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terça-feira, 27 de novembro de 2012

O Bebê de Rosemary e um novo verbo: Lular




O título acima me veio à cabeça depois de ter lido o texto que abaixo transcrevo do Blog do Noblat e também de sua autoria, que em seu título pergunta: “Enganado de novo?”. Todos da minha idade lembram de um filme de Roman Polanski, da década de 60, de puro terror onde uma jovem dava à luz de bebê que era o demônio, o tinhoso, o capeta, chamado de O Bebê de Rosemary. Por isso o meu título.

No texto ele fala do novo escândalo em que o Lula está envolvido, e que em seu centro está uma sua secretária chamada Rosemary de Noronha, que estava envolvida até o pescoço e já quase se afogando em maracutaias, e foi pega pela Polícia Federal com a boca na botija. E já avisou, depois de ligar para o bandido José Dirceu, que não lhe deu ajuda, que não vai cair sozinha, deixando o PT em polvorosa, pois o iceberg pode se apresentar por completo, em vez de só sua ponta que foi a Ação Penal 470.

É melhor vocês lerem o texto e eu voltarei lá embaixo, esperando que vocês não tenham morrido de vergonha, quase como eu, de um dia terem votado para que um filme de terror fosse rodado aqui no Brasil, nesta época lulo/petista.

“Ao se convencer que o Supremo Tribunal Federal seria duro com os réus do mensalão e despacharia para a cadeia cabeças coroadas do seu governo, Lula observou outro dia numa roda de amigos: "Não serão juízes que escreverão o último capítulo da minha biografia, mas o povo".

A memória coletiva é falha. Não costuma guardar frases longas.

Lula poderia ter dito algo do tipo: "A História me absolverá".

Foi Fidel Castro quem disse em 1953 depois da tentativa malsucedida de assaltar o quartel de Moncada na província de Santiago de Cuba.

Como advogado, e ótimo orador, fez questão de se defender no tribunal. Aí cometeu a frase.

Não sei se a História absolverá Fidel.

No caso de Lula é ainda cedo para prever quem escreverá o último capítulo de sua biografia. Só digo para não confiar muito no povo.

Em 1960, por exemplo, Jânio Quadros se elegeu presidente com uma votação recorde. Renunciou com sete meses de governo. Imaginou voltar ao poder nos braços do povo.

Desconfiado, o povo não se mexeu.

Na véspera de tomar posse em 1985, o presidente Tancredo Neves baixou hospital. Viveu apenas mais 39 dias para ser operado sete vezes.

Foi uma comoção.

Um ano depois, pouca gente ainda o citava.

Lula só terá a chance de ver o povo escrever o último capítulo de sua biografia se for de novo candidato a presidente. Do contrário, o mensalão ficará para sempre como o desfecho de uma trajetória - toda ela - excepcional.

Quem diria que um fugitivo da miséria do Nordeste, um ex-torneiro mecânico semianalfabeto, governaria o Brasil duas vezes? E elegeria seu sucessor?

Quem diria que o partido dele, dono do discurso da ética e da honradez, patrocinaria um dia o maior escândalo de corrupção da história recente do país?

É patética a reação de alguns dos condenados do PT às decisões tomadas pelos ministros do Supremo. Sugerem que os ministros trocaram de lado se unindo aos conservadores e reacionários.

Culpam a imprensa por isso. (Jamais em parte alguma vi uma imprensa tão poderosa...).

E incitam os chamados "movimentos sociais", movidos a dinheiro público, a promover o "julgamento do julgamento".

Voltaremos à época dos júris estudantis simulados? Se voltarmos estarei dentro!

Os mensaleiros foram sentenciados por uma larga maioria de ministros que Lula e Dilma escolheram.

A imprensa é livre para defender seus pontos de vista, embora seja falsa a ideia de que atua em bloco cobrando a condenação dos réus. Até porque a maior fatia dela é chapa branca, sempre foi e sempre será.

Como não tem independência financeira não pode sequer fingir que tem independência editorial.

Por esperteza e sensatez, Lula aguarda em silêncio o fim do julgamento. Deveria se sentir obrigado a comentá-lo mais tarde.

Não é possível que nada tenha a dizer sobre a condenação daquele a quem chamou um dia de "o capitão do time" - José Dirceu. E sobre o pedido de desculpas que ele próprio apresentou aos brasileiros quando se disse traído e apunhalado pelas costas.

Admite que o Supremo identificou os traidores?

Se responder que não é porque sabe quem o traiu.

Que tal aproveitar a ocasião e explicar o que o levou a avalizar para cargos importantes do governo nomes indicados por Rosemary de Noronha, secretária de Dirceu durante mais de 10 anos?

Ao herdar Rosemary, Lula a promoveu a chefe de gabinete da presidência da República no escritório de São Paulo. Sempre que viajava ao exterior, Rosemary o acompanhava.

Pois bem: na semana passada, a Polícia Federal prendeu seis pessoas e indiciou mais 12, acusadas de fraudarem pareceres em agências e órgãos federais.

Acusada de corrupção ativa, Rosemary faz parte do grupo, e mais dois irmãos que ela empregou no governo. A nomeação de um deles foi recusada duas vezes pelo Senado em dezembro de 2009.

Lula forçou a mão e no ano seguinte a nomeação foi votada pela terceira vez. Finalmente saiu.

Por que tanto empenho para atender um pedido de Rosemary?

Enganado de novo, Lula?

Sei.

Seja pelo menos original. Não fale em traição. Nem em apunhalamento pelas costas.”

Vejam quanto desfaçatez circunda o meu conterrâneo. Enquanto a verdade é que ele é quem apunhalou , enganou e ainda engana o povo brasileiro, agora vem falar que foi apunhalado. E é com este currículo que ele agora faz política para ver se consegue ser um Prêmio Nobel da Paz. Seria uma desmoralização para o prêmio, embora o Lula ficasse mais rico. Ele seria um candidato certo a um Prêmio Nobel de Corrupção, para o qual o Zé Dirceu anda correndo o país para defender sua indicação.

Não poderíamos esperar outra coisa dele. E veio a calhar um imeio que me foi repassado pela Lucinha, cujo texto, penso eu, não é verdadeiro ainda, mas, que sabe o será um dia, e muito breve? Lembram do verbo “malufar”? Pois agora os dicionários já trazem, segundo o imeio, um quase sinônimo deste verbete:

Lular:  Verbo totalmente irregular de estranha conjugação;1. Ocultar ou encobrir com astúcia e safadeza; 2. Disfarçar com a maior cara de pau e cinismo;  3. Não dar a perceber, apesar de ululantes e genuínas evidências; 4. Mentir;  5. Fingir, simular inocência angelical;  6. Usar de dissimulação; 7. Proceder com fingimento;  8. Hipocrisia;  9. Ocultar-se, esconder-se, fugir da responsabilidade;   10. Tirar da reta, atingindo sempre o amigo mais próximo, sem dó nem piedade (antes ele do que eu);  11. Encobrir, disfarçar, negar sem olhar para as câmeras e nos olhos das pessoas;  12. Fraudar, iludir;   13. Afirmar coisa que sabe ser contrária à verdade, acreditar que os fins justificam os meios; 14. Voar com dinheiro alheio.

Então em mais este episódio sujo (e vem outros, aguardem), o meu conterrâneo apenas lulou novamente. Até quando aguentaremos as luladas do Lula? 

Um comentário:

  1. Pois é, até quando? Será que o povo é cego, surdo, mudo? Até quando vamos conviver com essas maracutaias, que estão descendo de nível cada dia que passa? Agora envolve até uma "amiga", envolve dinheiro para comprar armário, para pagar operação. Pelo amor de DEUS, vamos votar com mais consciência.

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