Por Zé Carlos
Esta semana começou com uma sabatina e terminou com as
greves de professores. Não o término das greves e sim da semana. No fundo, no
fundo, sou um advogado frustrado, porque não sou advogado, como também sou um político
frustrado porque não sou político, mas, de frustração em frustração eu findei
me interessante pelas matérias, talvez pelos colegas brilhantes que tive nestas
áreas. Assim sendo, acompanhei pela TV e outros veículos de comunicação (como é
complicado fazer justiça neste país, e olhem que já foi pior, quando não se
fazia justiça nenhuma), uma sabatina de um jurista que foi indicado para fazer
concurso para o STF: O Luiz Fachin.
Meu primeiro problema foi pronunciar corretamente o nome do
cidadão, se fachin, como faxineira, ou fachin como Joaquim. Ouvindo os outros,
descobri que o certo era como o Joaquim, não o Joaquim Barbosa, que agora pode
falar fora dos autos, e falou bem enquanto falou dentro deles. Eu nunca tinha
visto uma confusão tão grande nestas sabatinas. Lembro que assisti à de Dias
Toffoli, e lembro que nem perguntaram a ele onde trabalhou antes. Ou se perguntaram, ele
respondeu que foi para o PT, e naquela época, isto era uma informação que
alijava qualquer concorrente. Hoje, no entanto, a coisa mudou, se o Fachin
dissesse que havia trabalhado para o PT seria logo corrido da sala, sendo
tachado de ladrão e incompetente. Afinal de contas, com as lambanças que este
partido aprontou, até o Lula, nosso colaborador, pensa a mesma coisa. A
diferença entre o mensalão e o petrolão é apenas de valor. Neste último a turma
roubou muito mais. A Graça Foster que o diga.
Por falar em Graça Foster, aquela que, no nome, é um graça,
pegaram uma fita de uma reunião do Conselho da Petrobrás, onde ela se confessa
preocupada com o seu patrimônio e até seu emprego, se alguém soubesse quanto
era o rombo, por roubo, nos cofres de nossa ex-grande empresa. Dizem que ela
telefonou para a Dilma e disse o tamanho do rombo. Então arrombou-se, foi
demitida. Ou seja, o rombo foi de arrombar e, ainda hoje, estão querendo
arrombar Dilma por isso. Coitada de nossa musa maior.
Ela, a Dilma, como todos sabem, reina mas não governa. E
como uma rainha de fato, ela agora só faz inaugurações e fala para as pessoas
que ganham algum trocado e sanduíches de mortadela para aplaudi-la. Quando ela
aparece num lugar onde não há controle sobre a plateia, as panelas sofrem.
Mesmo assim ela não para de fazer humor, para manter seu vínculo com esta
coluna semanal que escrevo. Imaginem, que até em casamento, que ela foi, foi
recebida com panelaço. E pensam que ela parou de sorrir? Que nada, continuou
fazendo graça, mesmo que a Graça não queira lhe ver mais nem pintada.
E ela, nossa musa do humor, veio inaugurar, pela vigésima
vez, um petroleiro aqui em Pernambuco e disse que a Petrobrás ganhou o “Oscar tecnológico”. Ou seja, ela admitiu
que o Petrogate é uma obra de ficção
e qualquer semelhança com a vida real é mera coincidência. Que espoquem os
fogos, os risos e as panelas. No entanto, se sustentem na cadeira porque tem
muito mais.
Relacionado ao filme, no qual o Brasil ganhou o Oscar,
citado acima, nesta semana, um dos atores, o Ricardo Pessoa, que faz o papel de
um chefão da máfia, nele, resolveu contar tudo à Polícia Federal, para ganhar
um prêmio com sua delação. E ele diz que não vai poupar ninguém. Nossa! Então
foi por isso que o Lula não enviou nenhuma colaboração à nossa coluna, esta
semana. Sentimos sua falta. Dizem que o Ricardo Pessoa molhou a mão de tanta
gente nas eleições passadas, que faltou água até no Nordeste. Aliás, a crise
hídrica falada, que atinge todo o país, já se suspeita, é consequência da
excessiva lavagem de dinheiro. Não há água que chegue.
Tudo isto que falei foi fichinha em relação ao que se passou
no Congresso na votação das medidas chamadas do “ajuste fiscal”, que dizem uns, vão prejudicar os trabalhadores, e
outros que irão beneficiá-los, pelo menos no longo prazo. Quando eu era
economista dizia, junto com um grande economista, que “no longo prazo, todos estaremos mortos”, hoje eu já digo, que
independente do prazo, estamos quase todos mortos, menos quem roubou a
Petrobrás. E para constatar isto, bastou ver a votação destas medidas, os
ajustes do Levy, o Tristonho (obrigado, Zezinho), para saber o quiproquó que se
armou. O plenário da Câmara Federal parecia mais um circo mambembe com momentos
de estádio de futebol, quando se grita “juiz
ladrão”, e momentos de cabaré, quando um cara nas galerias baixou as calças
e mostrou a bunda. Eu pensei que ele iria evacuar nos deputados, e talvez, para
evitar isto o presidente o Eduardo Cunha, mandou evacuar as galerias.
E se vocês pensam que o triúnviro Eduardo Cunha tem medo de
cocô, vejam, lá embaixo, o filme do UOL deste semana, onde ele toca bateria.
Que horror! E já que entrei nos comentários sobre o filme desta semana, ele foi
quase totalmente dedicado a Roberto Carlos e às suas amantes cor de rosa. A
doleira Nelma Kodama, num depoimento à CPI do Petrolão, para dizer que era
muito amigo do Alberto Youssef, resolveu cantar a música do Rei da Jovem
Guarda, “Amada Amante”. Foi um
espetáculo tão deprimente que, com justiça, virou filme de humor. E, como se
não bastasse, ela, que foi pega no aeroporto com 200 mil euros nas calcinhas,
decidiu negar o fato de que não foi nas calcinhas e sim nos bolsos da bunda,
que colocou o dinheiro. Vejam no filme que os deputados pensaram que ela iria
tirar as calcinhas para comprovar o fato, mostrando que usa fio dental e,
portanto, não caberiam tantas notas, e quase tamparam os olhos. Mas, ela não
chegou às vias de fato, para desilusão do público presente.
Aliás, esta história de carregar dinheiro nas peças de roupa
íntima já é epidêmico aqui no Brasil. Com o capitalismo em que vivemos
brevemente aparecerão camelôs vendendo calcinhas e cuecas com bolsos. Ou seja,
o PT, como na criação das tomadas elétricas únicas no mundo, lançou a moda de
dinheiro na cueca, e, não sei se a Nelma é do PT, mas, lançou agora a do
dinheiro nas calcinhas. Não morram de riso ainda porque tem mais no filme, que
apesar de curto, tem muitas músicas.
Vejam abaixo o resumo do roteiro do filme, dos produtores do
UOL e vejam o filme abaixo, sempre lembrando que por traz de uma criança tem
sempre um cachorro, como disse nossa protagonista, a Dilma, e em sua frente tem
um mundo, que esperamos seja melhor do que o que temos.
“A doleira Nelma
Kodama, condenada a 18 anos de prisão em ação da Operação Lava Jato,
surpreendeu durante depoimento prestado à CPI da Petrobras na última
terça-feira (12). Ao comentar sua relação com o doleiro Alberto Youssef, ela
resolveu cantar a música “Amada Amante”, de Roberto Carlos. Além de transformar
a sessão em um programa de calouros, Nelma decidiu explicar melhor onde
carregava dinheiro quando foi presa com 200 mil euros pela Polícia Federal no
ano passado. Foi um bundalelê na CPI.
E o presidente da
Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), se arriscou a tentar mostrar que sabe tocar
bateria durante o programa “Mariana Godoy Entrevista”, da “Rede TV!”. Quanto
vale o show?”
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