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quinta-feira, 14 de julho de 2011

O labirinto da presidenta




Por Zezinho de Caetés

Quem diria que em apenas 6 meses a presidenta se visse refém da chamada base aliada. E refém no mau sentido. Da chantagem, do sabe com que está falando? do agora quero ver se você é homem, e outras atitudes típicas da política brasileira.

A megalomania do meu conterrâneo Lula, se não conseguiu levar o Brasil para o buraco em seu governo, fatalmente o fará no governo de sua pupila. Os sonhos de país potência, de país que não é mais do futuro, de nação desenvolvida, tão incutidos pela propaganda vexaminosa do PT nos últimos tempos, agora está dando com os burros n’água, com todas as suas consequências.

A ideia passada pela malta de país rico, que seria capaz de acabar com a miséria e ainda proporcionar ao seu povo a realização de uma Copa do Mundo, bateu de frente com a falta de estádios, estradas, portos e aeroportos. Em sua tentativa de driblar a situação que pode ser vergonhosa para o nosso país, resolveu aderiu ao processo de privatização que tanto criticou no passado para cometer mais um estelionato eleitoral, dos tantos que já assistimos nesta terra.

Desde o primeiro governo Lula que não há uma definição clara de prioridades neste país. E isto ocorreu por um motivo simples: o meu conterrâneo nunca teve outra prioridade a não ser aquela de continuar inflando o seu ego pelos elogios dos apaniguados. Agora, sua pupila, a presidenta, está recebendo o troco disto tudo, e nem pode dizer nada, pois ela sempre fez parte do esquema.

Ontem vi no Blog do Augusto Nunes as enroladas em que se meteram tanto a Dilma quanto o antecessor, onde ele mostra a corda bamba em que ela tenta se equilibrar com a camarilha que tanto gozou as delícias deste governo, que segundo Lula, nunca na história deste país houve um mais honesto e sério. Me engana que eu gosto e gosto tanto que nem volto mais. Fiquem com o jornalista:

“Luiz Antônio Pagot é uma bomba com alto poder destrutivo, comprovou o  artigo do jornalista Ricardo Noblat publicado na seção Feira Livre. O detonador não foi acionado durante o depoimento no Senado nesta terça-feira. Mas o petardo não foi desativado, avisam os recados em código embutidos no falatório de cinco horas. Demitido há 10 dias pelo então ministro Alfredo Nascimento, por ordem da presidente Dilma Rousseff, Pagot ignorou o comunicado verbal e avisou que estava saindo de férias. Aos senadores, lembrou mais de uma vez que continua na direção geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Pretende voltar ao trabalho dia 21.

“Se nada for provado contra ele durante as férias, acho que a presidente  deveria mantê-lo no cargo”, emendou o senador Blairo Maggi, do PR mato-grossense, que apadrinhou a nomeação de Pagot para o comando do DNIT. A pedido do Planalto, Blairo reuniu-se no fim de semana com o afilhado para negociar o tom e o conteúdo do depoimento. Pela brandura da performance, alguma compensação de bom tamanho foi prometida ao colecionador de licitações bandidas.

Dilma começou a retirar-se do Ministério dos Transportes ao aceitar que o PR continuasse controlando a usina de licitações espertas, contratos superfaturados e propinas milionárias. Se revogar uma decisão irrevogável e reinstalar no cargo o chantagista (ou fizer-lhe qualquer tipo de afago), terá renunciado no sétimo mês do mandato ao exercício efetivo da chefia de governo. Se resistir aos vigaristas arrogantes e formalizar a demissão do pecador, estará exposta a uma sequência de detonações sem prazo para começar, mas semelhantes às que escancararam o mensalão do governo Lula.

O pântano que começa no Ministério dos Transportes vai muito além do clube dos cafajestes disfarçado de Partido da República e se aproxima perigosamente dos porões onde agiram os coletores de contribuições financeiras para a campanha presidencial de 2010. Além dos quadrilheiros do PR, ali chafurdam figurões alugados, chefões do PT que caíram na vida, cardeais devassos do Congresso e prontuários promovidos a ministros de Estado.

O diretor-geral do DNIT conhece todas as tribos que prosperam no pântano. Sabe quem são e o que fizeram caciques e índios. A reedição mal paginada de Roberto Jefferson talvez seja menos letal que a matriz. Mas Dilma é bem mais frágil que Lula. Tudo somado, Pagot tem bala na agulha para, caso a cólera supere o instinto de sobrevivência, desencadear o que pode transformar-se no mensalão do governo Dilma.

Capitular ou desistir? Ambas de altíssimo risco, as opções oferecidas a Dilma confirmam que a sucessora foi confrontada muito mais cedo do que se imaginava com o monstro nascido e criado na Era Lula. Primeiro como ministra cinco estrelas, depois como parteira do Brasil Maravilha concebido pelo padrinho, a afilhada predileta passou oito anos ajudando a consolidar o mais abjeto componente da verdadeira herança maldita: a institucionalização da impunidade dos bandidos de estimação.

Muitas vezes como cúmplice, outras tantas como protagonista, Dilma acumulou registros na folha corrida que não lhe permitem hastear a bandeira da moralidade sem ficar ruborizada. Contrariados, os parceiros de alianças forjadas no esgoto da política brasileira saberão ressuscitar histórias muito mal contadas e delinquências amplamente comprovadas. Na primeira categoria figuram dossiês criminosos ou conversas com Lina Vieira. A segunda é dominada pelas patifarias cometidas por Erenice Guerra e seus filhotes.
Ninguém promove uma Erenice a melhor amiga sem se expor a ferimentos morais que não cicatrizam. Ninguém escapa de companhia tão repulsiva sem pecados a esconder e sem cadáveres trancados no armário. Até o desbaratamento da quadrilha doméstica, antes que aparecessem as muitas provas contundentes da ladroagem, Dilma posou de vítima da boa fé. A farsa foi demolida pela foto em que, no dia da posse, a presidente confraterniza com a quadrilheira condecorada com um convite especial.

Hoje refém de aliados fora-da-lei, Dilma é também prisioneira da própria biografia. O Brasil é governado por uma presidente em seu labirinto.”

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