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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

A Família PT-Brasil





Por Zezinho de Caetés

Semana passado li, no O Globo, um texto do Carlos Alberto Sardenberg, e que transcrevo abaixo, no qual ele faz um resumo em seu título: “O mau desempenho do governo Dilma”, e que eu tento interpretá-lo aqui contando a história da Família PT-Brasil.

Era uma vez um família que tinha muitos filhos e que vivia muito sacrificada, lutando e labutando pela sobrevivência. Todos estes filhos, já crescidos, viviam em condições diferentes de vida e os pais, procuravam ajudá-los a seguirem em frente com o pouco que ganhavam.

Houve um período em que só o pai mandava na família que aprendeu com o avô dos meninos, quando vivo, que o segredo para manter o progresso era sempre, nunca gastar mais do que ganha, nunca comprar fiado, e não querer dar o passo maior do que a perna. E seguindo estes conselhos o pai conseguiu fazer com que ele e os filhos ficassem um pouco mais ricos ao ponto de os mais ricos se sentirem tão bem, que começaram, sob a orientação paterna, a doar um pouco do que ganhavam aos irmãos mais pobres, fazendo com que a desigualdade entre eles fosse menor.

Conta-se que alguns dos filhos não podiam nem colocar os seu filhos numa universidade e com a melhoria de vida da família, causada em grande parte pela melhoria das outras famílias em geral, arranjou-se até dinheiro para eles entrarem na universidade prounidos.

Havia até um filho muito pobre, que até passava fome e recebeu uma bolsa cheia de dinheiro todo mês, que dava para comer, mas, o pai exigia que ele vacinasse e colocasse os netos na escola.  E todos diziam que aquela família ia muito bem.

Num determinado ano o pai achou que deveria se ausentar e deixar a mãe controlando tudo enquanto ele corria o mundo dando palestras ficando com dinheiro só para ele e sem pensar nos seus filhos. Para fazer com que a mãe ficasse no comando, o pai teve que gastar muito e exigiu dos filhos que gastassem também, mesmo que para isto tivesse que tomar dinheiro emprestado ao agiota da esquina.

O pai conseguiu o seu intento de deixar a mãe no comando, no entanto, a partir daí ela teria que pagar as dívidas contraídas no processo para assumir o poder familiar. Durante um tempo ela ainda obteve crédito dos vizinhos e seus filhos acreditavam nela e seguiam suas determinações. E tudo ia bem, exceto por alguns lances de alguns dos filhos que o pai havia designado para ajudá-la foram descobertos roubando de outros filhos e ela teve que reprimir, fazendo uma faxina geral na casa, mesmo sem punir os culpados, porque como sabemos: filho é filho.

Mas, a coisa, ficou não feia, principalmente, depois que alguns vizinhos tiveram dificuldades também, que os filhos começaram a não acreditar mais na capacidade de comando da mãe, e, conta-se, até alguns deles começaram a querer a volta do pai.

E hoje o que se vê é uma família apática e desconfiada de sua mãe, sem nenhuma coragem para trabalhar, mesmo que todos os dias recebam pitos dela. E parece que, com a situação ruim dos vizinhos, a renda muito menor da família e os erros cometidos pela mãe no comando, estão cada dia mais tirando a confiança da família, que prefere agora tirar os incentivos que aumentaram a igualdade familiar, por acharem que os mais pobres ao invés de seguirem trabalhando para sair das bolsas, querem é ficar nelas para sempre.

Agora a mãe Dilma não sabe o que faça a não ser andar atrás do pai Lula para se aconselhar, e este, quer mesmo é voltar ao comando. Leiam agora o texto do economista que faz uma análise técnica da situação da Família PT-Brasil.

Começa com expectativa parecida com a de janeiro de 2012. Pelo consenso fora do governo, o Brasil crescerá um pouco mais, com pouco menos inflação do que no ano passado.

No quesito crescimento, espera-se até um bom salto. Mas ilusório. O salto só será largo, se ocorrer de fato, porque se parte de um resultado muito ruim, a expansão em torno de 1% do PIB de 2012.

Comparados com isso, tornam-se bastante positivos os 3,3% esperados para 2013, conforme consta do último Relatório de Mercado, resumo dos cenários do setor privado (bancos, consultorias e faculdades), publicado toda segunda-feira pelo Banco Central.

Em janeiro de 2012, também se esperava uma expansão dos mesmos 3,3%, mas nesse caso vindo dos 2,7% de 2011. Contava-se, pois, com modesta aceleração.

Já para a inflação, esperava-se uma queda mais acentuada, de 6,5% (o resultado final de 2011, no teto da margem de tolerância) para 5,3%, número então considerado mais comportado.

Tudo somado e subtraído, no ano passado o pessoal estava mais otimista com a inflação; neste ano, com a volta do crescimento. E todos, governistas e não governistas, já dão de barato que inflação de 4,5%, a antiga meta, ficou para nunca mais. Quer dizer, nunca mais no período Dilma.

Mas há uma diferença notável nos dias de hoje em relação ao começo do ano passado: o pessimismo está disseminado. Percebe-se um sentimento entre a descrença e o ceticismo em relação às metas e planos do governo. A presidente perdeu o benefício do início do mandato.

Um ano atrás, a maioria culpava o mundo tanto pelo baixo crescimento quanto pela inflação mais elevada. A maioria ainda depositava confiança nas promessas oficiais.

Hoje, tirante os militantes, essa confiança se foi. Mesmo os analistas ainda alinhados com o governo ou aqueles que, por razões diversas, têm medo do governo — um grupo expressivo — recheiam de ressalvas seus cenários mais positivos.

Se o governo controlar seus gastos sem truques.... se avançar nas privatizações de infraestrutura.... se intervier menos no setor privado.... se cuidar da inflação... se mudar o modelo de consumo para investimento... então o Brasil cresce 3%, com sorte uns 3,5%.

É muito “se” e pouca fé.

Faz sentido. Olhem o retrospecto. O governo roubou descaradamente nas contas públicas para fechar o superávit primário. A dívida líquida é função desse superávit, de modo que, se este é roubado, aquela também está falsificada. Ela subiu, não caiu. Os investimentos caíram, as privatizações continuam atrasadas. O protecionismo argentino derruba as exportações industriais brasileiras e a presidente, a nossa, não dá um pio. Ninguém acredita quando o BC diz que busca a meta de 4,5% de inflação.

Por que 2013 seria diferente de 2012?

Acrescentem aqui as preocupações recentes com energia. Sem entrar no problema, notem o ambiente: o governo jura que não faltará energia, que o preço da tarifa cairá pelo menos 16% e que não há qualquer emergência.

Mesmo assim, relatórios internos de empresas registram a preocupação com o fornecimento. E, de novo, mesmo os analistas que descartam qualquer risco de racionamento notam que a tarifa não poderá cair o tanto anunciado pelo governo.

Logo, a inflação será maior que a prevista. E acrescentam que, se o país crescer os 4% e tanto desejados pelo governo, aumenta o risco de faltar e/ou encarecer a energia.

A presidente queixa-se do pessimismo e até identifica grupos que considera responsáveis por esse ambiente. Tem sido injusta.

Não há ninguém boicotando seu governo, nem a oposição. Aliás, qual? Há analistas e críticos mais severos, mas a maioria se divide em quatro categorias: os que, legitimamente, torcem para o governo; os respeitosos, que sempre encadeiam elogios antes de fazer uma crítica; os puxa-sacos que têm algum benefício a defender; e os que têm medo de serem atingidos por algum raio governamental.

Obviamente, nenhum é responsável pelo mau desempenho do governo. A presidente deveria buscar culpados ao seu lado.

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