Por Zezinho de Caetes
Recebi de um amigo um imeio que parece de humor negro mas
quando se trata dos comandantes do Idiotas Latino Americanos, como o Hugo
Chavez, nossa sensibilidade humana diminui muito, e resolvemos transcrever aqui
a piada, mesmo sem sabermos, como todo o povo venezuelano, se estaríamos
rezando para um vivo o para um morto.
A mensagem começa pedindo para rezemos com fé e seu assunto
é: Corrente de orações para Hugo Chaves. Diz
ainda que repassa esta corrente a pedido de um amigo venezuelano. Eu o repassei
pelos amigos brasileiros que, como eu, acham que o flerte acintoso do nosso
governo com o comandante do “bolivarianismo”
(que até agora ninguém entendeu bem o que é a não ser a diplomacia petista) é
um mais um deboche com o povo brasileiro. Vejam o imeio:
“Orar com fervor!!!!!
A TODOS:
EL COMANDANTE HUGO
CHÁVEZ SE ENCUENTRA EN CUBA EN GRAVE ESTADO DE SALUD POR CULPA DE UNA BACTERIA.
LOS INVITAMOS A TODOS A ORAR POR LA
SALUD DE LA BACTERIA, QUE RESISTA LOS ANTIBIÓTICOS Y QUE SEA FUERTE PARA QUE
PUEDA CULMINAR CON ÉXITO SU MISIÓN...”
Eu não costumo rir da desgraça dos outros, e quando da
doença do meu conterrâneo Lula, até rezei a sério pela sua recuperação, porque
ele não escondeu sua doença e, nisto não pode ser dito nada dele, a não ser,
que usou a divulgação da doença para comover o povo. No caso do Chaves é mesmo
para enganar o povo venezuelano e minha risada com a piada não me causou
problema algum de consciência.
Dentro do tema, mas, fora da piada, reproduzo o texto do
Sandro Vaia, publicado no Blog do Noblat em 11/01/2013, para vocês tentarem
entender o que se passa na Venezuela hoje. O título do texto é: “O Itamarati
bolivariano”. Fiquem com ele, que eu vou rezar pela bactéria.
“O movimento bolivariano, seja lá o que isso signifique, teve neste dia
10 de janeiro o seu ápice de surrealismo, com a oficialização do mandato de um
presidente que já governa há 14 anos e tomou – mas não tomou - posse, de corpo
ausente, de um cargo conquistado em eleições recentes.
Como se sabe, a Constituiçao venezuelana, que se presta a assumir as
mais diversas formas, como uma bala puxa-puxa com que as crianças gostam de
brincar, institucionalizou a reeeleição perene, fazendo da alternância de poder
um intrincado quebra-cabeças difícil de montar ou uma montanha difícil de
escalar.
Formalmente, a Venezuela não é uma ditadura, mas também seria um
exagero chamá-la de democracia. Um lugar onde o presidente ocupa a rede
nacional de televisão para falar de 3 a 4 horas por dia durante cerca de 260
dias por ano não chega a ser um exemplo de oportunidades iguais para todos.
Reza a Constituiçao chavista do país, elaborada pelo partido de Hugo
Chavez e interpretada por uma Suprema Corte expurgada de juízes independentes,
que o presidente da República deve tomar posse no dia 10 de janeiro diante da
Assembléia Nacional, ou se isso nao for possível, diante do Tribunal Supremo de
Justiça.
Como Hugo Chavez está em Havana convalescendo ( seria essa a palavra
certa?) de sua quarta operação contra um misterioso câncer na região pélvica,
deu-se um daqueles fenômenos que uma escola de escritores latino-americanos
chama de “realismo fantástico”: o mandato do presidente começou sem a presença
do presidente.
Com a transparência que caracteriza os regimes autoritários e
populistas não só da América Latina mas de qualquer parte do mundo, o governo
venezuelano nao informa com a devida clareza qual é o verdadeiro estado de saúde
do presidente operado e quais são as verdadeiras chances de que venha a tomar
posse dentro do tempo hábil previsto pela própria Constituiçao, antes que se
comece a contar o tempo previsto para a marcação de novas eleições.
Uma confusão e tanto. Maduro, o vice nao eleito e nomeado pelo próprio
Chavez como seu sucessor, governará por tempo indeterminado até que se saiba se
o próprio chefe terá condições de assumir e quando.
Como aconteceu antes em Honduras e no Paraguai, a diplomacia brasileira
nao hesitou em tomar a posição mais duvidosa possível, desde que o rigor
técnico histórico do Itamaraty foi substituído pelo ativismo partidário do
governo petista.
Em vez da cautela da diplomacia, o Itamaraty optou mais uma vez por
aplicar o ativismo da ideologia com todos os riscos que isso traz para a
reputação do País.”
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