Por Zezinho de Caetés
Quando eu li o texto que transcrevo abaixo, lembrei de uma
amiga que faz tempo que não vejo: A Lucinha Peixoto. Menos por ela e mais pelos
autores que ela gostava de comentar, e a
Mary Zaidan, a autora do texto, era uma de suas preferidas. A Lucinha era a
prolixidade em pessoa, mas, aqueles escritores que ela citava, não. E a Mary
foi de uma precisão cirúrgica no texto que se segue lá embaixo.
Começa pelo seu título (“Ao diabo não se diz amém”) que, quando o li pensei logo que ela
iria criticar os eleitores por ter votado na representante do diabo no Brasil
que é a Dilma. Afinal de contas, ela disse que para ganhar as eleições construiria
até um capeta. Mas, não é disso que trata o texto da Mary Zadan.
Ela aborda a tentativa do governo Dilma, de, depois de usar
de todos os expedientes para ganhar a eleição, agora ela quer que o Congresso
aja para justificar os crimes que seu governo cometeu à economia brasileira.
Todos sabemos que as contas públicas chegaram ao fundo do poço e os próprios
petistas estão descobrindo que o poço não tem fundo. E isto é crime de
responsabilidade desde a Lei de Responsabilidade Fiscal, que é do tempo dos
tucanos e foi muito mais importante para o Brasil do que o próprio Plano Real.
E a pergunta feita no texto abaixo, e sua resposta que virá
logo, logo, mostrará se o nosso Congresso ainda tem alguma lisura para dizer
não, ou vai se avacalhar de vez no toma lá, dá cá que reinou nestes últimos 12
anos. Se, nossos congressistas aprovarem tal coisa, só resta mandar-lhes todos
para “o diabo que os carregue”.
Afinal de contas eles estarão mandando o Brasil para o inferno.
Fiquem com o texto da Mary e vejam e reflitam até onde
iremos se o Dilmo/Lulo/Petismo continuar dando as cartas por aqui.
“Não é a primeira e por certo não será a última vez que o governo Dilma
Rousseff transfere para outros a tarefa de corrigir os males provocados por um
dever de casa que ela não fez. Mas nunca antes da história deste país um
governo foi tão longe: quer aprovar uma lei para descumprir a lei.
A proposta de flexibilizar a meta fiscal enviada ao Congresso Nacional
é obscena sob qualquer ótica.
Dilma gastou muito mais do que arrecadou por meses a fio. Passou a
campanha eleitoral inteira mentindo que a economia ia bem, tratando qualquer
crítica como mau-agouro de gente que torce pelo quanto pior, melhor.
A menos de dois meses do fim do ano, a recém-reeleita se vê forçada a
confessar que não tem saldo para fechar as contas. Sugere mudar as regras do
jogo pertinho do apito final, exigindo que o Congresso limpe a sua lambança.
Mais: pede arrego com a marca registrada da arrogância.
Nem Dilma nem os seus admitem qualquer erro na condução da política
econômica. Ao contrário. Publicamente, ela faz pouco caso do tema: “Dos 20
países do G-20, 17 estão hoje numa situação de ter déficit fiscal”, disse em
Catar, antes de seguir para a Austrália para o encontro dos 20 ricos que ela
afirma estarem mais debilitados do que o Brasil.
Se assim fosse, por que então inventar uma lei de última hora para
pintar de azul o vermelhão das contas públicas?
Na sexta-feira, em entrevista à jornalista Míriam Leitão, o ministro da
Casa Civil, Aloízio Mercadante, ultrapassou todos os limites. Arguido sobre a
hipótese de rejeição da proposta, ele, sem qualquer constrangimento, transferiu
a conta da irresponsabilidade governamental: “Se o Congresso não der
autorização nós cumpriremos o superávit. É simples. Suspende as desonerações,
corta os investimentos para as obras e para uma parte da economia. Nós vamos
ter mais desemprego e ficará na responsabilidade de quem tiver essa atitude.”
Falou isso de cara limpa, como se ao invés de estagnação e PIB menor de
0,5%, o país estivesse crescendo horrores graças à indução das políticas
públicas.
À obscenidade agregam-se à lei outros atributos da mesma estirpe. Se aprovada,
não servirá a quem interessa, já que credores e investidores sabem que o anil
do balanço é falso. Mas, de forma perversa, derrubará o instituto da
responsabilidade fiscal também nos estados e municípios. Se a União pode, por
que não os demais? Um desastre anunciado.
Ainda que a manobra arisca dos aliados para acelerar a votação indique
a possível aprovação do projeto, o Congresso Nacional tem uma chance única de
evitar a catástrofe. De mostrar que não se ajoelha para quem faz o diabo.”
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