Por Zezinho de Caetés
Ontem, ao ler os blogs, vi, no do Reinaldo Azevedo, a foto
acima, da Dilma. Confesso que fiquei com pena da gerenta presidenta, hoje
tentando desfazer as burradas, e cuja primeira, foi ter ido na onda de meu
conterrâneo Lula, aceitando substituí-lo, já sabendo que a coisa só poderia
piorar.
Se existe uma pessoa que não é boba no mundo, esta é o Lula.
Ele nunca botou a mão em cumbuca, a não ser quando tem certeza de poder roubar
o que tem dentro dela e tirar a mão rapidamente. É e sempre será “macaco velho”.
Ele pensou, em 2010, que se passasse mais 4 anos no poder (o
que seria fácil pois o Congresso estava de calças abaixadas para ele) seria um
desastre e disse para a probrezinha da Dilma: “Vai, grande gerenta, e eu voltarei em 2014!”. E ela, que só tinha
experiência política de segui-lo, caiu como uma patinha, e deu no que deu. Ela
pode até ter lhe oferecido o lugar de candidato em 2014, mas, ele deve ter dito
a ela: “Ela pensa que sou besta? Com o
governo que ela fez, pode até ser eleita, mas, do jeito que a coisa vai, não
chega ao fim do mandato.” E até agora, não há como dizer que ele estava
errado. Até profeta o homem é?
Não precisava nem o Sérgio Moro ter aparecido lavando a
jato, ou pelo menos tentando, a sujeira que o PT fez. A Dilma fez tantas
lambanças, que hoje está como uma perua doida sem saber o que faça, para ter
sucesso, pelo menos no regime de emagrecimento.
E aí está o resultado, coitadinha. E o Levy, o Tritonho,
está perdendo a queda de braço com o Renan, e o Temer com o Eduardo Cunha.
Vamos ver em que isto vai dar. Fique abaixo
com um texto do Reinaldo e que Deus nos proteja.
“Todos vimos ontem a presidente Dilma Rousseff ao lado do ministro da
Fazenda, Joaquim Levy. Ela não estava magra, o que poderia ser motivo para ela
própria celebrar, já que decidiu fazer uma dieta. Ela estava abatida. Aquilo,
notou minha mulher, é cara de fome. Fome de algum sossego. Que ela não terá.
Até sexta-feira, o governo decide o corte no Orçamento, que pode chegar perto
de R$ 80 bilhões. E vai ter de chegar à carne — inclusive à carne das promessas
eleitorais. Já está certo que obras do PAC e o Minha Casa Minha Vida entrarão
no facão. Dilma não tem saída. Entre outras razões porque é obrigada a
enfrentar a herança maldita deixada por… Dilma.
O governo enfrenta também perda de arrecadação. E aí será preciso dar
um jeito de aumentar as receitas. Levy quer arrancar mais dinheiro de ao menos
três tributos: elevar a arrecadação do PIS-Cofins, com o fim dos regimes
especiais; elevar a alíquota da Contribuição Sobre Lucro Líquido (CSLL) cobrada
dos bancos e aumentar o IOF. E isso quer dizer aprofundar um tantinho mais a
recessão.
Ao mesmo tempo em que tal cenário difícil se avizinha, Dilma enfrenta
pressão de parlamentares, muito especialmente dos de seu partido, para afrouxar
o cinto. Acham exagerado, por exemplo, o superávit primário de 1,2% do PIB,
como quer Levy, e propõem que o governo o deixe, assim, por 0,7%. A tese
começou a ganhar adeptos também no PMDB. Nessa hora, claro!, Dilma poderia
contar com a ajuda de seu padrinho político, de seu criador: Lula. Mas quê… O
homem é um dos sabotadores do seu governo e já a aconselhou, entre outras
delicadezas, a não vetar o texto que, na prática, extingue o fator
previdenciário. Ela está disposta a não ouvi-lo.
Aquela cara de Dilma é a cara da melancolia.”
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