Por Luís de Camões (*)
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
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(*) Há exatos 2 anos A GAZETA DIGITAL, depois mais conhecida
como AGD, um Jornal de Bom Conselho, nascia com uma postagem com o conteúdo
acima. Não me lembro mais, além da beleza do soneto de Camões, se houve algum
motivo para ele ser escolhido. Hoje, como a laterna na popa, eu diria que o
tempo também é coisa que arde sem se ver.
Lá, naquele 29 de novembro de 2010, não sabíamos direito
para onde iríamos com a iniciativa dos que faziam a CIT Ltda, e que deixaram em
meu colo. Hoje também ainda ainda não sei ao certo. Apenas digo que foi um
prazer muito grande levar estas letras para nossa cidade, independente de
quantos nos leem ou de quem nos ler.
Olhei o reloginho lá embaixo e vi que, neste período, mais
de 210 mil acessos foram aqui perpetrados. Juro que foi um grande surpresa este
número, mas, mesmo que tivesse sido apenas 210 acessos teríamos continuado pelo
prazer de fazê-lo. Os patrocinadores do blog, que é a Sagrada Família (Jesus,
Maria e José) não se importam com o número de acessos. Eles são importantes por
eles próprios, como nosso blog (como diria minha mãe: “comparando má”). O que tenho medo é que tirem seu patrocínio devido
ao que é escrito nele certas horas e tenha que ir buscar reforço mundano.
Espero que isto não ocorra tão cedo. Pois amor é fogo que arde sem se ver, e eu
nem sinto ainda ferida nenhuma.
Obrigado a todos colaboradores e leitores.
(Zé Carlos e AGD)
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