Posse do Danillo Godoy (Blog do Tiago Padilha) |
Por Zé Carlos
Continuo hoje, como se estivesse conversando na Praça Pedro
II com os meus informantes. No caso são informantes mesmo e não fontes como se
usa dizer no jornalismo. Não sei se há diferenças entre os dois tipos de
pessoas que municiam os que espalham informações, como eu, para o bem da
coletividade (ou, pelo menos para sua maioria).
Em clima de mudanças na prefeitura é muito difícil que, em
Bom Conselho, o assunto “política” saia
de nossas mentes e da mente daqueles com quem conversamos. E como eu já
descobri há muito tempo, não se pode correr o risco de conversar apenas com uma
pessoa sobre a política local porque poderemos comprar gato por lebre, ou
mesmo, veado por bode. Sendo assim, tentamos falar com o maior número de
pessoas possível e sempre procurando aquelas a quem podemos confiar, embora,
desconfiando.
Para facilitar a exposição da matéria e também para tentar
ser o mínimo cáustico possível dividiremos em grupos as opiniões que obtivemos
sobre o assunto político do momento, que foi a posse do Danillo (eu ainda não sei
se é com dois “LL”, como o Collor, ou
não, apesar disto não ter muita importância) Godoy.
Pelo que colhi de informações, em Bom Conselho hoje temos:
Os “filodanillos”, os “dannilofóbicos”, os “danillocéticos”, os “dannilodespeitados” e ainda os “danilletes”. Se sobrou alguma opinião
sem classificação, foi porque não deu tempo para conversar com todos. Mandem
sugestões, então.
Os “filodanilos”
são aqueles que depois de meia hora de conversa nos dá vontade de correr para a
casa do Danillo, que hoje é a prefeitura, ajoelhar-se nos pés dele, rezar um
pai nosso, uma ave-maria e “creio em Deus
padre”, e agradecer pelas graças alcançadas, pois o homem é o santo que vem
nos redimir de todos os pecados, inclusive os do Coronel. Estes só veem as
qualidades boas do jovem prefeito e ao mesmo tempo procuram tirar qualquer
dúvida quanto aos erros que ele possa ter cometido. Se um “filodanilo” souber que em sua infância o Danillo fez cocô nas
fraldas, ele imediatamente explica que o cocô era de boa consistência e era até
cheiroso. Quem diz o contrário são os perdedores.
Os “dannilofóbicos”,
ao contrário, não veem nada de bom no rapaz, e já começam dizendo que todo
mundo sabe que temos em Bom Conselho um assassino na prefeitura e que isto não é
bom para o município. Ao ser admoestado de que há apenas um processo em curso e
não há ainda um conclusão clara do que aconteceu ele fica até enfezado e mostra
logo um exemplar dos panfletos que foram distribuídos na feira da cidade e que
indica a extensão dos danos cometidos pelo jovem prefeito em sua ativa vida. E
logo acrescenta: “Eu conheço toda a
família e inclusive sua mãe já me falava de quanto era fedorento o cocô do
Dannilo quando ele obrava nas fraldas, que naquela época não eram ainda
descartáveis.” E vai além. “Este
rapaz ainda vai fazer o mesmo cocô fedorento que fazia, agora na prefeitura.
Esperem e verão.”
E lá vai eu procurar outros informantes ou fontes para sair do
pesadelo da contradição. E encontro os “danilloscéticos”
que são aqueles que não estão nem aí. Vão logo dizendo: “Você acha que Bom Conselho ainda tem jeito? Tanto faz Judith, como
Boanerges, como Washington, como este que foi eleito. É tudo farinha do mesmo
saco. E o saco termina vazio porque eles durante o tempo deles comem a farinha
do povo todinha. Hoje, só voto em branco pois não vejo ninguém para fazer esta
terra melhorar. Você vai ver, dentro de poucos dias, depois de nomear toda
família para prefeitura, como fez o antecessor, ele começa a desaparecer da
cidade. E nas próximas eleições ele volta e tenta faturar outra vez. Tou fora.”
Já os “danillodespeitados”
não perdoam o erro do Danillo em se meter em encrencas policiais, mas, ao mesmo
tempo, demonstrando um leve despeito pelo fato de que o povo nem se importou e
o elegeu para prefeito da cidade. E diz: “Aqui
os eleitores foram todos comprados. O irmão do candidato chegava na cidade como
o Sílvio Santos perguntando quem queria dinheiro. E quem não quer? Eu não
aceitei mas se quisesse teria embolsado uma nota para mudar minha opinião.
Dizem que correu tanto dinheiro que acaboram até as muriçocas do Papacacinha.
Fugiram de tão ricas. O homem hoje tem uma dívida de mais de 5 milhões e ele
vai tirar o dinheiro de onde para pagar? Lá do cofrezinho da prefeitura. O povo
tá todo morrendo de fome, então com promessas e dinheiro o Danillo entrou mas
não vai carregar não. É só ficar de olho.”
Por fim, temos os “danilletes”.
Estes parecem os mais empolgados e envolvem deste a juventude feminina quanto
os do outro gênero, por motivos distintos. Os “danilletes” dizem que se espelham na vitória do Danillo para entrar
na carreira política e “se dar bem”.
As “danilletes” dizem que não sairão
de frente da prefeitura durante os quatro anos, pois afirmam: “Vai que ele decide casar?”. E assim são
embaladas pelo sonho de serem um dia a primeira dama do município, cargo que
não é ocupado por mais de 4 anos.
É óbvio, que colhi outras opiniões que não se encaixam em
nenhum destes grupos e que também não são tão críveis ao ponto de merecer a
nossa análise. Por exemplo: “É o menos
ladrão de todos”, “Elegemos o pior
dos piores”, “O homem vai matar mais
gente do que já matou”, “Vai ser uma
roubalheira dos diabos”, “Os
ex-levarão 70%, e os 30% restantes estão comprometidos com a câmara e com a
Igreja”, etc. etc. etc.
Eu não me comportei como um repórter investigativo, como
deveria, pois o tempo foi muito curto para tal. No entanto, diante de tantas e
diferentes opiniões, só me resta acompanhar os acontecimentos, dizendo apenas
que não tenho mais idade para ser um “danillete”,
e muito menos para acreditar em tudo que me dizem, como aquele que chegou para
mim e bradou: “A Gazeta Digital é o
melhor blog de Bom Conselho”. Eu fiquei lisonjeado mas, me mantenho um
pouco cético.
Não sei quem vai levar 70%, nem quem vai levar os 30% restantes. Sei que Bom Conselho levou ZERO./.
ResponderExcluirridiculo esse comentário vc deve ser um dos dispeitado
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