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terça-feira, 1 de março de 2016

O terceiro reinado de Lula?




Por Zezinho de Caetés

Bem, neste final de semana, exatamente no dia 29 de fevereiro, começou para valer o terceiro reinado do meu conterrâneo, o Lula, faltando-lhe apenas a coroação formal. Dilma entregou os pontos e entregou a cabeça do Ministro da Justiça, há tanto tempo pedida por ele. E, dizem, ele escolheu o dia 29 porque o aniversário do seu mais recente reinado só se fará daqui a quatro anos.

Que a Dilma, a ineficienta, incompetenta presidenta, não estava mais governando todos já sabiam. No entanto, eu acho que o desgoverno seria melhor do que a aparição de um novo Cardeal Richelieu, que dita as normas e não encontra nem um mosqueteiro pela frente para barrar-lhe os passos. Ainda não se sabe a data da coroação, pois isto vai depender de uma série de eventos.

Primeiro, para enfrentar o peso da coroa ele tem que mostrar que não é dono do Palácio de Versalhes, digo, do tríplex lá no Guarujá. E pelo jeito, ele negará até a morte sua propriedade pois se disser o contrário, terá que explicar ao povo porque é um homem tão rico dizendo que é pobre, ou seja, passará por mentiroso.

E como todos sabem, neste país, mentir, para um homem público, é pior do que trair a mulher, roubar o erário, e ter contas secretas no exterior. Ou seja, faça tudo mas não minta, ao vivo. Minta só “ao morto”, como meu conterrâneo vem fazendo há muito tempo.

Segundo, o Lula, tem que mostrar que fez algum bem ao povo brasileiro, pois, pelo andar da carruagem o que ele deu antes com uma mão, a sua pupila, a mãe do PAC (agora, a Mãe do Zica, segundo o Zé Carlos), tirou com a outra, e tudo está indo para o brejo. E como já vimos, isto ele não pode explicar, por mais que tente, e agora, ficou quase mudo, fora algumas poucas lorotas sobre esta situação.

E, finalmente, a coroação pode não sair, se o Sérgio Moro acelerar os procedimentos da Lava Jato, o que o levará para Bastilha, digo, Papuda, com todas as pompas e circunstâncias. Se isto não acontecer, já está certo que no dia 13 de março o povo irá às ruas, para que nunca mais, na história deste país, tenhamos no poder a alma mais honesta e a mais mentirosa do mundo.

Fiquem agora como Noblat (texto do seu blog como o título “Lula reforma o ministério de Dilma”) que mostra alguns aspectos deste período de dúvidas que antecedem à coroação do meu conterrâneo. Vade retro!

“Está em curso a reforma ministerial promovida no governo da presidente Dilma Rousseff por exigência do ex-presidente Lula. Vai divagar para o gosto de Lula, mas pelo menos vai.

No primeiro semestre do ano passado, Dilma foi obrigada a transferir para o Ministério da Educação o então ministro da Casa Civil da presidência da República, Aloizio Mercadante.

Foi uma grande perda para ela. Mercadante era o ministro em que ela mais confiava. Sabia que entre ela e Lula, entre ela e o PT, Mercadante a escolheria sem pestanejar.

Lula achou que Mercadante criava problemas para ele, o PT e os demais partidos aliados. Pressionou tanto Dilma que ela cedeu. No lugar, entrou Jaques Wagner, que Lula antes emplacara como Ministro da Defesa.

Wagner é Lula em primeiro lugar e Lula em segundo. Dilma sabe disso e sabe mais. Sabe que Wagner é o principal informante de Lula dentro do Palácio do Planalto, mas não é o único.

O ministro Joaquim Levy, da Fazenda, foi derrubado por Lula em 18 de dezembro último. Dilma nunca gostou dele, mas não pensava em despachá-lo. Foi forçada a isso por Lula.

Lula e o PT cobram o retorno da política econômica que acabou por levar o país ao desastre. Querem que o país volte a crescer a qualquer preço, mesmo com inflação em alta e com a queda das reservas em divisas.

Sem um a melhora na economia, mesmo falsa, Lula e o PT serão derrotados de véspera nas próximas eleições gerais de 2018. Vale qualquer coisa para evitar isso.

Saiu Levy, entrou Nelson Barbosa, ex-ministro do Planejamento, e conselheiro do Instituto Lula, que não está correspondendo ao que Lula e o PT esperavam dele. Ou corresponde ou poderá ser degolado.

José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça, antecipou-se à degola e entregou o cargo a Dilma. Exatamente como Lula sempre quis. Depois de Mercadante, Cardozo era o ministro mais querido por Dilma.

Ao longo dos seus 30 anos de PT, Cardozo colecionou atritos com Lula e a turma dele. A razão principal de sua queda atende pelo nome de Lava-Jato.

De Cardozo, Lula esperava mão firme para inibir as ações da Polícia Federal e confrontar o juiz Sérgio Moro. Como tal não aconteceu... faltaram a Cardozo.


É possível que a reforma ministerial promovida por Lula ainda custe a cabeça de outros ministros. Lula e o PT não podem largar Dilma de mão. Mas não podem seguir apoiando um governo paralisado e sem ideias.”

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