Por Zé Carlos
Ao anoitecer da semana que passou leio que o Moreira Franco, hoje, comandando
o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), responsável pelas concessões e
privatizações na área de infraestrutura no governo Temer, recebeu propina da Odebrecht, pasmem, não para arranjar projetos para a empresa,
mas, sim para cancelar projetos. Isto se deu ainda quando o Moreira Não Franco
era ministro da Aviação Civil do governo Dilma. Imaginem o que ele poderá fazer
agora sendo “parceiro” de
investimento! Pois é, dizem que iam construir um novo Aeroporto em São Paulo,
quem sabe, para ser inaugurado junto com o Trem Bala, (lembram?), e as
empreiteiras brigaram, alegando que quando planejaram a construção deste novo
aeroporto elas não sabiam e não puderam se candidatar porque já estavam roendo
o osso do dinheiro público em antigos aeroportos. Então vejam, meus caros
leitores, nossas empreiteiras roubaram tanto para construir, que pagaram
propina para não construir. Não é de morrer de rir!? E ainda Os Incríveis diziam
que “este é um país que vai prá frente,
oh, oh, oh, oh....”
E isto foi apenas no finalzinho da semana que eu soube. Agora vamos
voltar ao início. E como vimos no nosso último texto, o PT está fazendo de tudo
para esquecer os resultados das eleições municipais e agora, além de tentar
eleger o João Paulo aqui em Recife, no plano nacional, está tentando conseguir
um presidente que substituirá o João Falcão, hoje, mais conhecido como o João
Pomba, pois não fala mais coisa com coisa, só arrulha. E vejam os nomes que
poderão surgir para apanhar os cacos do partido: Lindberg Farias, José Guimarães, Jacques Wagner,
Arlindo Chinaglia, o Gilberto Carvalho e o próprio Lula. Releiam e vejam se não
vai ser uma festa para Lava Jato. Aliás, soube-se nesta semana fatídica que o
Lula, nosso grande colaborador, foi guindado à condição de réu, pela terceira
vez. Não, pelo amor de Deus, não me façam repetir aquela piadinha do pedido de
música no Fantástico. O Lula não merece isto. Pelo que ele diz dele mesmo, que
agora vive se comparando a Jesus, o melhor é deixá-lo contar suas próprias
piadas. Numa delas, ele diz: “Acho que só
ganha de mim aqui no Brasil, Jesus
Cristo”. E com esta terceira entrada no mundo dos réus, na, certa, culpará
São Pedro por ter mentido três vezes, antes de o condenarem. Aliás, pelo que se
diz, o sisudo Sérgio Moro está com a caneta coçando para convidá-lo a juntar-se
ao Palocci, Zé Dirceu e outros lá em Curitiba. A coluna torce para que isto
aconteça, pois, dizem que o Lula é mais hilariante na prisão do que fora dela.
Veremos.
E logo na segunda-feira tivemos votação da chamada PEC do Teto, ou PEC
241, que já está sendo chamada de Plano Real do Temer, para compará-lo com o Itamar.
Dizem que o Temer está fazendo de tudo para não ser comparado ao Sarney através
do Plano Cruzado. Mas, o que tem de engraçado nesta PEC, além do jantar que foi
oferecido no Palácio do Alvorada aos parlamentares, para tentar vende-la
durante o rega-bofe, enquanto o whisky corria solto junto, com a política de
baixo calão.
Ora, senhores, pelo que li e ouvi sobre esta PEC 241 (aviso que, este
número não tem nada a ver com o Art. 241 do Código Penal, embora ela ainda seja
inexistente e querem dizer que ela existe), ainda ninguém entendeu o que
realmente acontecerá se ela passar pelo crivo do Congresso em todas as
votações. Todos dizem que, depois dela, não restará um pobre sobre a face terra
brasileira, uns dizem que é porque morrerão de fome, e outros dizem que é
porque ficarão ricos. Não é de morrer de rir? Eu vejo as coisas de uma modo
mais egoísta. Todos concordam que os efeitos da PEC é de longo prazo, uns dizem
que são 20 anos, outros 10 anos, e até 4 ou 5 anos como disse o Temer em um
show de humor que foi realizado na TV. Então de um modo egoísta eu digo que, o
que gostaria mesmo era de ficar vivo para ver as consequências. Se forem boas,
é claro. Vivi os efeitos do Plano Cruzado, e não gostaria de repetir a
experiência.
Mas, o que vem ser, de verdade a PEC do Teto. Não, não é uma
reformulação do Minha Casa Minha Vida, para dar um “teto” às pessoas como a Dilma, nossa musa, tentou fazer e não
conseguindo, retiraram-na para Porto Alegre para cuidar dos netos. Não! O teto
da PEC se refere aos gastos públicos. E a coisa é tão simples que tentam complica-la.
Afinal de contas como os economistas ganhariam dinheiro se não complicassem as
coisas!? É o seguinte: O governo federal não gera riqueza. Ele vive da riqueza
que produzimos, usando uma parte dela, para fazer as coisas que nós não somos
bons em fazê-las, por exemplo, pegar bandido e botar na cadeia, zelar para que
os contratos sejam respeitados, e, tudo mais que, pelas iniciativas individuais
seja impossível de prover com eficiência. Todo ano o governo arrecada um monte
de dinheiro e o usa para estas coisas. O problema é que o governo é o único
(com exceção de alguns falsários) que pode fazer dinheiro do nada. Basta deixar
alguém fazendo moeda e notas e já pode gastá-las. Quando ele empurra muito o pé
no acelerador da fabricação de dinheiro, de início todos ficam felizes, até
verem que não adianta ter muitas notas no bolso quando a gente não produz nada
para vender. Os preços sobem, e lá vem o governo, jogar mais notas, e assim por
diante, com já vimos aqui neste país, abençoado por Deus e inflacionário por
natureza. Para que isto não aconteça, a PEC está propondo que o governo só
possa jogar dinheiro até um certo teto, que seria não gastar mais do que no ano
anterior. Ou seja, se já fez besteira, então fique nela por pelo menos 20 anos.
Com isto, as benesses do governo ficam congeladas enquanto esperam que a nossa
produção cresça e o governo vá cada dia caindo, como suas notas de dinheiro
rasgado, fora de circulação e deixando o povo trabalhar em paz e distribuir sua
riqueza em paz. Aí está a utilidade do teto para mim, pelo menos, pois creio
que o governo, como “homem em casa o dia
inteiro”, em nossa marchinha de carnaval, “só dá para atrapalhar” (não completo a letra porque hoje é politicamente
incorreto).
E então, perguntarão os meus 13 leitores, que graça há nisto. Ora,
homens de pouca fé e de muito riso. Como seria o mundo se as coisas simples não
fossem complicadas pelos políticos e economistas? A graça está na simplicidade.
No Brasil, as coisas simples, como só gastar aquilo que se ganha virou piada.
Porém, isto não poderia ser diferente num país onde uma juíza se junta com uma delegada
para entregar aos presos uma menina como presente de natal sexual, e, pasmem, a
única punição para a juíza é parar de trabalhar e ficar ganhando o nosso
dinheirinho suado vindo dos impostos. Pode? Só rindo!
E rimos mais ainda quando, no show de humor do grande jantar da PEC, o
Temer disse: “Nós todos estamos
precisando revelar ao país que nós temos responsabilidade, que todos nós, de
alguma maneira, estamos cortando na carne”, enquanto mais de 300 pessoas,
cortavam literalmente a carne num jantar, para incentivar o Brasil a gastar
menos. Quando Lula disse que no Congresso havia mais de 300 picaretas, não foi
nenhuma premonição sobre o jantar do Temer. Ou o Lula, além de réu, também é
vidente? E, como era previsto, na segunda-feira, a PEC do Teto foi aprovada
pelo placar de 366 a 111, e agora se prever que no segundo turno, o placar será
mais elástico ainda. O que se pode concluir é que com um bom bife se consegue
fazer maioria esmagadora. E se houver dificuldade de aprovação no segundo
turno, o Temer fará um jantar show, oferecendo camarão, e ele irá servir às
mesas. Estão estranhando ou indignados com alguma coisa deste processo
democrático? Se estiverem comecem a assistir o que se faz nos Estados Unidos.
E os Estados Unidos, e suas eleições, são a piada do momento, em nível
mundial. Dizem que até o Papa Francisco não perde uma entrevista do Donald
Trump. Não, não é porque ele quer votar nele. Não. É para ouvir os tipos de
pecados que os padres americanos ouvem todo dia no confessionário, e entender
melhor o seu clero. Afinal de contas, se o Trump ganhar as eleições deverá
enviar de volta para o Vaticano todos os bispos que como ele se comportam no
campo sexual. E a Hilary, pelo que tudo indica, vai ganhar as eleições, e
teremos, pela primeira vez na história americana, pelo menos no plano federal,
o “first gentleman” (eu traduziria
por “primeiro damo”), que será o Bill
Clinton; e se espera que a Hilary, que já foi “first lady”, pague na mesma moeda o que ele fez com ela. Se isto
acontecer, veremos que não só há pecados do lado de baixo do equador.
Finalmente, para aumentar o humor semanal, a Petrobrás, sim, aquela
empresa brasileira que era o símbolo do “ O Petróleo é Nosso” e que passou a
ser símbolo, depois da Lava Jato do “A
Propina é Nossa”, informou que o preço da gasolina iria cair. Foi uma
alegria geral, e eu já estava com vontade de ir mais a Bom Conselho, para me
inteirar, mais do que fiz na última viagem, sobre sua política e seus humores.
Isto aconteceu até que descobri que o preço da gasolina iria diminuir só 1
centavo por litro. Já sabendo que isto seria o normal num país normal, eu nem
fiquei triste. Muito pelo contrário, eu, e o povo brasileiro, rimos foi muito
com mais uma piada na praça. E riremos mais ainda quando a Petrobrás disser que
tudo que desce, sobe e vice-versa. E esperemos mais uma semana, para rirmos
mais do que nesta na qual o Temer vestiu traje indiano. Só faltou a Marcela
vestir uma “Kafta”. Quem sabe ainda
vestirá.
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