Por Zezinho de Caetés
O novo caso do PT na seara dos escândalos, de que tratei em
minha postagem anterior (aqui),
e que envolve mais explicitamente o meu conterrâneo Lula, pode-se chamar o
escândalo da vez. Eu pensei que a associação com o filme de terror O Bebê de
Rosemary seria suficiente para mostrar a fundura da lama em que este partido
vem colocando o Brasil e enganando de forma deslavada o seu povo e iludindo o
mundo.
O texto que transcrevo abaixo eu o li (30/11/2012) no Blog do Josias onde ele tenta
descrever a dificuldade que terá o PT para explicar a lambança da vez, e que se
resume no seu título: “Manual de complôs
do PT não previa Rosemary”. Eu dei a esta minha postagem um título
diferente, e que me parece mais apropriado para o caso. O chamado enigma da
esfinge que o próximo parágrafo mostra numa das versões da internet, suficiente
para mim, e penso, para meus leitores.
“A Esfinge foi um
importante tema mitológico nas antigas civilizações do Egito e da Mesopotâmia.
Possuía cabeça de mulher, corpo de leão e asas de águia. Conta uma lenda grega
que essa figura monstruosa, enviada por Hades ou Hera, invadiu Tebas destruindo
os campos e afugentando os moradores. A criatura propôs a se retirar do local
se alguém conseguisse decifrar o seu enigma, porém aquele que não o decifrasse
seria devorado – decifra-me ou devoro-te!. Seu Enigma era: "Que animal
caminha com quatro pés pela manhã, dois ao meio-dia e três à tarde e é mais
fraco quando tem mais pernas?" Édipo, filho do rei de Tebas e assassino
inconsciente de seu próprio pai, solucionou o mistério, respondendo: "o
homem, pois ele engatinha quando pequeno, anda com as duas pernas quando é
adulto e usa bengala na velhice." Ao ver seu enigma solucionado a Esfinge
suicidou-se, lançando-se num abismo, e Édipo, como prêmio, recebeu o Reino de Tebas
e a mão da rainha enviuvada, sua própria mãe.”
Eu e, talvez o povo não petista, me sinto como o Édipo
diante da esfinge, que inconscientemente levamos o Lula à presidência, e tento
também arranjar pelo menos uma explicação para o que ocorreu. O Lula, nos
últimos tempos, passou a ser a Esfinge do Planalto. Qualquer um que tentasse se
aproximar do poder ele dizia: Decifra-me
ou eu te pego! (O Michel Teló não existia na época da primeira esfinge). E
falava (pois não sabia escrever) o seu enigma moderno: “Qual o animal que anda de 4 rodas pela manhã, veste terno do Armani ao
meio dia, e se torna um chefe de quadrilha ao anoitecer?”. E pegou, com
este quase indecifrável enigma, muitos quando era o PR, inclusive o JD, o JG, o
DS et caterva.
Eu penso que o novo Édipo é uma mulher chamada Rosemary e
que não vai levar a nova Esfinge a se suicidar, pois a era de Getúlio já passou
e a Esfinge do Planalto não tem tanta coragem assim, mas, nunca mais na
história deste país, o Lula se elegerá para posto nenhum. Através de e-mails
ela decifrou o enigma apenas dizendo o que ninguém tinha visto antes, por tão
óbvio: O animal é o Lula. Saiu num pau-de-arara de Caetés, depois foi só se vestia
com ternos do Armani e passou a comandar a quadrilha do mensalão.
Estava na cara e só Carolina e Marisa não viram. O homem se
enredou feio com um rabo de saia perigoso e hoje deve ter explicações para o
ocorrido. Até agora, disse que foi apunhalado pelas costas, mas, como vocês
podem ver pelo texto abaixo, não cola mais.
“No caso do mensalão a explicação de Lula evoluiu da traição
companheira para a tentativa de golpe da oposição e o excesso de preconceito da
mídia de direita. O PT não fez nada além do que todos os partidos sempre
fizeram nesse país. No caso da máfia dos pareceres, Lula ainda não se explicou.
Natural. Não há no manual de crises do PT nenhum complô que se encaixe no novo
escândalo.
Falta à encrenca um Roberto Jefferson. Dessa vez o delator é Cyonil
Júnior, um obscuro ex-auditor do TCU. Um sujeito que não tem razões aparentes
para se vingar do governo ou de Lula. A oposição golpista, coitada, foi a
última a saber. A mídia de direita, a penúltima. As denúncias chegaram primeiro
à Polícia Federal, que as repassou ao Ministério Público.
Golpe? Não colaria. Deposição de ex-presidente é coisa nunca antes
vista na história do universo. Conspiração midiática? Faltaria nexo. As
manchetes chegaram atrasadas no lance, correm atrás do fato consumado. Caixa
dois? Não ficaria bem. Os meios não justificariam os fins. Como se vê, o
episódio, por inusitado, exige explicações mais criativas.
Não há dúvida de que está havendo um complô. De quem? Talvez do acaso.
É melhor acreditar nisso do que ter que acreditar que todos os indícios
colecionados pela PF correspondem ao que está na cara. Melhor aceitar a tese de
que as apurações não passam de anomalias da lei das probabilidades conspirando
contra um ex-presidente insuspeito.
O curto-circuito tem uma das suas pontas não explicadas na sala ao lado
do gabinete do presidente da República em São Paulo. Mas há de existir uma
explicação para os super-poderes de Rosemary Noronha, a Rose. Lula estava tão
obcecado pela Copa que talvez estivesse à procura de um símbolo para o evento
de 2014. Sim, só pode ser isso.
Visionário, Lula enxergou em Rose um projeto de logomarca para tudo o
que acontece no Brasil. Em vez de um tatu-bola Fuleco, uma assessora mequetrefe
com talento para grandes jogadas. Na Era da presidenta, nada mais adequado do
que uma mascota para receber os visitantes no aeroporto. Daí as dezenas de
viagens de Rose ao exterior. Lula levava a auxiliar a tiracolo para dar-lhe
cancha internacional.
Ao chegar para a Copa, os estrangeiros se divertiriam ao saber que Rose
é personagem típica do Brasil de hoje –um país em que o Estado foi tão
aparelhado que até uma servidora Fuleca pode alçar protegidos a postos graúdos.
Com o tempo, a lenda de Rose cresceria. Os brasileiros logo invocariam Rose
para ajudá-los a alcançar objetivos inatingíveis –de amores idealizados a
empregos dos sonhos.
Como qualquer mascote, Rose seria estampada em bonés, sacolas e
camisetas. Ela viraria boneca. Você daria corda para a esquerda e Rose ditaria
ordens ao Lula: “Faça isso ou aquilo.” Você daria corda para a direita e Rose
telefonaria para uma agência reguladora: “O PR já deu o Ok. O JD já liberou.”
Nesse contexto, a tentativa de transformar Rose em algo mais do que um
embaraço para Lula não passaria de um dos maiores mal-entendidos da história
desse país. Uma sequência de coincidências maliciosamente interpretadas por
delegados, procuradores e jornalistas que acabou fazendo de um político modelo
um gestor descuidado, capaz de mandar imprimir no Diário Oficial os nomes de
quadrilheiros.
Não, não e não. Melhor acreditar que tudo não passa de coisa de gente
que, não tendo o que fazer, fica procurando pelo em ovo e discutindo o sexo dos
anjos.”
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