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sábado, 3 de novembro de 2012

A AGD na América - O Furacão de Pittsburgh





Por Zé Carlos

Não sei quando isto será publicado porque a política editorial da AGD segue uma lógica que não é a minha, e sim a dos colaboradores, e também dos seus leitores. Então, quando talvez isto for publicado tudo poderá ter mudado. São os problemas de ainda não ter uma emissora de TV que possa transmitir ao vivo. Quem sabe chegaremos lá?

Estamos aqui em Pittsburgh, estado da Pensilvânia, na mesma região deste país  que aquela  a qual vivemos no Brasil, o Nordeste. É um estado fisicamente parecido com Pernambuco. É um retângulo, embora mais gordinho, o que nos dar a impressão de menos comprido. A cidade de Pittsburgh seria Petrolina ai no Brasil, embora fisicamente se pareça com o Recife. E, não se espantem, estávamos esperando um furacão na área.

Este mesmo furacão, o Sandy, já vem causando um mal danado à América e já é considerado um dos maiores que passaram por aqui. Isto nos meteu muito medo inicialmente e até foi motivo de medo dos nossos parentes no Brasil.

Aqui eles dão nome de pessoas aos furacões, já tendo havido o Irene, o Jose, o Katia, o Irene, o Ernesto, etc. Os metereologistas usavam essa técnica para facilitar  a comunicação em caso de emergência. Durante muito tempo , os furacões eram nomeados com o santo do dia. Por exemplo, em 1825 um furacão foi chamado de Santa Ana. Em 1953 os americanos, como sempre muito práticos, começaram a nomear os furacões com nomes de gente, deixando a tradição de usar o alfabeto fonético. A experiência mostra que o uso de nomes de homens ou mulheres na comunicação escrita é mais curto e causa menos erros. Cada ano é preparado uma lista de nomes para a próxima temporada de furacões.

Neste ano de 2012, estávamos esperando o Sandy, que segundo os jornais iria passar aqui em Pittsburgh, trazendo ventos fortes, chuvas mais ainda e até neve, talvez com a mesma violência com que passou em Nova York e outras cidades.  Se furacão é um transtorno enorme por onde passa, ao mesmo tempo, ele faz a festa da mídia de todos os tipos. Aqui na TV fomos “bombardeados” todo o tempo pelas notícias sobre este evento climático.

Isto não nos surpreendeu pois já vivemos num país, a Inglaterra, onde também o povo era obcecado pelo tempo. É até justificável a atitude em relação às condições meteorológicas, por que do lado de cima do equador, a severidade de certos eventos é muito maior do que nos nossos trópicos. Entretanto, mesmo com todo o aparato para previsão que eles detêm, não foi possível prever com exatidão as condições em que o Sandy chegaria a Pittsburgh. E mesmo para o país como um todo, pois ouvimos de um cientista que este furacão era muito grande e mais lento do que os outros, inexistindo modelos de previsão adequados para ele.

E o Sandy, até o momento em que escrevo e aqui para Pittsburgh, foi embora sem entregar aquilo que ele prometera à imprensa local e mesmo para alguns brasileiros aqui que foram as compras de botas para neve.

Ficamos um pouco frustrados ao mesmo tempo que ficamos satisfeitos pelo Sandy ter trazido apenas uma chuvinha e um pouquinho de frio sem a devastação anunciada, pela ausência de neve, como aquela que já vimos antes, e foi uma grande diversão para nossas crianças, enquanto era um transtorno para os ingleses.

E dentro este sentido, lembramos-nos das aulas do Prof. Waldemar no Ginásio São Geraldo quando ele mostrava o que era a Vitória de Pirro, que se referia ao Rei Pirro de Épiro, que em uma batalha gastou tanto para vencer que melhor seria que tivesse perdido, ou pelo menos não se envolvido naquela batalha. Pelo menos foi o que sucedeu aqui, com a imprensa de Pittsburgh. Seria mais barato e útil à sua audiência que nada tivesse sido dito sobre o furacão, ou talvez um pouco menos. Se assim tivesse procedido, uma amiga, que aqui conheci, não teria comprado uma bota de neve que só deverá ser usada, se um dos outros furacões previstos para este ano trouxerem os sonhados flocos brancos de gelo (ainda são previstos o Tony, o Valerie e o William), ou quando ela for a Bariloche ou a alguma cidade de sul do Brasil.

Talvez, daqui para frente, ao invés de “Vitória de Pirro”, quando nos referirmos a algo cujo gasto para atingir não vale a pena, nós usaremos a expressão “Furacão de Pittsburgh”. Não sabemos por que agora  lembramos da Conde da Boa Vista, e já temos o desejo de estarmos errados e que a neve caia nesta cidade. Faremos um P. S. se isto ocorrer e ainda estivermos vivos. Pois, como dissemos lá em cima tudo pode ter mudado até quando isto estiver sendo lido no blog, pois aqui, gastaram ainda mais dinheiro para dizer que o Sandy ainda pode surpreender. Se assim acontecer nos desculpem, mas, aí não será mais Sandy e sim o Júnior.

Um comentário:

  1. José Fernandes Costa4 de novembro de 2012 às 10:36

    Prezado Zé Carlos: aqui vai uma sugestão para a sua amiga que comprou a botinha pensando em estreá-la na neve em Pittsburgh. - Convide-a para vir dar um passeio em Mossoró (RN), Patos (PB) e Cabrobó (PE). - Tenho certeza que ela irá usar a bota e não será pouco. - Porquanto, neve nessas três cidades é o que não falta. - Já passei quatro dias num hotel em Mossoró e todos as noites, por volta da meia-noite, as pessoas se agasalhavam, calçavam as botas e iam tomar banho na queda d'água nas dependências do hotel. - São as Termas de Mossoró. - A correnteza, em forma de bica, vem lá de cima, percorre uns 400 metros. Em cada estação (parada) a neve vai esfriando mais um pouco. Daí, a necessidade das botas e dos agasalhos. - 2. E nos EUA não tem a letra "U". Por que, em vez de Urucubaca, eles já pulam para o Tony Tornado?/.

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