Por Zé Carlos
Dias atrás, mais precisamente no 1º de abril, eu escrevi aqui um texto sobre a BR-232 (aqui). Pela fatídica data alguns poderão pensar que era uma mentira, das tantas contadas neste dia. Não era. Eu estava falando sério. Lembrei agora até de um maluco que apareceu aqui em nosso Mural (me desculpe se não for maluco) com o pseudônimo de Fala Sério, e que publicou uma série de coisas que ele considerava extremadas. Por exemplo, indo lá no mural, pois minha memória já não é a mesma: “Cúmulo do vegetarianismo: Levar a namorada prá trás da moita, e comer a moita!” ou “Cúmulo da Inteligência: Comer sopa de letrinhas e cagar em ordem alfabética.” ou “Cúmulo da Lerdeza: Apostar corrida sozinho e chegar em 2º lugar.” E outras do mesmo tipo. Eu até que gostava.
Neste domingo eu vi uma propaganda do Governo do Estado de Pernambuco, cujo título era o mesmo que dei a este texto: “A Verdade sobre a BR-232” . Começa com o óbvio dizendo que “A BR-232 é uma das mais importantes rodovias do nosso Estado...” E continua louvando a rodovia e tentando explicar o porquê de suas falhas, do ponto de vista técnico/jurídico, que não me vem ao caso aqui.
Depois de um longo texto publicitário, penoso de ler, sobre o que o governo vem realizando no setor de rodovias, vem o texto final e político: “Em parceria com o Governo Federal, estão sendo duplicados 322 quilômetros de estradas federais, sem a venda de qualquer patrimônio do povo pernambucano e sem repetir os erros e problemas ocorridos com a BR-232” .
O que os propagandista do Governo não lembram, é que Pernambuco, na época da duplicação, não era tão bem tratado assim pelo governo federal, e se não houvesse havido a venda do “patrimônio” do povo de pernambucano, talvez ainda estivéssemos esperando 2 horas para subir a Serra da Russas. Se o processo de privatização foi sério ou não, teve problemas ou não, foi bem feito ou não, é outra coisa da qual não posso tratar aqui. Talvez, o que eles deveriam dizer, para mostrar que realmente o governo pensa no desenvolvimento do Estado e não só colocar o “socialismo” de fancaria em prática, seria: “O governo federal, devido a acidentes políticos, está sendo bom com o Estado e estamos conseguindo tocar a infraestrutura rodoviária, mas quando secar o leite de vaca, o que já está acontecendo, venderemos o patrimônio do povo pernambucano outra vez, para melhorar sua qualidade de vida, ampliando o Pacto pela Vida para a prevenção dos acidentes rodoviários."
Mas, como disse no texto anterior, “em casa de enforcado não se fala em corda”, mesmo que ela esteja nos enforcando também. Somos socialistas, anti-privatistas e privatização é um tabu. O que ocorre na China, no Leste Europeu e até agora em Cuba, ainda não nos comove politicamente. E continuaremos mantendo sob o domínio público todo o patrimônio do povo pernambucano, como a BR-232, caindo aos pedaços, e sendo remendada para enfrentar a Morte de Jesus em Nova Jerusalém.
Tudo se passa como aqueles colecionadores que passam fome para não se desfazer de suas peças, mesmo que o tempo acabe com elas, por não ter recursos para restaurá-las. Eu passei este fim de semana na BR-232 e observei as “tarjas-pretas” de asfalto para que a rodovia não pareça tão moribunda. O Cristo ressuscitou em Nova Jerusalém, dentro de poucas semanas os remendos já não valem nada, e continuaremos nos arriscando no patrimônio do povo de Pernambuco. E muitos dos processos de duplicação em fase de conclusão serão mais precários, pois não temos recursos para mantê-los, como temos agora. E haja “tarjas-pretas”.
Mesmo que se alardeie, com fins políticos, que o processo de privatização foi mal feito, isto não justifica, por motivos ideológicos burros, que não se faça mais. O que tenho medo mesmo é que o Zezinho de Caetés esteja certo quando diz que iremos nos tornar uma imensa Venezuela. Aqui em Pernambuco já temos a refinaria por onde pode entrar o Hugo Chávez. Ou ele já chegou? Eu quero é visitar o meu neto sem “tarjas-pretas”, com uma rodovia funcionando, sendo gerida pelo Estado ou não. Egoísta! Dirão alguns. Eu, se fosse o Fala Sério diria: “O cúmulo da burrice: Não vender o patrimônio e morrer em cima dele”.
É imprssionante como o amigo Zé Carlos ainda custa a defender a direita falida do nosso estado, mas dessa vez, dando um tiro no próprio pé!
ResponderExcluir"O que os propagandista do Governo não lembram, é que Pernambuco, na época da duplicação, não era tão bem tratado assim pelo governo federal..."
Quem era mesmo o vice presidente da República à época?
Caro Felipe,
ResponderExcluirObrigado pelo comentário, embora não tenha entendido bem o que você dizer. É a idade. Mas, naquilo que se refere ao que eu disse no artigo, restou apenas sua pergunta.
É claro que sei que o vice presidente na época era o Dantas Barreto. Mas, não estou bem certo disso. O que sei é quem quer que fosse, igual ao Dantas Barreto, não deu tanto dinheiro ao Estado, como foi dado a Eduardo Campos, pelo Lula.
O que espero é que a Dilma continue assim, como o Lula, de mão aberta para o Estado, e que a mão de Eduardo se estenda até Bom Conselho, pois até agora, pelo número de votos que teve lá, ele já está devendo. Vamos ver se ele paga.
Eu como político, sou um ótimo avô. Já você, parece que a Lucinha tem razão: Você seja tão bom médico, como é político. Bom Conselho precisa dos dois.
Procurei o ferimento no pé, mas não encontrei. Se o encontrar, onde é que você está fazendo residência mesmo?
Zé Carlos
Há até quem pense que a BR-232 veio pra ser a redenção de Pernambuco, porque chegou até Caruaru. - À época da construção da 232, todas as "estrelas" políticas da direitona de Pernambuco, tinham "poder" em Brasília. Mas os pernambucanos NÃO tinham nenhum poder. O dinheiro da venda da Celpe foi gasto e a estrada foi mal feita, desde o seu nascedouro. - Por que tanta birra com os governantes atuais? - Basta que vocês tirem Eduardo do governo e elejam Marco Maciel. Ou chamem de volta Zé Mendonça, que morreu há pouco e NÃO deixou saudade. A não ser para os seus puxa-sacos. - Se assim vocês o fizerem, todos os problemas de Pernambuco ficarão resolvidos. Ao menos, para o pessoal que pode possuir carros de passeio. E para os que tinham e têm casas e terras em Gravatá e arredores. - O povo das demais regiões, pode morrer à míngua. - Mas isso é na visão de vocês, que de tudo sabem. E tudo podem. - A minha visão é atrasada. É do tempo que Arraes levou eletrificação rural gratuita para o homem do campo, enquanto que os governantes anteriores (leia-se: da dir...
ResponderExcluir...(Leia-se: da direita) VENDERAM o começo dessa eletrificação rural. Quem esperou um pouquinho, RECEBEU a energia elétrica no campo, de graça. – Por isso que os da direita dizem que Arraes só valorizava cacimbão e bico de luz. – Alguém aí sabe a falta que fazia um bico de luz, onde só havia lampião a querosene? E a falta que fazia um cacimbão com água, onde NÃO havia água para o gado, NEM para os outros viventes? Inclusive os viventes humanos, que precisam tomar banho, além da satisfação de outras necessidades do dia-a-dia? – Isso que agora digo, pode ser comprovado aí em Bom Conselho. – Basta perguntar a alguns pequenos proprietários de terra, a poucos quilômetros do centro da cidade./. – José Fernandes Costa./.
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