Por Zé Carlos
Mais um semana que se passa e a vontade de rir cada vez
aumenta mais. Embora o filme do UOL esta semana seja curto e localizado,
tentaremos ampliá-lo colocando o seu último dia, o 15 de Novembro, em destaque.
O grande motivo foram as manifestações que estavam
programadas para este dia, aqui em São Paulo, de onde escrevo, as quais tive
uma vontade danada de ir mas não pude. O riso surge logo em torno de quantas
pessoas participaram delas. De 10 a 50.000 eu vi todos os palpites. E foram 3
manifestações em 1, pela diferença do que se queria dizer com elas. A única
unanimidade é que eram todas contra Dilma. Ela anda apanhando mais do que
mulher de malandro. Talvez tenha sido por isso que passou a data lá pela Catar.
Pelo que li, uma facção manifestativa
queria o impeachment da presidente, outra queria que o PT caísse fora e ainda
uma terceira pedia a volta dos militares. O que me fez rir mais foi esta
última. Nunca vi coisa mais antiga. Parecia até que eu estava voltando aos meus
tempos do Colégio Estadual de Pernambuco em 1964, ano em que não chamaram os
militares mas eles meteram o bedelho onde não foram chamados e vivemos 20 anos
de ditadura. Hoje, penso eu, nem os militares apoiariam tal movimento, e a
grande maioria apoia a Constituição, a Democracia e o Estado de Direito e devem
estar dizendo: “Quem pariu mateu que
balance”.
Outro fato importante e risonho da semana foi a prisão de
empresários envolvidos na operação Lava-Jato. Encheram não sei quantos camburões.
Então, risonha por que, cara-pálida? Porque o último empresário que foi preso
no Brasil foi o Maluf e já está solto há muito tempo. E dizem que agora vêm os
políticos e já se pensa contratar navios, trens e ônibus pois os camburões da
polícia não caberão nem a primeira leva. E serão necessários vários
carros-fortes, se quiserem que eles devolvam as propinas envolvidas na história
da Petrobrás.
No entanto, diante de todo este horror, o que o filme do UOL
encontrou de mais engraçado foi a Marta Suplicy querendo falar mal da Dilma em
sua carta de demissão. A Martas só faltou mandá-la relaxar e gozar no próximo
mandato, pois este que passou não esteve com nada. Dizem que ela pode até sair
do PT, com a decepção que ela teve com sua ex-chefe. Eu me lembrei de uma
propagando comercial que diz: “De mulher
para mulher, Marisa!”. Ou seria Martinha? A Marta insinuou que a equipe
econômica da chefe era completamente incapaz. Não com estas palavras, é claro,
ela apenas disse que ela não tinha credibilidade, nem despertava confiança, nem
fazia o país crescer e ainda o mantinha num clima de tanta instabilidade que
até seu ex-marido o Eduardo Suplicy não havia sido eleito, nem nunca mais havia
vestido a cueca por cima da calça. Será que ela quis dizer mesmo incapaz?
Interpretem bem antes de rir.
Vamos e convenhamos, a Marta não chegou a chamar a Dilma de
gorda, o maior insulto que uma mulher pode fazer a outra, mas, chegou muito
perto, e tenho certeza, falou mal dos seus modelitos
vermelhos.
Enfim, semana curta, prosa curta e filme curto. Tudo curto
menos a história da delação premiada que parece nunca terminar. Se o número de
empresários que disseram que farão uma delação premiada estiver correto, talvez
não escape nem São Pedro, que será processado com base na Lei Afonso Arinos,
por ter perguntado a São Benedito sobre a cor de sua tez.
Fiquem com o resumo dos roteiristas do UOL e vejam em
seguida o filme, que, se não tiverem vontade de rir pensem numa perua que havia
lá em Bom Conselho, que se livrou da panela, por ter feito um regime à base de
caldo de cana. Tenham todos uma boa semana.
“A ex-ministra da
Cultura Marta Suplicy (PT) fez o que muita gente sonha: pedir demissão e zoar o
chefe. Em sua carta de demissão, Suplicy alfinetou a presidente Dilma Rousseff
(PT) ao criticar a política econômica do governo. O documento diz: "Todos
nós, brasileiros, desejamos, neste momento, que a senhora seja iluminada ao
escolher sua nova equipe de trabalho, a começar por uma equipe econômica
independente, experiente e comprovada, que resgate a confiança e credibilidade
ao seu governo e que, acima de tudo, esteja comprometida com uma nova agenda de
estabilidade e crescimento para o nosso país."”
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