BOM CONSELHO - PE |
Por José Antonio Taveira Belo / Zetinho
O dia amanheceu com o sol tímido e uma ventania aguçava a frieza da noite chuvosa do dia anterior. As plantas ainda com alguns pingos da chuva da madrugada irradiavam a beleza da natureza. O beija flor voava e pairava no ar com as suas multicores e uma borboleta amare com pintas pretas beijando com carinho as flores.
Como era domingo, a calmaria desta manhã se fez presente. Penso dar uma volta no Alto da Sé e participar da Celebração da Santa Missa na Catedral, mais algumas nuvens escuras ainda perduravam no firmamento, e assim fez-me desistir desta idéia. Mais tarde a minha idéia era falha, pois o sol permaneceu firme. Fui até o terreiro apanhei o Jornal Diário de Pernambuco, jogado por cima do muro pelo gazeteiro.
Ao folhear deparei-me com o Suplemento Publicitário, o encarte do jornal neste dia 26/06/2011, circulou versando sobre A REGIÃO TURISTICA CRENÇA E ARTE no qual trouxe uma reportagem sobre as regiões turísticas do nosso Estado, incluindo neste roteiro a nossa querida cidade de BOM CONSELHO, apresentando como o cartão postal a bela imagem da MATRIZ DA SAGRADA FAMÍLIA.
A euforia tomou conta de mim, naquele momento, li e reli o texto sobre a trilha turística que tem a nossa cidade de Bom Conselho, texto de Carolina Leão e dos editores Danielle Romani e Sebastião Araújo da equipe do Diário.
Vejamos o que diz a reportagem.
“REVELANDO PERNAMBUCO
EM CADA CANTO, UM NOVO ENCANTO
Muita história, tradição, arte e religiosidade serão encontradas nessas duas regiões fascinantes, que mostram muito da beleza e da peculiaridade cultural 100% pernambucanas.
Manifestações centenárias como os
aboiadores e os contos de “incelência”,
ainda podem ser vista
no Município
TRADIÇÕES SECULARES
Na fronteira com o Estado de Alagoas chegamos a Bom Conselho, cidade de clima ameno, a 279 km da capital. Bem localizado no Agreste Meridional, entre o Sertão e a Zona da Mata, o município destaca-se por sua rica cultura popular e sentimento religioso. Diversas manifestações populares, como reisados, pastoris, cocos de roda, entre muitas outras, garantem o clima de festa que marca a identidade da cidade durante o ano.
Tradições seculares, como o canto dos aboiadores e as cantadeiras de “incelência”, ainda são vistas em Bom Conselho. Os aboiadores entoam cantos que conduzem o gado pelos pastos. Já as cantadeiras de “incelência” se caracterizam por um canto ritmado que presta louvor aos mortos nos dias de funerais. A tradição religiosa, aliás, marca fortemente seu artesanato, a exemplo dos santeiros em arte barroca erudita, e outros materiais como madeira, pedra, cerâmica, vidro e vitrais.
No São João, as quadrilhas e arraiais de forró animam o calendário do município, também mercado por procissões e festas religiosas em homenagem à padroeira Nossa Senhora do Bom Conselho, a São Sebastião, Santo Antonio e Santa Terezinha. Banda de pífanos e ternos de zabumba integra o repertório das festas. De dezembro janeiro, é a vez da Folia dos Reis, dos pastoris e reisados. A cidade reserva, ainda, folguedos como a tradicional cavalhada, de origem portuguesa, o samba trocado e a dança do quilombo. Como se vê Bom Conselho herdou a multiculturalidade da colonização.
E ostenta um dos recursos hídricos mais expressivos da região Na cachoeira do Pinto, a 21 km da cidade, encontramos uma boa amostra da vegetação da caatinga, com arbustos e arvoredos espaçados. Em suas formações rochosas, escoam águas e caldeirões oriundos de erosões fluviais. Quando a chuva é forte, entre maio e setembro, a cachoeira se divide em duas: uma com uma grande queda de aproximadamente 10 m e outra com quatro quedas de aproximadamente 3 m cada. Piscinas naturais se formam em sue entorno, onde ocorre a pesca artesanal nos períodos chuvosos.
Grutas e cavernas também marcam a paisagem em Bom Conselho. Na Fazenda Encantado, com 15 m de largura e apenas 3 m de altura. Localizada num afloramento rochoso, ela se apresenta em forma de túnel com apenas uma entrada. Na Fazenda Caixa d’água, a atração é o Buraco do Bulandi ou Caverna dos Flamengos. O nome vem da tradição local de que foram os holandeses que a escavaram durante a Insurreição Pernambucana.
279 km de distância da capital / 45 mil habitantes / 792 km2 de área territorial.
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Como se vê a nossa cidade tem um potencial muito grande para desenvolver na região o seu turismo interno, apenas necessita de um trabalho duradouro e consistente para que em médio prazo possamos obter os primeiros resultados positivos.
O que é necessário para que isto aconteça? Apenas vontade política junto com a comunidade, dotando Bom Conselho de uma infra-estrutura capaz de fazer com o que o visitante seja atraído, com uma rede hoteleira capaz de absorver o turista, com hotéis, bons restaurantes, calendário de eventos e divulgação da nossa cidade nos meios de comunicação, apenas isto.
A meu ver, a criação de uma Secretaria de Turismo pelo Município, seria de bom alvitre, pois resolveria de maneira eficaz este trabalho.
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