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quinta-feira, 28 de julho de 2011

ANONIMATO (Textos I)




Por Zé Carlos

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“Anonimato

 Uma condição em que a verdadeira identidade de um indivíduo é desconhecida.”

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“Pseudônimos: essa é fácil, é o famoso “nick" da internet. Nomes que você escolhe, se intitula, escreve quando, não quer que lhe reconheçam, e por aí vai...”

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Por que Usas Pseudônimo?

Por que és poeta em segredo?
Por que revelar a alma (você) tens medo?
Para ser mais atraente?
Para parecer outra gente?
Talvez mais livre sentir...
Talvez ser mais fácil o coração abrir...

Seja qual for a razão
Medo, receio, mais liberdade, mais atração
Não importa!
Desde que escreva e alivie o coração.

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“Anônimos: Dentro da linha da pergunta do Fórum, é quando você quer dar uma esculhambada em alguém, e não quer assumir por vários motivos e razões (explo. o boçal de seu chefe). Ou mesmo fazer um auto-elogio, cai bem um pseudônimo ou um anônimo no seu comentário.
Tranquilo! Até agora, mas “prepare seu coração”:

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“Heterônimos. Com a palavra o Aurélio meu pai: heterônimo (èt) [De heter(o)- + -ônimo.]
Adjetivo.
1.Diz-se de autor que publica um livro sob o nome verdadeiro de outra pessoa.
2.Diz-se de produção literária publicada sob o nome de outra pessoa que não o autor.”

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“Cerebral e retraído, inimigo da expansão ingênua, Fernando Pessoa concebeu o projeto de se ocultar na criação voluntária, fingindo indivíduos independentes dele — os heterônimos —, e inculcando-os como produtos dum imperativo alheio à sua vontade” (Jacinto do Prado Coelho, Diversidade e Unidade em Fernando Pessoa, p. 9). [Na última acepç., a palavra parece haver começado a circular após o surgimento de Fernando Pessoa (1888-1935), grande poeta português, que, além de usar o próprio nome em diversas produções, muitas assinou com os nomes Álvaro de Campos, Alberto Caeiro, Ricardo Reis, e outros, poetas, cada um destes, de características bem individuais, tanto nos meios expressivos quanto na substância, e até com biografias, curiosamente inventadas por Fernando Pessoa. Nessa diferença de características entre as obras das criaturas e as do criador é que reside a distinção entre o heterônimo e o pseudônimo.”

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“Ortônimos: Esse criador literário, segundo o dicionário Aurélio seria: o “Nome correto; nome verdadeiro, real”. “O ortônimo de Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis é Fernando Pessoa. ”

Vai começar o famoso nó dos neurônios:
Fernando Pessoa, nunca se assumiu como o autor, ou criador dos heterônimos.
Fernando Pessoa colocava que ele Fernando Pessoa era TAMBÉM UM HETERÔNIMO. 

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De quem seriam estes versos?

“Não meu. Não meu é quanto escrevo, a quem devo?
De quem sou arauto nato?
Porque enganado
Julguei ser eu o que era meu
Que outro mo deu? “

“Não sou eu quem escrevo. Eu sou a tela
E oculta mão alguém coloca em mim.”

“ Que tudo isso é pensamento,
Que não senti, afinal.
Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra que é pensada”

“Vivem em nós inúmeros
Se penso ou sinto, ignoro
Quem é que pensa e sente.
Sou somente o lugar
Onde se sente ou pensa.”

“Serei eu, porque nada é impossível
vários trazidos de outros mundos, e
No mesmo ponto espacial sensível
Que sou eu, sendo eu por estar aqui?”

“Entre mim e o que em mim
É o que eu suponho
Corre um rio sem fim...”

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(Continua na próxima postagem)

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