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segunda-feira, 12 de novembro de 2012

A AGD na América - Fatalidade ou desleixo





Por Zé Carlos

Por estes dias recebi uma mensagem que falava sobre uma fatalidade ocorrida no novo Shopping de Recife, o RioMar, que ainda nem conheço. Um senhor, ao visitar uma das lojas do novo estabelecimento, passou mal e por falta de alguns equipamentos terminou falecendo. O seu filho fala em fatalidade e outros falam em falta de equipamento por parte do RioMar. Nestes casos é difícil saber, e nossa tendência é colocar o pensamento numa conclusão intermediária. Por via das dúvidas, quando chegar ao Recife e for conhecer o novo Shopping eu levarei meu próprio desfibrilador.

Aqui, em Pittsburgh, onde me encontro aconteceu uma fatalidade com nuances de falta de segurança. No Zoo de Pittsburgh, uma criança de 2 anos caiu num fosso habitado por cachorros selvagens africanos (African Painted Dogs) e foi morto por 11 indivíduos desta espécie. Isto foi notícia em nível nacional aqui na América e nem sei se alguém noticiou aí pelo Brasil.




Aqui, tanto na TV como em editorais de jornais abriu-se a controvérsia: Fatalidade x Segurança, que abrange os dois casos citados acima. Depoimentos pungentes sobre as pessoas envolvidas no caso do Zoo quase que me levam a não publicar as fotos que fiz durante uma visita a este recanto tão procurado pelos moradores e visitantes da cidade. Mas, resolvi publicar as fotos mesmo sentindo pela criança morta em tão trágica situação, e até me colocando no lugar dos seus parentes, já que fui acompanhado por duas crianças quase da idade dos meus netos.

Nos dois casos, devo deixar apenas um alerta, de que para salvar uma vida humana de uma fatalidade tudo deve ser feito pelas facilidades comerciais ou não, como obrigação, não só legal, mas, ética, de respeito pela vida humana. Talvez, e repito, talvez, com mais algum pouco gasto a criança e o senhor ainda estivessem vivos.




Não vou aqui comentar foto por foto, mas o conjunto da obra. Logo de saída vejam as fotos que nada parecem pertencer a um zoológico, que mostram a lojinha de vendas de souvenirs e as máquinas de vendas de refrigerantes. Para parodiar os que habitam o zoo eu diria que estamos no verdadeiro “capitalismo selvagem”. O hábito de facilitar a venda é típico desta sociedade, e quando se trata de comida, tem para todos os gostos. Não é a toa que há uma epidemia de obesidade neste país.

Vejam a foto do elefante. Parece até uma foto normal, com um elefante manso ao lado de pessoas normais. Puro engano. Aquele pouse estava sendo comprada por aquela família por 10 dólares. Eu achei caro para ser visto por meus netos perto de um elefante e fui procurar outros bichos.




Em relação à fatalidade falada acima, eu não notei nada que fosse inseguro no Zoológico. Mas, havia falhas, e graças a Deus não fui eu quem descobriu. Foi uma pobre mãe que tentando dar uma melhor visão ao seu filho, não julgando bem suas forças, ele foi ao encontro dos cães. Eu passei por baixo dos tubarões, com as crianças, vi os gorilas bem de perto, os leões através de um vidro, além do simpático urso polar, que executava um coreografia de ir para frente e para trás, que me parecia ter sido ensaiada pelo seu treinador na noite anterior. E nada me meteu medo quanto aos animais.

E já que estou falando de tragédias ou quase, outro fato estranho me aconteceu quando fomos a outra atração aqui na cidade, que é o Aviário Nacional (National Aviary). Foi também um bom dia de diversão, como os mesmo amigos que fui para o zoológico.




Quase na saída do Aviário, depois de nos divertirmos até vendo um galo de campina,  eu ouviu um sinal forte e estranho, como devem ser os alarmes contra incêndio, e de imediato as portas que davam acesso aos animais foram sendo fechadas e todos começaram um procedimento que parecia um “ritual da dança do fogo”, todos em fila, e eu nela, em direção à saída. Dentro de minutos todos do lado de fora e os animais do lado de dentro, e eles talvez soubessem o que estava se passando, mas, nós os humanos, pelo menos eu, não.



E dentro de menos de 10 minutos ouvi uma sirene do carro do corpo de bombeiros, numa agilidade, que parecia ser o quartel de dentro do zoológico, e não era. Pittsburgh já não é uma cidade onde o trânsito flua com rapidez todas as horas do dia, mas, o que pude constatar é que polícia, ambulância e bombeiros, andam aqui à velocidade da luz, ou quase. (Vejam o filme abaixo que diz um pouco melhor de quase outra fatalidade. Ou falta de segurança?)

Mesmo lamentando o que aconteceu depois em relação às fatalidades e em relação ao alarme falso de incêndio, eu tive dias agradáveis no Zoológico de Pittsburg, que passou alguns dias fechados depois da tragédia, e no Aviário, mas, agora que o zoo já reabriu, espero, que só para só alegria das crianças novas e velhas como eu.


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