Em manutenção!!!

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

A semana - Evacuaram o Congresso e evacuaram no povo


Congresso Nacional: Gravata na velhinha.


Por Zé Carlos

A semana que passou foi a primeira do mês de dezembro. O Natal chegou prá valer. E o presente maior foi dado a Dilma Roussef pelo Congresso. Sim, a ela mesma, nossa maior colaboradora e com presença garantida por mais quatro anos aqui nesta humilde coluna. Embora, se todas as denúncias feitas até agora contra o PT, no caso da Petrobrás, mesmo ela tendo apenas 1% da culpa, e se nossa Justiça for mais célere do que o normal, infelizmente, ela poderá não estar presente, pelo menos no mesmo emprego.

E vejam bem, meus caros 7 leitores, esta semana ela quase não apareceu, e quando o fez, como mostra o filme do UOL transcrito lá embaixo, estava de óculos, talvez porque não tinha colírio. Ela atuou apenas nos bastidores e quem nos fez rir foram os nossos congressistas. Imaginem que o Congresso, reunido por mais de 18 horas, aprovou uma norma que livra a presidenta de ter praticado um crime. Ou seja, o Brasil está se especializando em acabar com os crimes a partir de decretos. O problema não é só acabar o crime, mas, sim qual é o crime. Por exemplo, hoje, não é mais crime a mulher botar chifre no marido e nem uma filha desobedecer os pais. No entanto, gastar o dinheiro público de forma descontrolada deveria continuar sendo um crime. Depois da decisão do Congresso, se for realmente em frente, isto não será mais crime. Coitadinho do dinheiro público.

Estão rindo? Pensam que estou brincando? Não meus senhores. Foi tudo verdade. E, contenham seu riso por um momento porque tem mais piada envolvendo o episódio. A Dilma, talvez, um pouco sem segurança no seu taco, usou um bastão de beisebol para convencer sua base aliada a não fazer marola. Baixou um decreto que dizia, textualmente, que se os parlamentares não votassem a favor dela, adeus o nosso dinheirinho que vai para as emendas parlamentares, que nada mais é do que a mesada recebida pelos congressistas para gastarem no final de semana. Não deu outra. Quem quer perder sua mesada? E deu no que deu.

Veja o filme abaixo e vejam o que é um parlamento organizado para comédia, e ao qual eu agradeço por aumentar a audiência desta coluna. Vejam que o Renan foi a estrela do dia e da noite. Ele mandou e desmandou na festa. Mandou até evacuar as galerias, enquanto as galerias evacuavam nos deputados. O filme não mostra, mas, eu li em algum lugar que as galerias gritavam para uma deputada: “Vai prá Cuba!”, e ela interpretou isto como: “Vagabunda!”. Que injustiça com o Fidel, dizer que mandar ir para Cuba é chamar de vagabundo. Será?

Por falar em evacuar, o Aécio disse que a Dilma deixou o congresso de cócoras, porque colocou um preço para cada deputado pelo decreto acima mencionado que ameaçava retirar a mesada de cada um. Neste caso eu acho que ele está certo: O Congresso evacuou em nossas cabeças. Mas, não houve jeito, as galerias foram evacuadas, e o povo foi evacuar lá fora, mesmo levando porrada da polícia legislativa. Não respeitaram nem os idosos. Eu me senti muito mal com isto, e agora fico longe do Congresso Nacional. Vai que eu leve um “gravata” como deram na velhinha?

E, vocês verão no filme, chocalharam o caro do Sarney. Pelo jeito, só não o viraram pelo peso dos anos. Ou terá sido pelo peso dos malfeitos? Eu o vi zanzando pela sessão do Congresso aqui abordada. Parecia um zumbi, pois ninguém ligava para ele, pois sabem que, se a votação fosse secreta ele votaria em Aécio outra vez.

O filme também toca na questão dos trens de São Paulo, nos quais estive andando durante quase um mês recentemente. Pelo menos lá, no metrô, ônibus e trens, a prioridade dos idosos é respeitada e eu usei e abusei dos meus direitos. No entanto, o filme nos poupou de morrer de rir, o que aconteceria se o Alckmin e o Serra dissessem que “não sabiam”, querendo tomar o lugar de Lula e Dilma aqui nesta coluna. Seria demais para meu estômago, já revirado com os últimos acontecimentos.

Agora fiquem com o roteiro dos produtores do filme do UOL e depois vejam o filme, no qual, até o Lobão aparece dando conselhos políticos. Realmente, no Brasil na política, o riso abunda.

“A semana foi quente em Brasília. No Congresso, o governo enfrentou dificuldades para votar a mudança na meta de economia para o pagamento de juros da dívida. Foram dias e noites de tumulto nas galerias, no plenário e na portaria. O cantor Lobão apareceu por lá e aumentou a agitação. Os escândalos da Petrobras e do cartel dos trens em São Paulo tiveram novos capítulos.”


Nenhum comentário:

Postar um comentário