Por Zezinho de Caetés
Na hora em que vocês devem estar lendo o meu texto de ontem
(a culpa é da AGD que não me publica no devido tempo) eu já estou consertando
as minhas panelas, coitadinhas, estragadas ontem durante 10 minutos do Programa
do PT.
Como previsto, o panelaço foi amplo, geral e irrestrito, em
todos os quadrantes do Brasil, e, desconfio, até do exterior, onde chega a
Globo Internacional. Ontem, o Jornal Nacional, 10 minutos depois dele, já
alardeava a notícia. Nosso jornalismo foi muito eficiente, ao contrário do PT
que só fez caca ontem, o dia inteiro, como o fez em desde 2003.
Como se não bastasse a propaganda chinfrim, de péssima
qualidade na forma e no conteúdo, tive o desprazer de ouvir meu conterrâneo, o
Lula, numa fala bisonha e na contra mão da história, atacar o governo Dilma,
sem dó nem piedade, quanto ao problema da terceirização. Eu ainda estou
estudando onde fica o tópico da lei que prejudica os trabalhadores e não acho.
Agora, os sindicatos, isto sim, é que fazem esta grita toda, para nada além de
conservarem seus cargos pagos regiamente pelo nosso dinheirinho.
E, pasmem, tentando ajudar o governo, que também é contra o
projeto, o Lula, mais uma vez deu a maior mancada política de sua vida, que
pode lhe custar o terceiro reinado. Ao atacar a terceirização, na hora em que
eram votadas na Câmara as medidas de ajuste fiscal de Levy, o Tristonho, ele
levou o PMDB, que agora está em cima do muro (ou é como sempre?) vendo para
qual lado soltam a galinha para ele correr atrás, a não querer mais votar o
ajuste, a não ser que o PT decida o que quer: Apoiar as medids ou não apoiar, e
não ficar querendo subir no muro, que é só dele. E o ajuste fiscal agora virou
o desajuste político, que deixa o PT, Lula e a Dilma numa saia justa, e que
deve servir para os três simultaneamente.
Como se não bastasse este imbróglio, o Eduardo Cunha, que
forma com Renan e Temer, o triunvirato que governa o país, não hesitou em fazer
a melhor coisa que poderia ser feita no momento, contra a bolivarianização do
país: Aprovou a PEC da Bengala. E agora, os membros, principalmente, do STF, só
vão serem forçados a se aposentar aos 75, ao invés de 70 anos, e que, pelo
menos em tese, o Judiciário para se tornar bolivariano se tornou mais difícil,
já que a Dilma pode não ter a chance de nomear 5 ministro de nossa Suprema
Corte, como antes.
É óbvio que, para que isto ocorra, há outros fatores
envolvidos tanto de natureza técnica quanto de natureza política, mas, já é um
começo. Um começo da frustração dos sonhos petistas, que Lula embalava, a
partir do Forum de São Paulo. E, num só dia, que será lembrado pela história
(05 de maio), o Lula levou o maior panelaço da história deste país.
E, na minha humilde residência, de panela em punho, quando o
Lula apareceu, eu, quase num gesto de homenagem à nossa infância, acelerei as
batidas com amor no coração. Não ouvi o que ele disse, pois isto eu já havia
feito na internet, mas, será que alguém ouviu?
Em suma, o PT teve um dia de cão vira-lata, que caiu do
caminhão de mudança, talvez no meio do caminho entre São Paulo e Caetés, que é
aquele que, em breve o Lula fará de volta. Venha, conterrâneo, seu lugar está
guardado em nossa Academia de Letras. No entanto, não exagere, porque o Rafael
Brasil está de olho. Qualquer deslize e ele lhe manda para Garanhuns, pousar
para a estátua do Roberto Almeida.
E a Dilma? Por onde anda? Talvez mexendo nas panelas, na
cozinha, doida para seguir o coro contra seu governo. Mas, isto é assunto para
depois.
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