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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

A Esfinge do Planalto: Decifra-me ou te pego!





Por Zezinho de Caetés

O novo caso do PT na seara dos escândalos, de que tratei em minha postagem anterior (aqui), e que envolve mais explicitamente o meu conterrâneo Lula, pode-se chamar o escândalo da vez. Eu pensei que a associação com o filme de terror O Bebê de Rosemary seria suficiente para mostrar a fundura da lama em que este partido vem colocando o Brasil e enganando de forma deslavada o seu povo e iludindo o mundo.

O texto que transcrevo abaixo eu o li  (30/11/2012) no Blog do Josias onde ele tenta descrever a dificuldade que terá o PT para explicar a lambança da vez, e que se resume no seu título: “Manual de complôs do PT não previa Rosemary”. Eu dei a esta minha postagem um título diferente, e que me parece mais apropriado para o caso. O chamado enigma da esfinge que o próximo parágrafo mostra numa das versões da internet, suficiente para mim, e penso, para meus leitores.

A Esfinge foi um importante tema mitológico nas antigas civilizações do Egito e da Mesopotâmia. Possuía cabeça de mulher, corpo de leão e asas de águia. Conta uma lenda grega que essa figura monstruosa, enviada por Hades ou Hera, invadiu Tebas destruindo os campos e afugentando os moradores. A criatura propôs a se retirar do local se alguém conseguisse decifrar o seu enigma, porém aquele que não o decifrasse seria devorado – decifra-me ou devoro-te!. Seu Enigma era: "Que animal caminha com quatro pés pela manhã, dois ao meio-dia e três à tarde e é mais fraco quando tem mais pernas?" Édipo, filho do rei de Tebas e assassino inconsciente de seu próprio pai, solucionou o mistério, respondendo: "o homem, pois ele engatinha quando pequeno, anda com as duas pernas quando é adulto e usa bengala na velhice." Ao ver seu enigma solucionado a Esfinge suicidou-se, lançando-se num abismo, e Édipo, como prêmio, recebeu o Reino de Tebas e a mão da rainha enviuvada, sua própria mãe.”

Eu e, talvez o povo não petista, me sinto como o Édipo diante da esfinge, que inconscientemente levamos o Lula à presidência, e tento também arranjar pelo menos uma explicação para o que ocorreu. O Lula, nos últimos tempos, passou a ser a Esfinge do Planalto. Qualquer um que tentasse se aproximar do poder ele dizia: Decifra-me ou eu te pego! (O Michel Teló não existia na época da primeira esfinge). E falava (pois não sabia escrever) o seu enigma moderno: “Qual o animal que anda de 4 rodas pela manhã, veste terno do Armani ao meio dia, e se torna um chefe de quadrilha ao anoitecer?”. E pegou, com este quase indecifrável enigma, muitos quando era o PR, inclusive o JD, o JG, o DS et caterva.

Eu penso que o novo Édipo é uma mulher chamada Rosemary e que não vai levar a nova Esfinge a se suicidar, pois a era de Getúlio já passou e a Esfinge do Planalto não tem tanta coragem assim, mas, nunca mais na história deste país, o Lula se elegerá para posto nenhum. Através de e-mails ela decifrou o enigma apenas dizendo o que ninguém tinha visto antes, por tão óbvio: O animal é o Lula. Saiu num pau-de-arara de Caetés, depois foi só se vestia com ternos do Armani e passou a comandar a quadrilha do mensalão.

Estava na cara e só Carolina e Marisa não viram. O homem se enredou feio com um rabo de saia perigoso e hoje deve ter explicações para o ocorrido. Até agora, disse que foi apunhalado pelas costas, mas, como vocês podem ver pelo texto abaixo, não cola mais.

“No caso do mensalão a explicação de Lula evoluiu da traição companheira para a tentativa de golpe da oposição e o excesso de preconceito da mídia de direita. O PT não fez nada além do que todos os partidos sempre fizeram nesse país. No caso da máfia dos pareceres, Lula ainda não se explicou. Natural. Não há no manual de crises do PT nenhum complô que se encaixe no novo escândalo.

Falta à encrenca um Roberto Jefferson. Dessa vez o delator é Cyonil Júnior, um obscuro ex-auditor do TCU. Um sujeito que não tem razões aparentes para se vingar do governo ou de Lula. A oposição golpista, coitada, foi a última a saber. A mídia de direita, a penúltima. As denúncias chegaram primeiro à Polícia Federal, que as repassou ao Ministério Público.

Golpe? Não colaria. Deposição de ex-presidente é coisa nunca antes vista na história do universo. Conspiração midiática? Faltaria nexo. As manchetes chegaram atrasadas no lance, correm atrás do fato consumado. Caixa dois? Não ficaria bem. Os meios não justificariam os fins. Como se vê, o episódio, por inusitado, exige explicações mais criativas.

Não há dúvida de que está havendo um complô. De quem? Talvez do acaso. É melhor acreditar nisso do que ter que acreditar que todos os indícios colecionados pela PF correspondem ao que está na cara. Melhor aceitar a tese de que as apurações não passam de anomalias da lei das probabilidades conspirando contra um ex-presidente insuspeito.

O curto-circuito tem uma das suas pontas não explicadas na sala ao lado do gabinete do presidente da República em São Paulo. Mas há de existir uma explicação para os super-poderes de Rosemary Noronha, a Rose. Lula estava tão obcecado pela Copa que talvez estivesse à procura de um símbolo para o evento de 2014. Sim, só pode ser isso.

Visionário, Lula enxergou em Rose um projeto de logomarca para tudo o que acontece no Brasil. Em vez de um tatu-bola Fuleco, uma assessora mequetrefe com talento para grandes jogadas. Na Era da presidenta, nada mais adequado do que uma mascota para receber os visitantes no aeroporto. Daí as dezenas de viagens de Rose ao exterior. Lula levava a auxiliar a tiracolo para dar-lhe cancha internacional.

Ao chegar para a Copa, os estrangeiros se divertiriam ao saber que Rose é personagem típica do Brasil de hoje –um país em que o Estado foi tão aparelhado que até uma servidora Fuleca pode alçar protegidos a postos graúdos. Com o tempo, a lenda de Rose cresceria. Os brasileiros logo invocariam Rose para ajudá-los a alcançar objetivos inatingíveis –de amores idealizados a empregos dos sonhos.

Como qualquer mascote, Rose seria estampada em bonés, sacolas e camisetas. Ela viraria boneca. Você daria corda para a esquerda e Rose ditaria ordens ao Lula: “Faça isso ou aquilo.” Você daria corda para a direita e Rose telefonaria para uma agência reguladora: “O PR já deu o Ok. O JD já liberou.”

Nesse contexto, a tentativa de transformar Rose em algo mais do que um embaraço para Lula não passaria de um dos maiores mal-entendidos da história desse país. Uma sequência de coincidências maliciosamente interpretadas por delegados, procuradores e jornalistas que acabou fazendo de um político modelo um gestor descuidado, capaz de mandar imprimir no Diário Oficial os nomes de quadrilheiros.

Não, não e não. Melhor acreditar que tudo não passa de coisa de gente que, não tendo o que fazer, fica procurando pelo em ovo e discutindo o sexo dos anjos.”

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