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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

De volta, até que enfim...



Pittsburgh - PA - USA  (Parece com o Recife?)


Por Zé Carlos

No futuro continuarei a narrar o que vivi na América durante quase três meses. Hoje apenas quero expressar minha alegria de voltar ao nosso país. Dizem que tudo foi bem quando acaba bem, e, graças a Deus tudo está as mil maravilhas. Pensando melhor, nem tudo...

E digo o porquê. É incrível, mas, quando lá estava fiquei com saudade do calor dos nossos trópicos. Aqui chegando sinto falta do frio lá do hemisfério norte. É a velha natureza humana querendo sempre mais e mais para o seu bem-estar. Porém, é lastimável que não se tenha feito uma terra quadrada que gerasse um clima médio entre as duas regiões. Saí de uma temperatura de -2 graus e cheguei  com uma temperatura de 36 graus. Eu adoraria viver numa temperatura de 18, que era aquela que tínhamos no inverno de Bom Conselho. Pelo que sei, pela falta de chuva e mudanças climáticas, este clima só na Serra de Santa Terezinha. Uma bela ideia.




Gostaria também de ter trazido para minha segunda pátria, o Recife, a educação dos motoristas da cidade onde estava. Lá os carros se respeitam e respeitam muito mais os pedestres, enquanto aqui, parece que quem chega primeiro é o rei, e o pedestre que se exploda. Lá onde fiquei, eu andei muito e observei o quanto somos respeitados andando em duas “patas” por aqueles que andam de quatro rodas. E penso ter descoberto o óbvio: Quando isto acontece tudo anda mais rápido. Eu soube por lá, e isto muito bem pode ser a verdade, que a educação americana no trânsito não provêm de um maior nível de consciência individual, e sim, do sistema eficiente de aplicação de normas para os infratores. Ou seja, se alguém atropelar um pedestre ou se envolver em um acidente de trânsito, as punições são rigorosas e exemplares. Lá não existe o nosso consagrado instituto do “sabe com quem está falando?”, o que nos deixa a sensação de estar na “rabeira” do processo civilizatório.


Isto não quer dizer que não haja acidentes ou atropelamentos. Tudo é um problema de estatística. A proporção lá é muito menor do que aqui. E o mundo é movido mais por probabilidades do que por certezas, favorecendo, neste aspecto, os americanos, ou, pelo menos os habitantes da cidade onde vivi este período. E devo salientar que qualquer coisa que disser aqui sobre aquele país é limitado pela minha visão parcial dele, pela sua extensão territorial e diversidade cultural. São meros exercícios imaginativos para que alguns poucos leitores, tirem suas ilações. Só espero não confundir a tromba com a cauda do elefante.


Falando em estatística, eu já disse aqui que as ruas de lá são mais limpas e cuidadas do que as de nosso Recife, por onde andei ontem e parecem que não mudaram nada. Além do lixo que as habita, há obstáculos imensos nas calçadas, enquanto o asfalto parecia bem cuidado para os automóveis. Prosseguindo a comparação, enquanto lá na América, quem não tem carro tem uma desvantagem danada, mas, pelo menos pode andar pelas calçadas, aqui isto está ficando quase impossível. Estou relutando em não seguir os maus hábitos de alguns em ter que pegar um carro e rodar quilômetros para ir andar num parque, quando poderíamos, sem poluir o ambiente, andar pelas calçadas.



E aí, podem perguntar, e por que não vai de transporte público? Isto é um tema interessante, mas, já está na hora de enfrentar os 35 graus de minha cidade, para manter a forma. Depois eu conto.

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