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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

CARTA AO JORNALISTA ULISSES PINTO - 1



Jornalista Ulisses Pinto (Foto: Blog do Roberto Almeida)


Por José Antonio Taveira Belo / Zetinho

Esta correspondência foi a inicio entre outras e outras ao Jornalista Ulisses Pinto em Garanhuns, sobre a degradação da Casa de Estudante de Garanhuns, quando da nossa visita a esta querida terra de Simôa Gomes.

“Olinda, 02 de setembro de 1997.

Há muito tempo venho tentando sensibilizar a classe estudantil de Garanhuns, no sentido de recuperar as instalações da Casa do Estudante de Garanhuns, localizada no Parque Euclides Dourado, mas, infelizmente, nenhuma manifestação, até o presente momento. Tenho colocado pequenas notas no jornal o “Diário de Pernambuco” de 1992, sobre este clamor e, como são pequenas notas e não disponho de cargo de relevo no Estado e, nem mesmo no Município, a minha voz não tem eco. Mas, mesmo assim vou continuar esta luta até o fim, ou seja, a de sensibilizar as autoridades em restaurar à dignidade de um espaço criado com muitos esforços e sacrifícios pelos idealizadores e construtores desta obra, que era um sonho na época e, que se tornou uma realidade na década de 60. Felizmente, foi uma época de estudantes entusiastas, como você bem sabe, porém, o tempo passa e fica somente a saudades deste tempo. Hoje, praticamente inexiste uma estirpe de estudante, da qual fiz parte de 1958 a 1967, quando deixei a nossa querida Garanhuns, ficando o pé na capital pernambucana, hoje, residindo na cidade de Olinda. Acredito que você, acompanhou esta trajetória, isto é, a construção da Casa do Estudante de Garanhuns. Vários estudantes e personalidades, na época, como o idealizador, Geraldo Calado (busto em frente à casa do estudante, sisudo e contrariado com o abandono do seu ideal), Prof. Valderedo Veras, Erasmo Vilela, Epaminondas, Alzira da Mota Valença, Luzinete Lapaorte, Izaura Medeiros e tanto outras personalidades inesquecíveis do mundo das letras de nossa cidade, que lutaram tenazmente para a realização deste empreendimento e, que hoje, sentimos o tempo consumir, sem que haja, uma voz, em Garanhuns, que se levante contra este absurdo. Você que foi e, é ex-aluno do glorioso e inesquecível Colégio Diocesano de Garanhuns, do qual me sinto honrado por ter e ser ex-aluno lembra-me e você deve se lembrar, que por ocasião do cinquentenário , em 1965, hospedamos naquele espaço, a Casa do Estudante de Garanhuns, muitos alunos que disputavam torneios internos durante a grandiosa festa de aniversario do nosso querido Colégio Diocesano, alunos estes, que hoje, despontam como autoridades no cenário brasileiro, como Joaquim Guerra, João Roma Filho, Carlos Wilson e tantos que me fogem a memória, mas, que por certo, você se lembrará de tantos outros nomes, que estiveram presentes a este evento, e que lá se hospedaram. No final das comemorações do cinquentenário do Diocesano, um lauto almoço, foi servido nas dependências da Casa do Estudante de Garanhuns, comparecendo varrias autoridades, juntamente, com todos os professores do Diocesano. Veja você, caro Ulisses Pinto, como é bom recordar e, estas recordações não podem morrer assim repentinamente, por falta de comprometimento dos estudantes da terra de Simôa Gomes. Fiquei, devera contente quando em uma nota de esclarecimento, o Secretario Municipal, o Sr. Alexandre Marinho, em 02/02/95, em resposta à nossa nota no Diário de Pernambuco de 26/01/95, o Secretario acima mencionado, informava o seguinte  conforme suas palavras – Quanto a Casa do Estudante,  a nossa proposta é a de transforma-la em Casa de Passagem destinada à recuperação de meninos e meninas de rua viciados em substancia psicoativas – e completava, - Esperamos brevemente poder receber, novamente, o caro visitante (?) em nossa cidade, já então com estes dois lugares completamente recuperados (o outro lugar seria a recuperação do Parque Euclides Dourado), Fiquei, contente e alegre com esta decisão, infelizmente não aconteceu. Mas, acredito, piamente, que existem pessoas, ainda, sensíveis quanto a este reclamo, VOCE. Por isso, estou te escrevendo e ao mesmo tempo, pedindo encarecidamente, que faça à sua voz ecoar e ser ouvida aí em Garanhuns, pois, você como jornalista, que é, e tem prestigio na cidade de Garanhuns e no Agreste Meridional e no Estado de Pernambuco, quem sabe, que o caminho certo da recuperação da Casa do Estudante de Garanhuns não esteja próximo. Sei que a lute é ferrenha, mas, você, tem uma arma, que é a palavra, tanto escrita como falada. Caro Ulisses, conto com você, para empreitada, a recuperação da Casa do Estudante de Garanhuns e, sei que você não fugira da luta. Para teu conhecimento, estou enviando a Xerox das pequenas notas publicadas no Jornal Diário de Pernambuco. Caso você ache necessário, envie Xerox destas notas aos poderes competentes do Município. Conto com você!

Um abraço fraterno, de
José Antonio Taveira Belo”

Nota:
1. Não recebi resposta desta missiva do Jornalista Ulisses Pinto por escrito e, sim em um bate papo sobre o assunto na Avenida Santo Antonio, informando que esta envidando esforços para que a Casa do Estudante fosse restaurada para servir aos alunos que viessem de outros Municípios,
2. Na última vez que estive em Garanhuns, a Casa do Estudante continuava fechada, sem apresentar nenhuma atividade, porém já com outro aspecto. Espero que um dia seja restabelecida as atividade para acolher estudantes de outros Municípios, cumprindo a missão para que foi criada.

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