Por Zezinho de Caetés (*)
Ainda tossindo feito um porco engasgado, já começo a ler a
mídia, que atualmente não sai do tom do impeachment da Dilma. Como se dizia lá
no meu interior, e de Lula, se eu fosse ela “picava a mula” logo, como sugere a charge do Jameson em meu texto
de ontem. Até a imprensa internacional já entrou no mesmo tom. O jornal inglês
FINANCIAL TIMES mostra os 10 motivos para que a Dilma possa sofrer um
impeachment.
Perda de apoio no
Congresso
Escândalo da Petrobras
Queda na confiança do
consumidor
Aumento da inflação
Aumento do desemprego
Queda na confiança do
investidor
Déficit orçamentário
Problemas econômicos
no geral
Falta d'água
Possíveis apagões
elétricos
É óbvio que eles só listam 10, porque são estrangeiros e não
estão por dentro da lambança que a gerenta presidenta fez com o Brasil. Se eles
tivessem ouvido o discurso dela na entrega de casas do programa Minha Casa
Minha Vida lá em Feira de Santana (quando eu e a vaca pararmos de tossir, eu
devo voltar ao tema), já seriam 11 motivos. Mas, deixa para lá e nem
comentaremos estes motivos porque eles são auto-evidentes.
Transcrevo abaixo o escrito do Hubert Alquéres que foi
publicado em 25/02/2015, no Blog do Noblat, com o premonitório título de “Não vai dar certo”, e vejam quantos motivos mais há para que a
Dilma seja impichada (o verbo impichar já deverá constar das próximas
edições dos dicionários brasileiros) o mais breve possível. Como diz o autor,
depois de descrever algumas das porcarias feitas pela gerenta presidenta: “É de se arrepiar um governo de oposição a si
próprio. Difícil crer que dê certo.” Eu diria, não difícil, e sim impossível
se não vivêssemos num país onde a presidente é a grande piada nacional.
Antes de lerem o texto do Hubert, vejam, o que o povo criou
em relação a FHC, desde quando a Dilma disse que a roubalheira da Petrobrás era
culpa dele, e não dela e do Lula, que agora quer se juntar ao Stédeli para
lutar contra “eles”. Esta relação é
apenas uma parte das 47 arroladas pelo Blog do Augusto Nunes, para mostrar, de
que mais o FHC é culpado. Senhores, por via das dúvidas, nunca mais votem nem
em FHC nem em Lula. Eu nem digo que não votem em Dilma, porque sei que daqui em
diante ela não se elege mais nem síndica de prédio.
… abriu uma loja de
picaretas ao lado do Muro de Berlim em 1989
… ajudou Henrique
Pizzolato a fugir para a Itália
… apresentou Rosemary
Noronha a Lula
… arquitetou a chacina
do Charlie Hebdo
… articulou o golpe
militar de 1964
… causou o tsunami na
Indonésia
… colocou fogo em Roma
(e espalhou que foi Nero)
… convenceu Eva a
comer a maçã
… dedurou Tiradentes
… deu a primeira
punhalada em Júlio César
… é o chefão do
“Estado Islâmico”
… emprestou dinheiro para a construção do porto
de Mariel, em Cuba
… encomendou à FIFA
aqueles 7 a 1 da Alemanha contra o Brasil na Copa de 2014.
… escondeu o petróleo
brasileiro debaixo do pré-sal
… financiou a compra
do primeiro carrão de Eike Batista
… foi o responsável
pela equipe médica que cuidou de Tancredo Neves
… foi o responsável
pelo atentado ao Papa João Paulo II
… foi o responsável
pelo fracasso da Missão Apolo 13
… foi o responsável
pelo meteoro que eliminou os dinossauros
… foi professor de
português e matemática de Dilma Rousseff
… fundou o Foro de São
Paulo
… fundou o PT
… lançou a bomba
atômica em Hiroshima e Nagasaki
… liderou a greve dos
caminhoneiros
… matou a mãe do Bambi
… matou Abel
… matou o prefeito
Celso Daniel
… matou Getúlio Vargas
… matou John Kennedy
… matou John Lennon
… matou o Mar Morto
… matou Odete Roitman
… organizou os ataques
terroristas de 11 de Setembro de 2001
… planejou a seca no
Sudeste
… roubou o cofre do
Ademar de Barros
… votou na Dilma
Realmente, o homem é um traste, já pensou, ter votado na
Dilma, quando nem o Sarney votou? Leiam agora o texto, que eu vou cuidar de
minha dor de cabeça, pois com o riso não passou.
“A cabeça da presidente deve estar azucrinada de tantos conselhos. O
que não faltam nos círculos petistas são engenheiros de obras prontas, com
soluções mágicas e contraditórias.
Wladimir Pomar, por exemplo, coordenador da primeira campanha
presidencial de Lula, escreveu um alentado artigo sobre o “desafio da retirada
estratégica”.
Sem papas nas línguas, o autor diz que os dirigentes envolvidos em caso
de corrupção, deveriam pedir desculpas ao povo brasileiro e à militância, ”ao
invés de viverem reiterando sua inocência, ou levantando o punho em sinal de
luta”.
Dilma, claro, não deu atenção às palavras de Pomar ou não leu o seu
artigo. Preferiu seguir o conselho de seu marqueteiro e jogou, com a maior
desfaçatez, a responsabilidade da corrupção na Petrobrás para as costas do
presidente Fernando Henrique Cardoso.
A tática do punguista que grita pega o ladrão denunciada por FHC não
vai dar certo. Não resistirá à lógica implacável dos fatos. Tanto que já virou motivo de piada.
Para manter sua versão o palácio do Planalto depende do mutismo dos
diretores de construtoras presos na Polícia Federal. Um deles, Ricardo Pessoa,
presidente da UTC, já sinalizou o tamanho do estrago que poderá causar.
O problema do governo Dilma não é de marketing, é de
credibilidade. É da falta de um discurso
consistente com respostas para a crise ética, econômica e política.
Como pode dar certo um governo cuja base está dividida e se assemelha a
uma Torre de Babel?
Ora, se o PT anuncia que vai torpedear o ajuste fiscal de Joaquim Levy,
a troco de que os aliados vão carregar o caixão?
Nem mesmo Lula e Dilma falam a mesma língua. O caudilho queixa-se da
caturrice da pupila, de sua inapetência para a política. Mas é o primeiro a
puxar o tapete dela, ao autorizar seus seguidores a promover sua candidatura a
presidente em 2018.
Como pode se sustentar um governo onde seu partido é o primeiro a
discutir a sucessão com quatro anos de antecedência, estimulando assim, que o
PMDB, seu maior aliado, faça o mesmo?
Já está escancarada a dualidade de poder entre o palácio do Planalto e
o Instituto Lula. A quem os grandes empresários recorrem quando tem uma demanda
não atendida pelo governo? E qual palavra vale mais: a de Aloizio Mercadante ou
a de Paulo Okamoto?
É de se arrepiar um governo de oposição a si próprio. Difícil crer que
dê certo.”
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(*) A charge ilustrativa é do Jameson Pinheiro, como imagem da internet. (AGD)
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