, tranquilo do " senadorzão" ( da res pública)! Não deles ( Reserva de mercado)!
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Senhor do " bem e do mal", cujo "semi impeachment" - ( ' meia boca') de Dilma não o sensibilizou tanto!? Não era com ele mesmo.
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E agora é? Clonando " discurso de José Sarney em 2009 ante os jornais que apontavam desvios constrangedores nos " atos secretos" do senado;
José Sarney quando presidia a casa ( 'caiu'), saiu com essa´pérola nerônica, neurônica ou neurôtica:
" A mídia passou a ser inimiga do Congresso, uma inimiga das instituições "! "Discurso esquizofrênico e bolivarista ao atacar a imprensa radicalmente", sem sutilezas que lhe são peculiares.
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Eles sairam do sério ( perderam as estribeiras) para se defender partiram para o ataque.
Até Cunha caiu com mais dignidade e nível e a pose!..rsrsr
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Renan ( "Discurso similar", Sarney 02 - mesma escola),
Clonando a história se repete:
" Ao mexer com "sua polícia" do Senado, não teve como fugir de sua responsabilidade de sair em sua defesa em campo aberto, não nos bastidores
( tipo: "mexeu com ela mexeu comigo" - nem o impeachement de Dilma o "comoveu" tanto assim...rsss..).
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O senhor da paz e da guerra: " Tenho ódio e nojo a métodos 'facistas' ( cumprimento do dever).
"Como presidente do Senado cabe a mim reprimi-los"!
Um " juizeco " ( concursado, é verdade - ) de 1a. instância não pode, atentar contra qualquer "Poder"! .... "escudo, salvo conduto, alvará")...
e por aí vão os desaforos...Só porque cumpriram seu dever de ofício!...
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E um Senador ( 500 mil votos contra 11 milhões necessários a outro);
que governa o Senado e o Brasil (sem concurso), com a desproporção de 2000% de votos ( contra um Senador com - 11 milhões de votos necessários)?
E por aí vai:
Afirmou que a "Justiça Federal é fascista "passou o recibo" ( declaração ), que é radicalmente contra a Operação Lava Jato, ao sentenciar que esta é uma conspiração fraudulenta contra os ' heróis' do povo"?..rsss...
Teve a cautela de isentar o juiz Sergio Moro, dirigindo-se indiratamente ao digníssimo juiz Valisney de Souza Oliveira, da 10a. Vara Federal do DF...
( "esperteza malandra" referida pelo prof. Miguel Reale Jr. no impeachment)" Ou, " esperteza quando é demais vira bicho e come o dono"!