Por Zezinho de Caetés
Bem, neste final de semana, exatamente no dia 29 de
fevereiro, começou para valer o terceiro reinado do meu conterrâneo, o Lula,
faltando-lhe apenas a coroação formal. Dilma entregou os pontos e entregou a
cabeça do Ministro da Justiça, há tanto tempo pedida por ele. E, dizem, ele
escolheu o dia 29 porque o aniversário do seu mais recente reinado só se fará
daqui a quatro anos.
Que a Dilma, a ineficienta, incompetenta presidenta, não
estava mais governando todos já sabiam. No entanto, eu acho que o desgoverno
seria melhor do que a aparição de um novo Cardeal Richelieu, que dita as normas
e não encontra nem um mosqueteiro pela frente para barrar-lhe os passos. Ainda
não se sabe a data da coroação, pois isto vai depender de uma série de eventos.
Primeiro, para enfrentar o peso da coroa ele tem que mostrar
que não é dono do Palácio de Versalhes, digo, do tríplex lá no Guarujá. E pelo
jeito, ele negará até a morte sua propriedade pois se disser o contrário, terá
que explicar ao povo porque é um homem tão rico dizendo que é pobre, ou seja,
passará por mentiroso.
E como todos sabem, neste país, mentir, para um homem
público, é pior do que trair a mulher, roubar o erário, e ter contas secretas
no exterior. Ou seja, faça tudo mas não minta, ao vivo. Minta só “ao morto”, como meu conterrâneo vem
fazendo há muito tempo.
Segundo, o Lula, tem que mostrar que fez algum bem ao povo
brasileiro, pois, pelo andar da carruagem o que ele deu antes com uma mão, a
sua pupila, a mãe do PAC (agora, a Mãe do Zica, segundo o Zé Carlos), tirou com
a outra, e tudo está indo para o brejo. E como já vimos, isto ele não pode
explicar, por mais que tente, e agora, ficou quase mudo, fora algumas poucas
lorotas sobre esta situação.
E, finalmente, a coroação pode não sair, se o Sérgio Moro
acelerar os procedimentos da Lava Jato, o que o levará para Bastilha, digo,
Papuda, com todas as pompas e circunstâncias. Se isto não acontecer, já está
certo que no dia 13 de março o povo irá às ruas, para que nunca mais, na história
deste país, tenhamos no poder a alma mais honesta e a mais mentirosa do mundo.
Fiquem agora como Noblat (texto do seu blog como o título “Lula reforma o ministério de Dilma”)
que mostra alguns aspectos deste período de dúvidas que antecedem à coroação do
meu conterrâneo. Vade retro!
“Está em curso a reforma ministerial promovida no governo da presidente
Dilma Rousseff por exigência do ex-presidente Lula. Vai divagar para o gosto de
Lula, mas pelo menos vai.
No primeiro semestre do ano passado, Dilma foi obrigada a transferir
para o Ministério da Educação o então ministro da Casa Civil da presidência da
República, Aloizio Mercadante.
Foi uma grande perda para ela. Mercadante era o ministro em que ela
mais confiava. Sabia que entre ela e Lula, entre ela e o PT, Mercadante a
escolheria sem pestanejar.
Lula achou que Mercadante criava problemas para ele, o PT e os demais
partidos aliados. Pressionou tanto Dilma que ela cedeu. No lugar, entrou Jaques
Wagner, que Lula antes emplacara como Ministro da Defesa.
Wagner é Lula em primeiro lugar e Lula em segundo. Dilma sabe disso e
sabe mais. Sabe que Wagner é o principal informante de Lula dentro do Palácio
do Planalto, mas não é o único.
O ministro Joaquim Levy, da Fazenda, foi derrubado por Lula em 18 de
dezembro último. Dilma nunca gostou dele, mas não pensava em despachá-lo. Foi
forçada a isso por Lula.
Lula e o PT cobram o retorno da política econômica que acabou por levar
o país ao desastre. Querem que o país volte a crescer a qualquer preço, mesmo
com inflação em alta e com a queda das reservas em divisas.
Sem um a melhora na economia, mesmo falsa, Lula e o PT serão derrotados
de véspera nas próximas eleições gerais de 2018. Vale qualquer coisa para
evitar isso.
Saiu Levy, entrou Nelson Barbosa, ex-ministro do Planejamento, e
conselheiro do Instituto Lula, que não está correspondendo ao que Lula e o PT
esperavam dele. Ou corresponde ou poderá ser degolado.
José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça, antecipou-se à degola e
entregou o cargo a Dilma. Exatamente como Lula sempre quis. Depois de
Mercadante, Cardozo era o ministro mais querido por Dilma.
Ao longo dos seus 30 anos de PT, Cardozo colecionou atritos com Lula e
a turma dele. A razão principal de sua queda atende pelo nome de Lava-Jato.
De Cardozo, Lula esperava mão firme para inibir as ações da Polícia
Federal e confrontar o juiz Sérgio Moro. Como tal não aconteceu... faltaram a
Cardozo.
É possível que a reforma ministerial promovida por Lula ainda custe a
cabeça de outros ministros. Lula e o PT não podem largar Dilma de mão. Mas não
podem seguir apoiando um governo paralisado e sem ideias.”
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