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segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Vamos rezar para chover e para Chaves não morrer?





Por Zezinho de Caetés

Estou escrevendo na sexta-feira (11/01/2013) e não sei quando isto vai ser publicado pela AGD. Talvez, quando o for, o corpo do Chaves já deve ter aparecido e poderá até ter chovido em todo o país, e, então, o texto do imortal Merval Pereira, publicado no O Globo ontem já não terá o mesmo sentido. O texto se intitula “Energia – vamos rezar para que chova”, (transcrito abaixo) e, no seu final há uma nota pequena sobre a situação de “zorra total” da Venezuela que o meu conterrâneo Lula ama tanto.

Tratemos primeiro do problema de energia, pelo risco que temos de um novo racionamento, como ocorreu em 2001 e que serviu de motivo de chacota por muitos anos para os petistas (na época que ainda havia algumas pessoas de boa cepa) para espicaçar o governo FHC.

O que acontece hoje é a mesma coisa, sendo diferente. Quem está no governo é o PT. E da mesma forma, nos ajoelhamos e rezamos para que chova. Se eu fosse a Dilma eu pediria a um padre qualquer lá em Brasília, ou mesmo a um Cardeal, para fazer, como já vi no meu Caetés querido, uma procissão para pedir chuva para nosso agreste sofredor. Eu já aviso que não é necessário que o santo seja o São José. Pode ser São Benedito mesmo, para dar ênfase à política de cotas raciais.

Também poderiam ser convidados índios peles-vermelhas para fazerem a dança da chuva. Nem sei se os índios brasileiros tem algum ritual parecido com aqueles que vi em filmes americanos. Mas, tudo se arranja, se a eles for prometida alguma participação na política das cotas indígenas.

Tudo é válido para que o Brasil não caia outra vez num racionamento de energia, e, não se surpreendam, tudo depende de São Pedro. E se não chover os petistas vão dizer cobras e lagartos deste grande santo. Podem até dizer que ele não está mandando chuva para conspirar com as elites. E usarão até a Teoria do Domínio do Fato para mostrarem sua culpa, quando agora a criticam tanto porque pegou o bandido Zé Dirceu. Para o PT agora não importa de chegar ao fundo do poço, desde que lá tenha água e dê para mover uma turbina qualquer.

Quanto ao outro assunto tratado pelo Merval, que é sobre a Venezuela, estive lendo hoje que a procuradora geral da república daquele país, dizendo não saber quando o Chaves irá tomar posse, declarou que isto era apenas uma formalidade e que ele poderia tomar posse quando quiser, e que até lá governa o vice-presidente. E como numa republiqueta onde a constituição não tem um guardião como nosso Joaquim, isto foi possível apenas dando uma interpretação totalmente descabida a ela. E, para completar a “zorra total” em que se meteu o país, não se surpreendam: a procuradora geral é mulher do vice-presidente. Já pensou se a Rose chegasse a ser procuradora geral no Brasil?

Fiquem como imortal, pois, imortal não morre mesmo, já o Chaves, este, por estas e outras já está na pedra fria há muito tempo.

“O PT tanto politizou o racionamento de energia ocorrido no Brasil em 2001 que passou a não ter direito de adotá-lo em caso de necessidade, como parece pode vir a ser o caso proximamente.

O problema é que a presidente Dilma, quando ministra, garantiu que o que não ocorrerá mais no Brasil é racionamento de energia, chamando o episódio de “barbeiragem”.

Racionamento de oito meses implica que eu, com cinco anos de antecedência, não soube a quantidade de energia que tinha de entrar para abastecer o país.”

Pois Dilma Rousseff deixou de ser ministra para assumir a Presidência da República, e a situação só fez agravar-se desde que, em 2008, começaram a acontecer os primeiros apagões de energia no país, e ela, primeiro como porta-voz do governo Lula no setor, e agora como responsável máxima pelas ações do governo, só faz garantir que não existe perigo de racionamento.

O fato é que, dez anos à frente do setor elétrico de maneira direta, como ministra das Minas e Energia, ou indireta, como chefe da Casa Civil, nada foi feito por Dilma para melhorar o sistema energético brasileiro, que volta a ter os mesmos problemas que teve em 2001.

Já estaríamos em pleno racionamento oficial se as termelétricas projetadas no tempo dos governos FH, justamente em decorrência do racionamento, não estivessem em funcionamento.

Mas os governos petistas tiveram tempo suficiente para aperfeiçoar esse sistema de emergência utilizado quando a falta de chuvas afeta o nível de segurança das barragens das hidrelétricas, e nada foi feito.

A “sorte” do governo é que o país cresceu por volta de apenas 1% no ano passado, o que evitou um apagão mais permanente. Mesmo assim, os apagões foram frequentes e continuam acontecendo.

Ao contrário, se este ano a economia conseguir mesmo crescer cerca de 3%, aumentarão os nossos problemas com o fornecimento de energia.

Quer dizer, estamos na esdrúxula situação de torcer para que o país cresça pouco para não corrermos o risco de um racionamento, mas o governo precisa fazer crer que a economia crescerá muito (a presidente pede um “pibão” para este ano) e ao mesmo tempo garantir que haverá energia suficiente para que o “instinto animal” do empresariado ressurja.

Mas como compatibilizar esse projeto com a decisão unilateral de reduzir a conta de energia na casa dos eleitores, num momento em que as companhias de energia mais necessitam de investimentos?

“Estamos na antessala do racionamento”, define Adriano Pires, especialista de energia do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). O nível dos reservatórios das hidrelétricas está abaixo do patamar de segurança para evitar o racionamento, e continua caindo.

Não há o que fazer: ou rezar para que chova ou organizar uma racionalização do uso de energia. Já há indicações de que um “racionamento branco” está sendo utilizado pelas empresas, e há regiões no país em que a falta de luz praticamente diária já se transformou em um fato previsível.

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A crise em que se meteu a Venezuela tem uma explicação que pode ser simples: a disputa de poder entre os grupos chavistas impede que se adote uma decisão de acordo com a Constituição.

Se a falta de Hugo Chávez for considerada não permanente, o presidente da Câmara, Diosdado Cabello, poderia presidir o país por 90 dias, prazo prorrogável por mais 90. Poderia ficar, portanto, 180 dias no poder, fortalecendo-se, enquanto o vice presumível, Nicolas Maduro, (que não foi nomeado por Chávez para outro mandato), deixaria de ser o representante de Chávez no poder.

Se a falta for permanente, Cabello tem que convocar eleições em 30 dias, e Maduro será o candidato a presidente. Ficando tudo como está, os dois dividem o comando, mas a figura de Chávez continua pairando sobre todos.”

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