Por Zé Carlos
A semana que passou foi a primeira do mês de dezembro. O
Natal chegou prá valer. E o presente maior foi dado a Dilma Roussef pelo
Congresso. Sim, a ela mesma, nossa maior colaboradora e com presença garantida
por mais quatro anos aqui nesta humilde coluna. Embora, se todas as denúncias
feitas até agora contra o PT, no caso da Petrobrás, mesmo ela tendo apenas 1%
da culpa, e se nossa Justiça for mais célere do que o normal, infelizmente, ela
poderá não estar presente, pelo menos no mesmo emprego.
E vejam bem, meus caros 7 leitores, esta semana ela quase
não apareceu, e quando o fez, como mostra o filme do UOL transcrito lá embaixo,
estava de óculos, talvez porque não tinha colírio. Ela atuou apenas nos
bastidores e quem nos fez rir foram os nossos congressistas. Imaginem que o
Congresso, reunido por mais de 18 horas, aprovou uma norma que livra a
presidenta de ter praticado um crime. Ou seja, o Brasil está se especializando
em acabar com os crimes a partir de decretos. O problema não é só acabar o
crime, mas, sim qual é o crime. Por exemplo, hoje, não é mais crime a mulher
botar chifre no marido e nem uma filha desobedecer os pais. No entanto, gastar
o dinheiro público de forma descontrolada deveria continuar sendo um crime.
Depois da decisão do Congresso, se for realmente em frente, isto não será mais
crime. Coitadinho do dinheiro público.
Estão rindo? Pensam que estou brincando? Não meus senhores.
Foi tudo verdade. E, contenham seu riso por um momento porque tem mais piada
envolvendo o episódio. A Dilma, talvez, um pouco sem segurança no seu taco,
usou um bastão de beisebol para convencer sua base aliada a não fazer marola.
Baixou um decreto que dizia, textualmente, que se os parlamentares não votassem
a favor dela, adeus o nosso dinheirinho que vai para as emendas parlamentares,
que nada mais é do que a mesada recebida pelos congressistas para gastarem no
final de semana. Não deu outra. Quem quer perder sua mesada? E deu no que deu.
Veja o filme abaixo e vejam o que é um parlamento organizado
para comédia, e ao qual eu agradeço por aumentar a audiência desta coluna. Vejam
que o Renan foi a estrela do dia e da noite. Ele mandou e desmandou na festa.
Mandou até evacuar as galerias, enquanto as galerias evacuavam nos deputados. O
filme não mostra, mas, eu li em algum lugar que as galerias gritavam para uma
deputada: “Vai prá Cuba!”, e ela
interpretou isto como: “Vagabunda!”.
Que injustiça com o Fidel, dizer que mandar ir para Cuba é chamar de vagabundo.
Será?
Por falar em evacuar, o Aécio disse que a Dilma deixou o
congresso de cócoras, porque colocou um preço para cada deputado pelo decreto
acima mencionado que ameaçava retirar a mesada de cada um. Neste caso eu acho
que ele está certo: O Congresso evacuou em nossas cabeças. Mas, não houve
jeito, as galerias foram evacuadas, e o povo foi evacuar lá fora, mesmo levando
porrada da polícia legislativa. Não respeitaram nem os idosos. Eu me senti
muito mal com isto, e agora fico longe do Congresso Nacional. Vai que eu leve
um “gravata” como deram na velhinha?
E, vocês verão no filme, chocalharam o caro do Sarney. Pelo
jeito, só não o viraram pelo peso dos anos. Ou terá sido pelo peso dos
malfeitos? Eu o vi zanzando pela sessão do Congresso aqui abordada. Parecia um
zumbi, pois ninguém ligava para ele, pois sabem que, se a votação fosse secreta
ele votaria em Aécio outra vez.
O filme também toca na questão dos trens de São Paulo, nos
quais estive andando durante quase um mês recentemente. Pelo menos lá, no
metrô, ônibus e trens, a prioridade dos idosos é respeitada e eu usei e abusei
dos meus direitos. No entanto, o filme nos poupou de morrer de rir, o que
aconteceria se o Alckmin e o Serra dissessem que “não sabiam”, querendo tomar o lugar de Lula e Dilma aqui nesta coluna.
Seria demais para meu estômago, já revirado com os últimos acontecimentos.
Agora fiquem com o roteiro dos produtores do filme do UOL e
depois vejam o filme, no qual, até o Lobão aparece dando conselhos políticos.
Realmente, no Brasil na política, o riso abunda.
“A semana foi quente
em Brasília. No Congresso, o governo enfrentou dificuldades para votar a
mudança na meta de economia para o pagamento de juros da dívida. Foram dias e
noites de tumulto nas galerias, no plenário e na portaria. O cantor Lobão
apareceu por lá e aumentou a agitação. Os escândalos da Petrobras e do cartel
dos trens em São Paulo tiveram novos capítulos.”
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