Por Zé Carlos
E lá volta eu outra vez, com o filme do (obrigado, José
Fernandes) UOL. É sempre um prazer comentar esta peça humorística, rio e muitas
vezes me entristeço, mesmo rindo. No presente caso, o misto de sentimento
envolve um bom-conselhense, o senador Randolfe Rodrigues.
Digo que ele é bom-conselhense porque soube de uma visita
sua à cidade há pouco tempo atrás e há informações de que ele nasceu em
Garanhuns apenas porque os serviços de saúde de Bom Conselho não eram
adequados, mas, ele morava da Rua do Caborje. Entretanto, como ele ainda é
jovem, não vamos entrar na questão, como no caso do Dominguinhos, que já nasceu
em mais de 20 lugares, mas preferiram enterrá-lo em Garanhuns. O assunto com o
senador Randolfe é outro.
O filme repete de uma forma jocosa o episódio da visita a um
quartel, por parte dos parlamentares, no Rio de Janeio, onde funcionavam
aparelhos de tortura no período da ditadura militar. E os protagonistas do
episódio são o senador Randolfe e deputado Jair Bolsonaro. Os dois juntos não
poderia dar certo.
Eu, como bom-conselhense, tendo a acreditar na versão do
senador, que diz ter levado um soco na barriga dado pelo deputado. E
acreditando, fiquei satisfeito com sua reação de não agredir o deputado de volta,
mostrando que não é com violência que se constrói o mundo. No entanto, eu
fiquei só imaginando o que sentiria, se o nosso conterrâneo incorporasse ali o
espírito dos nossos melhores lutadores e devolvesse um soco com um no meio das
fuças do deputado. Sei lá. Ser politicamente correto, muitas vezes, cansa...
Mas, há coisas mais bonitas no filme, como a loira que usava
sua beleza para roubar as prefeituras. Eu não vi se ela passou pela prefeitura
de Bom Conselho aplicando os seus golpes, mas, pela juventude e solteirice do
nosso prefeito, bem que ela poderia ter comparecido, por lá, com sua pastinha,
depois de fechar nosso comércio. Aliás, li depois, que de uma maneira ou de
outra, mesmo sendo presa, ela ficará rica, pois posará para a revista Play Boy.
Para quem tem os apetrechos físicos como os mostrados no filme, até o crime
compensa. Aliás, no Brasil, não precisa nem de tantos apetrechos assim.
É já recorrente, nestes filmes, o caso da espionagem do
Obama. Agora, na ONU, todos os presidentes latino-americanos seguiram a Dilma e
falaram sobre a bisbilhotice do presidente americano. Não chega a aparecer no
filme mas se conta que o presidente do Uruguai, o José Mujica, encontrou uma
câmera espiã em seu fusca modelo 77, que é seu principal meio de transporte. Eu
fiquei pensando se este carro, do qual tive um no mesmo ano, não seria o meu
que foi vendido para aquele país. O assunto seria trágico se não fosse cômico,
porque todos sabemos que o Estados Unidos sabem tudo a respeito de todos. E
nesta guerra de espiões se tivéssemos um agente Saci 007, talvez saíssemos
ganhando. Quando ficamos só reclamando nos comportamos com a Mula Sem Cabeça,
nossa principal agente.
E fiquem com o filme do UOL, comecem a semana rindo,
enquanto o senador bom-conselhense colaca umas compressas mornas na barriga.
Será que não seria melhor que fosse na mão. Talvez não, chega de violência.
“Golpe de 1964? Para o
deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), não existiu: foi uma "revolução
libertadora". Seu soco no senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) na frente
de um antigo centro de tortura também não aconteceu segundo o polêmico parlamentar.
Por outro lado, a loiraça Luciane Hoepers aplicou golpe em prefeitos de 15
cidades. Depois de ser musa do time Avaí, participante do reality show
"Casa Bonita 2" e coadjuvante do Zorra Total, a moça partiu o mundo
do crime.”
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