Por Carlos Sena (*)
O Papa chegou. Mais parece um pop
star e, ao que pude observar não criou nenhuma marca do seu pontificado, tipo
João Paulo que sempre beijava o tapete vermelho simbolizando a terra. Mas, o
nosso Chico, já começou o seu pontificado santificando dois colegas seus,
conforme se noticia. Sei não. Mas, essa de tornar gente em santo e, inclusive
arrumar milagres para legitimar o fato é complicado. Houve um tempo que um Papa
“cassou” um quilo de santos da igreja católica. Até São Jorge entrou nesse
pacote e a lua ficou feroz por demais, diante do seu destronamento. O argumento
que se alardeava para aquelas cassações era que em Roma na época da construção
da Sistina (homenagem ao Papa Sisto) quem desse mais dinheiro recebia
indulgências e o título de “santo”... O então papa que não me lembro do seu
nome agora, teria mandado fazer uma investigação e, até onde se alardeou
aqueles “santos” nunca obraram, senão na hora da privada, que dirá obrar
milagres! Mas, se essa atitude veio moralizar a Igreja foi mais fácil, porque
certamente não desmoralizou o inferno onde, certamente aqueles “santos do pau
oco” devem estar. Não se pense que eu, modesto escritor metido a nem seu o quê
não seja temente a Deus. E como sou. Sou, além de temente, tremente diante dos
castigos de Deus. O meu Deus é que às vezes se confunde comigo, pois se somos a
sua imagem e semelhança o que custa vez por outra eu me parecer com ele?
Afinal, melhor me aliar a quem tem santidade em dose tripla – por conta da
santíssima trindade. Como percebem eu sou mesmo iniciado no catolicismo, mas me
dou ao direito de entender que essa celeuma do Papa é meio exagerada. Nunca por
conta do Chico. Ele é um cara sério e de Deus. Essa onda carésima talvez seja
por conta do poder paralelo das igrejas que se nutre do capital muito mais do
que o próprio capital. Pelo menos uma “Coca-Cola” da vida não esconde o jogo,
posto que todos sabemos que ela quer mesmo é lucro, mesmo sabendo que a gente
bebe veneno gaseificado. Veneno que o povo gosta e que, ainda por baixo, arrota
e solta pum e desentope até pias de lavar prato. O Papa não. Essa Papa não.
Esse Chico não. Gosto dele, proto. Disse que gosto dele da mesma forma que não
gostava do outro – aquele que tinha cara de coruja e olhar também dela. O Papa
Francisco que eu já me denomino intimo dele é simpático por demais. Bonachão,
olhar e gestos sinceros, eis o que me passa o Chico de Deus.
Irreverência a parte, fico
pensando que ele não tem vida longa. Ele lembra o Papa Sorriso João Paulo
Primeiro que as más línguas dizem que seus colegas o envenenaram. A igreja
Católica já está se incomodando com esse Chico, pois não nos enganamos que o
“vil metal” manda lá dentro da nação Vaticano. Mais cano grosso do que Vat,
pois aquela dinheirama que corre com o turismo da fé é muita para passar por um
cano de 20 polegadas. Vai-te cano, vai-te. Seja grosso e forte e de PVC da
marca tigre para segurar aquela onda que mantém muita gente ociosa lá em Roma e
nas Ramas na boa vantagem. Temo pelo Chico. Seu Sorriso é lindo e leve e solto.
Por ser tão solto o sorriso do Papa, temo que o prendam nos becos e nas
avenidas insólitas, infectas da latrina das Américas. Assim, desejo ao Chico
tudo de bom e ensejo que nenhuma bala perdida se ache no seu corpo na cidade
“maravilhosa” cercada de drogas por todos os lados e por corruptos pelados de
moral e amor ao próximo. Que a corriola do Vaticano não mate o nosso Chico.
Argentino é bem verdade. Mas, sendo Deus brasileiro e Pelé o nosso rei, porque
não deixar que Chico-Papa seja Argentino na terra da Mara Dona?
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(*) Publicado no Recanto de
Letras em 23/07/2013
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