Pittsburgh - PA - USA (Parece com o Recife?) |
Por Zé Carlos
No futuro continuarei a narrar o que vivi na América durante
quase três meses. Hoje apenas quero expressar minha alegria de voltar ao nosso
país. Dizem que tudo foi bem quando acaba bem, e, graças a Deus tudo está as mil
maravilhas. Pensando melhor, nem tudo...
E digo o porquê. É incrível, mas, quando lá estava fiquei
com saudade do calor dos nossos trópicos. Aqui chegando sinto falta do frio lá
do hemisfério norte. É a velha natureza humana querendo sempre mais e mais para
o seu bem-estar. Porém, é lastimável que não se tenha feito uma terra quadrada
que gerasse um clima médio entre as duas regiões. Saí de uma temperatura de -2
graus e cheguei com uma temperatura de
36 graus. Eu adoraria viver numa temperatura de 18, que era aquela que tínhamos
no inverno de Bom Conselho. Pelo que sei, pela falta de chuva e mudanças climáticas, este clima só na Serra de Santa Terezinha. Uma bela ideia.
Gostaria também de ter trazido para minha segunda pátria, o
Recife, a educação dos motoristas da cidade onde estava. Lá os carros se
respeitam e respeitam muito mais os pedestres, enquanto aqui, parece que quem
chega primeiro é o rei, e o pedestre que se exploda. Lá onde fiquei, eu andei
muito e observei o quanto somos respeitados andando em duas “patas” por aqueles que andam de quatro
rodas. E penso ter descoberto o óbvio: Quando isto acontece tudo anda mais
rápido. Eu soube por lá, e isto muito bem pode ser a verdade, que a educação
americana no trânsito não provêm de um maior nível de consciência individual, e
sim, do sistema eficiente de aplicação de normas para os infratores. Ou seja,
se alguém atropelar um pedestre ou se envolver em um acidente de trânsito, as
punições são rigorosas e exemplares. Lá não existe o nosso consagrado instituto
do “sabe com quem está falando?”, o
que nos deixa a sensação de estar na “rabeira”
do processo civilizatório.
Isto não quer dizer que não haja acidentes ou
atropelamentos. Tudo é um problema de estatística. A proporção lá é muito menor
do que aqui. E o mundo é movido mais por probabilidades do que por certezas, favorecendo,
neste aspecto, os americanos, ou, pelo menos os habitantes da cidade onde vivi
este período. E devo salientar que qualquer coisa que disser aqui sobre aquele
país é limitado pela minha visão parcial dele, pela sua extensão territorial e
diversidade cultural. São meros exercícios imaginativos para que alguns poucos
leitores, tirem suas ilações. Só espero não confundir a tromba com a cauda do
elefante.
Falando em estatística, eu já disse aqui que as ruas de lá
são mais limpas e cuidadas do que as de nosso Recife, por onde andei ontem e
parecem que não mudaram nada. Além do lixo que as habita, há obstáculos imensos
nas calçadas, enquanto o asfalto parecia bem cuidado para os automóveis.
Prosseguindo a comparação, enquanto lá na América, quem não tem carro tem uma
desvantagem danada, mas, pelo menos pode andar pelas calçadas, aqui isto está
ficando quase impossível. Estou relutando em não seguir os maus hábitos de
alguns em ter que pegar um carro e rodar quilômetros para ir andar num parque,
quando poderíamos, sem poluir o ambiente, andar pelas calçadas.
E aí, podem perguntar, e por que não vai de transporte
público? Isto é um tema interessante, mas, já está na hora de enfrentar os 35
graus de minha cidade, para manter a forma. Depois eu conto.
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