Por José Antonio Taveira Belo / Zetinho
O querido Jornal A Gazeta nos revela uma informação animadora
para resgatar a memoria dos nossos cidadãos bom-conselhense. É um bom começo.
Cidade sem memoria do seu povo é uma cidade morta. É uma cidade esquecida. É
uma cidade sem nome. É uma cidade a deriva. O cidadão nativo ou aqueles que
adotaram a cidade como seu lar é que faz a sua estória, da cidade, acompanha e
vivencia os homens e mulheres que nunca se afastaram do seu torrão natal e,
muitas das vezes são os oriundos de outras plagas que aportam e dedicam à vida
em beneficio do povo que lhe acolheu, que sofreu e alegrou-se com a vida do dia
a dia que ocorre e que precisa ser registrada para a eternidade. São trabalhos
que deixam a sua marca, o seu respeito e a sua bondade para os que ficaram para
relembrar a sua memória. Quantas pessoas
estão nesta qualidade? Muitas nasceram se criaram e morreram na cidade que
escolheu para viver e, sua ultima morada se encontram nos lapides do campo santo,
o cemitério. Sinto-me feliz e é grandemente o meu entusiasmo quando algo
acontece na cidade que nasci e que me encontro mesmo de longe, sinto que pouco
a pouco a memoria do nosso povo vai sendo reconstituída para a posteridade. A
nossa Gazeta é um marco em nossa cidade. Nas suas paginas a vinte quatro anos
ininterruptos vêm demonstrando o amor a terra, informando, incentivando o
desenvolvimento que deve ser uma condição primordial de toda comunidade. Aí eu
pergunto, como seria a nossa cidade sem o pequeno e grande jornal a Gazeta em
nosso Município? Estaríamos órfãos e mais ainda distante do nosso ideal de
promover e registrar os fatos que ocorrem na cidade. Na edição nº 381 - edição
de março de 2015, na pagina 05 – Politica, escrita pelo nosso Diretor Luiz
Clério Duarte, destaca o resgate da memoria de dois alagoanos que se tornaram
grandes bom-conselhense chegando oriundos das cidades de São Miguel dos Campos
e Quebrangulo, do Estado de Alagoas, em eternizar os seus feitos e trabalhos em
prol da nossa gente. O Padre Alfredo e Senhor Manoel Luna, são as personagem
que estão sendo resgatada a sua memoria com a criação do Memorial e do
Instituto para toda a população se beneficiar e conhecer os trabalhos de dois
homens que lutaram e deram sua vida pela nossa cidade. Os primeiros passos
foram dados e a realidade está presente pela iniciativa do filho Emmanuel Luna
e parentes do Padre os homenageados. O que mais me chamou a atenção na nota foi
à expressão do último trecho “As
duas obras serão “o primeiro passo” para que outros memoriais, institutos,
fundações ou o título que queiram dar, surjam. A HISTORIA DOS NOSSOS VULTOS É PAUPÉRRIMA! (Vejam que situação, grifo nosso) O Padre Alfredo foi homenageado
com uma praça de pequeno porte no alto da Rua Barão do Rio Branco/Correntões
com pouca ação recebida dos ocupantes do Palácio Municipal Cel. José
Abílio de Albuquerque Ávila. Manoel Luna
até esta data – 31 de março de 2015 – não recebeu nenhum reconhecimento dos
poderes Executivo e Legislativo. É uma questão cultural que começa a mudar e vai
mudar, graças à iniciativa privada” E aí penso eu, falta iniciativa dos poderes públicos municipais em reconhecer os
méritos destes cidadãos entre outros para dignificarem o seu trabalho, hoje
esquecidos? É preciso que os parentes reconheçam, com modéstia, o
empreendimento dos seus familiares, para que outras gerações o conheçam e
estudem o seu modo de trabalhar e copie? Nada disso! O que falta é
sensibilidade e empenho dos homens e mulheres que compõe o executivo e o legislativo
do nosso querido torrão. Em outros lugares estes órgãos junto com a sociedade
imprime respeito à memória dos que lá se foram para a eternidade e que deixaram
exemplos a ser seguidos de grandes feitos em beneficio do seu povo. Vamos
em frente, foi dado o primeiro passo e com certeza não será o último, pois
muitas coisas podem acontecer e a nossa cidade vai se enriquecendo com fatos
históricos dos nossos homens e mulheres do nosso Bom Conselho.
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