Jornalista Ulisses Pinto (Foto: Blog do Roberto Almeida) |
Por José Antônio Taveiro Belo / Zetinho
Remexendo os meus
papeis, encontro uma cópia da carta endereçada ao Jornalista Ulisses Pinto, de
saudosa memória, em 22 de dezembro de 1997 sobre alguns fatos que aconteceram nas
cidades de Bom Conselho e Garanhuns, que afetaram a comunidade. Alguns foram
restabelecidos outros ainda estão para acontecer, depois destes anos todos,
precisamente há quase treze anos.
Olinda, 22/dez/97.
Caro Ulisses Pinto,
Recebi
o Jornal Imprensa do Agreste de 06 a 12 do corrente, onde você inseriu uma nota
na sua coluna LETRAS EM MARCHA, que me sensibilizou bastante. Lendo a sua
coluna como você escrevia no Monitor (infelizmente fechou por incapacidade do
Governo Municipal) sempre com coerência e exatidão. Você bem sabe caro Ulisses,
como me é cara a cidade de Garanhuns, que me acolheu com carinho vindo da minha
querida terra natal – Bom Conselho – (também fechou o jornal A GAZETA, editada
pelo conterrâneo Luiz Clério Duarte) e por isto temos que lutar pelo desenvolvimento
da terra que amamos. Todos nós, temos a obrigação desta tarefa. A Casa de
Estudante representa para nós (principalmente para mim) que lutei com os demais
companheiros da época para construir e vê a destruição do patrimônio que tanto
trabalho deu é muita dor. Mas graças a Deus uma voz (fora a sua) que se levanta
para pedir ao Prefeito para restaura-la o Deputado Carlos Batata. Não sei se já
é jogada política, pois, estamos à volta com as eleições no próximo ano, e caso
seja restaurada vai tomar para si esta luta. Não tem problema, o principal é
que a Casa do Estudante volte a servir aos estudantes, pois, este era o ideal
do Geraldo Calado. Ate aqui, eu não entendo porque Givaldo Calado não se
pronunciou a respeito deste assunto, haja vista, que a obra e ideia foram do
seu irmão, portanto, caberia a ele (Givaldo) a manter a memória viva do irmão,
mais nem tudo é o que nós queremos e pensamos. Lê no Diário de Pernambuco, que
existe uma crise no abastecimento de leite para a Parmalat e caso persista esta
crise a fábrica encerrar as suas atividades. Já pensou que prejuízo traria para
o Município? Cadê o Governo Municipal? Encontra-se totalmente inoperante diante
destes fatos que afloram no Município. Será que já foi resolvido o problema da
Rede de Combate ao Câncer em Garanhuns? Todos nós esperamos que sim. Estou te
enviando um exemplar do Jornal A FONTE que é editado por mim aqui em Olinda/Rio
Doce. É um informativo católico que distribuímos na comunidade 2.000
exemplares. Encontra-se com alguns erros (falta revisar, falha nossa!) mais
atingiu os objetivos> No próximo estamos a melhorar. Bem, caro jornalista
Ulisses, se eu fosse escrever sobre tudo que acontece em nossa terra daria vários
livros, portanto, desejo-lhe um Feliz Natal e um Ano Novo cheio de repleta paz
e saúde e o que nos interessa, juntamente com todos os teus familiares. Um
abraço fraterno de José Antonio Taveira Belo – Olinda/PE”
Graças a Deus A GAZETA jornal da nossa
querida cidade de Bom Conselho, foi restabelecida pelo dinâmico conterrâneo
Luiz Clerio Duarte que não mediu esforços para continuar a luta jornalística na
cidade. Hoje é o órgão de comunicação querido por todos os seus leitores; O
Jornal MONITOR da cidade de Garanhuns, depois de encerrado as suas atividades
foi adquirido a logomarca O
MONITOR pelo Jornalista Humberto de Morais que circulou e depois houve uma
paralisação. Se não me engano já se encontra circulando pela cidade; quando a
CASA DO ESTUDANTE, localizada no Parque Euclides Dourado houve certo
melhoramento mais esta longe de ser um local ideal para os estudantes que viriam
de outros Municípios. De qualquer forma, recebi do Ulisses uma resposta
positiva sobre o assunto.
Eu, que tive a honra de ser amigo pessoal de ULISSINHO e BETINHO é uma baita satisfação saber que os componentes da AGD conheceram gentes do padrão moral como esses dois(meus professores jornalísticos). Que legal, gente!!!
ResponderExcluirCaro Altamir,
ExcluirEu não cheguei a conhecer o ULISSINHO, mas conheci o BETINHO. Trabalhamos juntos na CODEAM uma certa época, quando era estagiário, fazendo o curso de Economia. Ele não me influenciou no jornalismo porque nunca fui um, mas me deu lições importantes de cordialidade e me encantou com sua inteligência.
Quem sabe já nos conhecíamos antes, naqueles tempos bons pela minha juventude?
Um abraço
Zé Carlos