Rio Capibaribe - Recife (05.05.2011) |
Por Zé Carlos
Na postagem anterior apenas comecei a falar de blogs e de blogs de Bom Conselho. Onde comecei a dizer quanto é difícil fazer um blog de notícias de uma localidade fisicamente distante, do elaborador das notícias. Esta postagem mantém a posição com a ressalva de que difícil sim, impossível não. Se o finado economista que já baixou algum tempo atrás no meu corpo, baixasse agora, ele dizia que é uma questão de “custo”.
Hoje vi nos jornais que há um perigo iminente das cheias voltarem ao Recife, provocadas pelo Rio Capibaribe. Com o volume de chuvas caído nos últimos dias aqui e no interior do Estado, já se fala em emergência e reuniões são feitas para evitar o pior.
Para quem viveu em Recife, durante o período em que vivíamos à mercê das águas do belo rio, isto é uma notícia preocupante. E para quem mora agora bem pertinho dele, como eu, é muito preocupante. Foi lendo a notícia e correndo para janela para ver como estava o Rio Capibaribe. A preocupação aumentou. Fazia muito tempo que não via este rio correr com tanta velocidade. Meu Deus o que hei de fazer?, me perguntei, a mim mesmo. Aí, lembrei de um fato, que de tão recente, ainda não sobe muito à consciência. Hoje sou um blogueiro, administrando o maior blog de Bom Conselho em páginas publicadas, e lido diuturnamente pelos bom-conselhenses inteligentes. Alguns, de tão inteligentes, dizem que não lêem, mas, vivem comentendo atos falhos a todo momento, citando-o, em suas conversas, nas rodas de fofocas da cidade, ou mesmo nos blogs.
Com esta súbita conscientização, eu perguntei. O que eu deveria fazer? Blog de notícias é para publicar notícias, então vamos ver o Rio Capibaribe de perto outra vez. E desta vez, ele estava muito diferente de uma semana atrás, quando fui lá como o meu neto. Mas, oh cabelo de nuvem, diria o Poeta, e o Blog não é voltado para Bom Conselho? O que tem a ver com Recife? Eu responderia, que para muitos bom-conselhenses, o Recife é nossa segunda pátria (a terceira é o Brasil), e muitos se interessariam se esta Veneza Brasileira, igual a Veneza Italiana, vai mesmo submergir ou não. Entretanto, o que fiz, gostaria mesmo de ter feito, era se em Bom Conselho estivesse, correr para o Açude da Nação, novinho em folha, e ao filmá-lo, rezar, para que a notícia que fosse válida fosse apenas mostrar sua beleza, e não seu novo estouro.
Foi isto que fiz. Reuni minha equipe e partimos para a beira do rio, com uma ideia na cabeça e uma câmera na mão e fizemos o filme abaixo. Eu penso que os Blogs de Bom Conselho, ainda estão usando pouco as câmeras e o YouTube, para explorar o filão dos filmes neles. Hoje, isto é uma coisa tão simples que me espanta que ainda não tenha sido mais usada pelos nossos órgãos de imprensa eletrônica. Por exemplo, ontem eu vi uma postagem no Blog do Poeta, sobre uma reunião na Casa de Dantas Barreto. Vi que foram só 40 minutinhos, e que um filmezinho de 1 minuto nos daria muito mais informação do que qualquer texto escrito.
Óbvio que nosso equipamento é profissional e custou R$ 99,00 reais no supermercado, mas, mesmo outras câmeras mais simples podem serem usadas. Tem outra coisa importante, é que os filmes não sobrecarregam os blogs enquanto as fotos o fazem. Sei que há o importante aspecto das conexões lentas, mas sejamos otimistas, quase toda conexão, mesmo com um certo desconforto, podem reproduzir filmes do YouTube. Mas, fica apenas o registro. Temos também o problema da edição, e nossa equipe, graças a Deus é muito ágil nisso, pois usa “softwares” de última geração, que você encontra na internet ao preço do 0800. Estou esperando o próximo encontro de blogueiros, e que seja mais técnico, para levar minha equipe para fazer uma exposição.
E agora vamos às notícias. Pelo que vi do volume de água do rio, dependendo da maré, e das chuvas na cabeceira, a coisa pode ficar preta, ou melhor, muito molhada. No fundo no fundo, o que espero é que nós tenhamos filmado apenas a beleza do Rio Capibaribe correndo celeremente para o mar, e que o mar não nos devolva o presente. Se ele devolver eu sentirei muito pelos gatinhos de Davi, que sofrerão, mas não são culpados se as cheias voltarem.
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