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quarta-feira, 7 de novembro de 2012

A AGD na América - Deu Obama outra vez...





Por Zé Carlos

Ontem fui de encontro à programação normal da AGD, por ter encontrado um texto do Carlos Sena sobre o Walmir Soares que me tocou muito, independentemente dos aspectos políticos nele envolvidos. Eu até penso que, em vidas anteriores, se elas existiram, eu devo ter sido um político, e provavelmente no Brasil. Isto é o que eu pensava antes, quanto ao local, quando ontem me surpreendi indo dormir muito tarde esperando o resultado da eleição aqui na América.

Primeiro tenho que dizer e louvar a eficiência brasileira em termos de tecnologia eleitoral. Eu não teria perdido tanto tempo de sono. Mas, quem sabem um dia os americanos começam a importar nossa tecnologia, se já não o estão fazendo? Tenho certeza que se for do interesse deles e pela “praticidade” que impera neste país, eles comprarão nossas urnas eletrônicas brevemente e sem reclamar de “imperialismo” brasileiro.

E hoje, bem cedinho, já estou aqui outra vez procurando o resultado. Pelo que vejo na TV o Obama bate o Mitt por 303 x 206, sendo este um placar parcial, mas, como as regras aqui dizem que o candidato é eleito quando atinge 270 votos num Colégio Eleitoral, então, se tivéssemos tempo ainda voltaríamos a Washington para parabenizar o “african/american” Barack Obama.

O sistema eleitoral aqui é complicado, mas, igual ao complicado mercado livre, termina dando certo. Pelo que se diz na maior democracia do mundo as eleições não são decididas na base de “uma pessoa um voto”. Dizem que isto acontece por ter sido a Constituição americana escrita ainda numa fase em que havia o estigma do racismo e escravidão, onde tudo foi feito na base de que o voto de um negro valia apenas três quintos do de um branco. E mesmo para eleger um negro atualmente, eles não mudam sua Constituição. Foram apenas 17 emendas nos últimos 200 anos. Já a nossa, parece ter sofrido mais emendas do que o texto original.

Estavam esperando aqui que o Obama ganhasse as eleições no Colégio Eleitoral e o Mitt Romney ganhasse no voto popular. Pelo que estou vendo, isto, que é perfeitamente possível e aconteceu em 2000 na eleição do George Bush, não ocorreu este ano. Ou seja, Obama ganhou nas ruas e no “tapetão”. Se isto acontecesse, por ter sido a primeira vez que aconteceria com um candidato democrata, talvez houvesse mais iniciativa para mudar a constituição neste aspecto. Então, pensando assim perdeu-se a oportunidade. Porém, pensando melhor, por aqui a coisa funciona muito bem.

O que mais me impressionou, é que apesar do voto não ser obrigatório, a eleição ser num dia normal de trabalho, sem movimento de rua em termos de propaganda (existe, mas é mínimo), tem muita gente votando. Ontem, dia da eleição, saí com uma ideia na cabeça e um câmera na mão (não tive tempo de disponibilizar o filme e as fotos) procurando as seções eleitorais e constatei, em duas que visitei, que o movimento de eleitores era razoável. Mesmo, de fora, pois fui proibido de entrar no recinto, não sei se porque estava com uma câmera, ou se porque eu disse que era do Brasil, notei que havia entusiasmo na eleição, mostrando que os americanos votam com interesse deixando as complicações do modelo de lado.

Eu sei que não houve uma compensação perfeita por ter perdido as eleições aí no Brasil, mas, dizendo o que dizem por aí, “quem não tem cão caça com o gato”.  Aqui eu diria que quem não tem Dilma caça com o Obama. E termino pedindo perdão ao Zezinho de Caetés por adiar a publicação de um seu precioso texto, para dar lugar a estas mal traçadas linhas sobre as eleições americanas. E viva a democracia, mesmo complicada.

Um comentário:

  1. Prezado Zé Carlos,

    EU VEJO A TECNOLOGIA ELEITORAL BRASILEIRA POR UM ÂNGULO TOTALMENTE DIFERENTE DO SEU. ESSE MECANISMO DE OFERECER O RESULTADO DA ELEIÇÃO EM POUCO MAIS DE DUAS HORAS DE SEU TÉRMINO, NA MINHA INSANA MENTE É COISA DE POVO TERCEIRO MUNDISTA. ISSO É UMA PROVA MAIOR QUE O ESTADO DESCONFIA DO CIDADÃO. OU SEJA, DEFUNTO VOTA, VOCÊ VOTA DUAS VEZES E ASSIM POR DIANTE. NUMA SOCIEDADE DE CIDADÃOS E CIDADÃS HONESTOS, ISSO SERIA CASO DE POLÍCIA: O ESTADO NÃO DEVE DESCONFIAR DO CIDADÃO, MUITO PELO CONTRÁRIO, O CIDADÃO É QUEM DEVE DESCONFIAR DO ESTADO!!!

    P.S.: - Pergunto-lhe(SEM PRECISAR RESPONDER), qual a razão dos países europeus NÃO importar essa "EXCELENTE" tecnologia brasileira, héin?!?!?! Só quem adere a esse tipo de desrespeito ao cidadadão honesto são os países da América "LATRINA", como Venezuela Equador e outras republiquetas de Banânia que tem um povo tão sacana e picareta quanto o brasileiro!!!

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